PLR do Setor Químico e Farmacêutico

PLR do Setor Químico 

 

 

Trabalhadores fiquem atentos ao pagamento da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados). A data para pagamento da segunda parcela vence no dia 31 de julho.

 

A PLR é paga em uma parcela única até 30 de março ou em duas parcelas: uma em janeiro e outra até julho. O valor da PLR é de no mínimo R$ 550,00 por ano, conforme cláusula 73 da Convenção Coletiva. Caso exista alguma dúvida entre em contato com um dirigente, na Sede e subsedes do Sindicato.

 

 

PLR do Setor Farmacêutico

De acordo com a cláusula 74 da Convenção Coletiva, a PLR pode ser paga em parcela única, até 30 de setembro, caso a empresa faça opção de pagar em duas parcelas, a primeira vence em 31 de julho e a segunda, em 31 de janeiro de 2010. 

Os valores estipulados pela Convenção Coletiva são para empresas que não tenham programa próprio. Em empresas com até 100 funcionários o valor mínimo da PLR é de R$ 800,00, para empresa com mais de 100 empregados, o valor mínimo é de R$ 930,00.  

 Portanto, fiquem atentos, qualquer dúvida ou caso a empresa não cumpra os prazos estabelecidos entre em contato com um dirigente do Sindicato ou na Subsede mais próxima.

Redução do IPI

A decisão do Governo Federal de prorrogar a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) por mais três meses para automóveis, eletrodomésticos e materiais de construção e a ampliação para máquinas e equipamentos se deve ao sucesso da medida. 

No final de 2008, quando iniciou a crise, a venda de veículos, eletrodomésticos e materiais de construção despencou. Estes setores são muito importantes para a economia, diante de uma crise são os primeiros a reagirem negativamente por meio de redução das vendas, foi então que o governo propôs a redução de impostos como forma de manter a demanda aquecida e as vendas se recuperarem.

Estes segmentos da economia são altamente sensíveis à variação de preços, se eles caem aumentam as vendas, da mesma forma se os preços aumentam caem as vendas. Além disso, são segmentos que impulsionam outros setores dentro da cadeia de produção, ou seja, quando se vende um carro se está comprando vários componentes que são produzidos pela indústria plástica, de borrachas, siderurgia, etc. Da mesma forma, acontece em relação aos eletrodomésticos e aos materiais de construção. 

De que forma a redução chega até o consumidor? Através da redução do preço no produto final, por exemplo, os automóveis populares tiveram uma redução de 7% no IPI, para o consumidor o veículo foi vendido por um preço 5,5% mais baixo. Pode parecer pouco, mas um automóvel que custa R$ 30.000,00 tem o desconto de R$ 1.650,00.

 

Essas medidas garantiram que a vendas de automóveis no mês de junho alcançassem o melhor resultado da história, assim como entre os eletrodomésticos, o crescimento das vendas ficou entre 20 e 25% no mês de junho. 

Como ficam as contas do governo? O governo reduz a sua arrecadação, entretanto, com o crescimento das vendas esta desoneração será compensada na frente. 

Esforço do Governo para enfrentar a crise

O esforço do Governo Federal para enfrentar a crise econômica foi notado por todo o mundo. Segundo o jornal inglês FT (Financial Times), o Brasil ganhou respeito ao se destacar nas soluções apresentadas para o momento econômico. Lula não é apenas “O Cara”, como disse o presidente norte-americano Barack Obama, ele é o líder que mesmo antes da crise ser notada apresentou medidas efetivas como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e, posteriormente, a redução do IPI (prorrogado até o fim de 2009). Se fosse um governo PSDB/DEM, a crise seria muito maior. 

Medidas populares como o Programa Bolsa Família e a criação de linhas de créditos para financiamento de casa própria também devem ser consideradas, além do reajuste do salário mínimo que alcançou outro patamar no Governo Lula. Importante lembrar que o salário mínimo é recebido por muitos aposentados e é imprescindível fonte de renda nas regiões mais pobres do Brasil. O aquecimento da economia com medidas simples e que priorizam os pobres seja com comida, seja com moradia, seja com salário da aposentadoria, marcam as iniciativas do Governo Federal. 

O Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo pensa a crise por um enfoque diferente, não entendemos que ela se instalou exclusivamente agora. Mas que faz parte de um processo onde o lucro desmedido não é mais comportado. A natureza já gritou várias vezes, avisando que o sistema tende a cair. A estratégia é saber e trabalhar para que o sistema que substitua o atual não seja um pior ou mascarado de novo sistema. Um trabalhador no poder foi providencial nesse momento.

A América Latina dá sinais que outras alternativas são possíveis, seja com Lula, seja com Chaves. Os movimentos sindicais/sociais organizados também demonstram força. A influência deles (movimentos) é o maior motivo de resistência abaixo da linha do Equador. A crise não ajudou ninguém, é claro, mas evidenciou os desgastes do sistema. Não é mais possível defender o neoliberalismo, por falar no diabo (neoliberalismo), onde foram parar os defensores?  

Fora de contexto, o golpe militar em Honduras se apresenta anacrônico. É momento da democracia se fortalecer na América Latina e o golpe representa um retrocesso. A CUT e os movimentos populares por todo o mundo já apresentaram seu apoio ao presidente Manuel Zelaya. Não apenas pela aprovação popular que o presidente tem em Honduras, mas principalmente porque contrariar os interesses populares em favor de ditador militar não é aceitável em lugar nenhum do mundo.

Hypermarcas proíbe trabalhadores de conversar com dirigente sindical

A Hypermarcas (Niasi) gostou de aparecer no nosso jornal e resolveu assediar os seus trabalhadores. Não bastassem as denúncias feitas na edição passada, agora resolveu perseguir a dirigente Rosemeire Gomes de Brito (Rose). Proibiu os trabalhadores de falar com a diretora porque ela tem conscientizado e organizado os trabalhadores. 

A greve em março de 2009 e as denúncias na Procuradoria Federal do Trabalho foram a gota d’água. “Os trabalhadores me evitam com medo de serem demitidos. Mas depois me procuram e avisam que isso é ordem da empresa. Não é razoável tratar os trabalhadores com tamanha repressão”, explica a dirigente Rose. 

Desde que a antiga Niasi foi vendida para o grupo Hypermarcas, as condições de trabalho vêm piorando; a busca por metas de produtividade ignoram a saúde dos trabalhadores; a pressão para realização de horas-extras também é abusiva, quando feita é sob ameaças porque o corpo já não suporta mais; falta água potável, exigência que consta na nossa Convenção Coletiva (cláusula 47); mas a empresa não tem noção e até comida falta durante o jantar. 

Qualidade da produção prejudicada

O resultado de tanta repressão e assédio é a qualidade comprometida dos produtos da empresa. Não há como manter qualidade no ritmo que a Hypermarcas atua. A lógica do lucro é estúpida e logo as sequelas vão ficar claras para todos, inclusive para os diretores da empresa. 

Vale-coxinha

A cesta-básica foi trocada por um vale que os trabalhadores apelidaram de “vale-coxinha”. O que parece apenas bom humor, revela a fragilidade de um benefício que é de R$ 47,00, com desconto de R$ 4,70, ou seja, o valor recebido é de somente R$ 42,30. Antes a cesta básica atendia melhor à necessidade dos trabalhadores. 

Cuidado

A dirigente Rose alerta para dois assuntos importantes: o horário trabalhado e a função exercida. “O Sindicato recebeu denúncias que existem trabalhadores exercendo uma função e ganhando menos do que aquilo que a empresa deveria pagar. Também quer saber se os trabalhadores do período noturno não estão trabalhando uma hora a mais”, conclui Rose.

 Qualidade de vida

O trabalho é parte importante das nossas vidas. Mas o ritmo proposto pela Hypermarcas limita a vida ao trabalho. Não é essa a qualidade de vida que o Sindicato defende, nem mesmo os mais gananciosos podem defender que trabalhador fique doente e elabore produtos de má qualidade.