Estudo do Dieese revela: Privatização das telecomunicações impôs arrocho e demissões a funcionários

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou o estudo “O emprego no setor de telecomunicações 10 anos após a privatização”, no qual busca dimensionar o perfil do emprego no setor e as consequências sobre os trabalhadores. O estudo aponta que as empresas privatizadas empregam hoje menos trabalhadores do que no período das estatais.

Em 1994, na época das estatais, o setor empregava 128.500 trabalhadores registrados. Em 2002, o número caiu para 106.400 empregados e em 2003, a redução chegou a 88.100 postos no setor.

“Com o advento da privatização, as relações de trabalho tornaram-se mais instáveis e vulneráveis; a rotatividade ampliou-se significativamente; as regras de progressão funcional e a remuneração tornaram-se mais vinculadas ao comportamento da produtividade e ao desempenho individual; os salários reais declinaram; o ritmo de trabalho intensificou-se consideravelmente, entre outros aspectos”, diz o estudo.

Para João Moura, secretário-geral da Federação Interestadual de Trabalhadores em Telecomunicações (Fittel), a redução da quantidade de empregos formais depois da privatização foi causada pelo grande número de terceirizações ocorridas no setor. E atingiu todas as áreas como atendimento, manutenção de equipamentos e vendas, ocasionando uma queda na qualidade dos serviços de telecomunicações. Uma das consequências é a pane na prestação dos serviços, como ocorreu recentemente com o Speedy da Telefónica, de São Paulo. Segundo Moura, é preciso uma posição mais forte do governo no acompanhamento da qualidade dos serviços, assim como uma cobrança maior da população.

Conforme o Dieese, “a remuneração média mensal dos empregados no setor de telecomunicações se reduziu em termos reais ao longo do período estudado. Se nos primeiros anos da série a remuneração média estava próxima dos R$ 3.100 mensais, no biênio 2004-2005, este valor tinha caído para cerca de R$ 2.600 ao mês, em valores corrigidos para os preços de dezembro de 2007”.

O setor de telecomunicações recebeu investimentos públicos na ordem de R$ 21 bilhões, entre 1996 e 1998, além de um forte ajuste tarifário. Entre 1998 e 2007, “os preços das tarifas telefônicas no município de São Paulo elevaram-se em mais de 121,0%, ao passo que o índice geral da inflação acumulou, em igual período, um aumento de aproximadamente 93,41%.

http://www.horadopovo.com.br/

Mais informações acesse: http://www.cut.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=15812

Fundacentro promove debate sobre Segurança Química

Nos próximos dias 4 e 5 de agosto acontecerão na Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro/MTE), em São Paulo, dois workshops sobre Segurança Química no Brasil. Os profissionais ligados a área poderão se atualizar a respeitos das últimas resoluções aprovadas pelos organismos internacionais e discutir formas de prevenção de acidentes químicos. 

O primeiro, no dia 4, terá como tema “Workshop de atualização de informações sobre Segurança Química”. Ele é promovido pela Fundacentro, em parceria com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do estado de São Paulo (CETESB), a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e o Sindicato dos Químicos do ABC. Nele serão apresentadas as resoluções aprovadas na 4ª Conferência das Partes da Convenção de Estocolmo, II Conferência Internacional sobre Gerenciamento de Substâncias Químicas (ICCM II) e Conferência Internacional Tripartite sobre Gestão Segura de Produtos Químicos.
 
O segundo, no dia 5, será “Workshop OIT 174: Experiências e Práticas na Prevenção de Grandes Acidentes Industriais”. Ele é uma ação do Grupo de Estudos Tripartite da Convenção 174 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Secretaria de Inspeção do Trabalho e Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho do MTE e da Fundacentro.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www.fundacentro.gov.br


Programação do dia 4 de agosto

13h30m: Inscrições e Abertura

13h30m às 14h : A Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes / Resoluções da 4ª Conferência das Partes, Genebra 2009

Palestrante: Lady Virgínia Traldi Meneses- CETESB

14h às 14h30m: Sistema Estratégico para o Gerenciamento Internacional de Substâncias Químicas / Resoluções da ICCM II, Genebra 2009

Palestrante: Fernando Vieira Sobrinho – Fundacentro


14h30m às 15h: Debates

15h às 15h15m: Intervalo

15h15m às 15h45m: Carta de Princípios / Propostas do Brasil da Conferência Internacional Tripartite / Proposta de Mecanismo Coordenador de Ações Interinstitucionais em Segurança Química no Brasil

Palestrantre: Nilton Freitas – ICEM


15h45m às 16h15m: A Indústria Química e o SAICM no Brasil

Palestrante: Representante da Abiquim


16h15m às 16h45m: Debates
 

16h45m às 17h30m: Mesa sobre Propostas de Ações Institucionais e Interinstitucionais sobre Segurança Química no Brasil

Palestrantes: CETESB – Lady Virgínia Traldi Meneses

ICEM – Nilton Freitas

Fundacentro – Fernando Vieira Sobrinho

DSST/MTE – Roque Puiatti

Ministério da Saúde – Jorge Mesquita Huet Machado

Representante da ABIQUIM

Representante do Ministério do Meio Ambiente

Programação do dia 5:


9h: Abertura e Histórico do GET/OIT 174

9h30m: Experiência das SRTE´s/MTE em Notificações Coletivas para a Prevenção de Grandes Acidentes Industriais: SRTEs, RS, SP e BA

Debatedores: Representantes de empregadores e trabalhadores

Intervalo

11h: Abordagens e metodologias para a Investigação de Grandes Acidentes Industriais: Saúde Coletiva. Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (UNESP)


11h40m: Investigação de Grande Acidente Industrial Envolvendo Tanques de Álcool: Fundacentro-SP


Debates – Intervalo para almoço
 

14h: Investigação e Análise do Acidente Químico Ocorrido em Diadema-SP: SRTE/SP

Debatedor: Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias Químicas do ABC do ABC/SP

Debates – Intervalo


15h30m: Práticas de Gestão da indústria para a Prevenção de Grandes Acidentes Industriais: Abiquim e Petrobrás

Debatedores: Representantes de governo e trabalhadores
 

16h40m: Apresentação do Vídeo sobre Prevenção de Grandes Acidentes Químicos: Fundacentro/SP

17h: Debates Finais, Conclusões e Encerramento

Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317-6537 – acs@mte.gov.br

Mais informações acesse: http://www.mte.gov.br/sgcnoticia.asp?IdConteudoNoticia=5962&PalavraChave=workshop,%20fundacentro,%20seguran%C3%A7a

Memorial da América Latina

O Pavilhão da Criatividade do Memorial da América Latina inaugura, no dia 23 de julho, a exposição “Uma Pequena Estória da História da América Latina”, voltada principalmente para o público infanto-juvenil.

A exposição é composta de painéis ilustrados e recortes artesanais que destacam, de forma lúdica, alguns momentos da história do continente, como as relações entre os nativos antes da chegada de Colombo, os descobrimentos e o Tratado de Tordesilhas. Além disso, estas partes são ilustradas com peças da reserva técnica do Pavilhão, algumas das quais nunca foram expostas ao público.

Trata-se de um Mapa da Mina para jovens visitantes percorrerem os caminhos – passados e presentes –, deste Continente do qual fazemos parte. Os países representados são: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru , Uruguai e  Venezuela.

A mostra ficará em cartaz até 11 de outubro no Espaço e Exposições Temporárias. E, a qualquer momento, vale uma visita ao acervo permanente do Pavilhão da Criatividade, que abriga uma coleção de cerca de 4.000 peças de arte popular latino-americana. 

Serviço:
Uma Pequena Estória da História da América Latina
Período: de 23 de julho a 11 de outubro
De terça a domingo, das 9h às 18h
Local: Memorial da América Latina / Pavilhão da Criatividade
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda (ao lado do metrô)
Entrada franca

Mais informações acesse: http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/AgendaDetalhe.do;jsessionid=D2E1AB76222F94B1451AD40134B044DC?agendaId=1422

Financiamento habitacional cresce mais que o saldo de todas as operações de crédito

Brasília – O financiamento habitacional tem apresentando crescimento maior do que o saldo de todas as operações de crédito do sistema financeiro. Segundo dados do Banco Central, divulgados hoje (23), enquanto o estoque de operações de crédito habitacional cresceu 3,5% em junho, em relação a maio, o crescimento do volume dos financiamentos do sistema financeiro foi de 1,3%.

No total, o financiamento habitacional chegou a R$ 74,067 bilhões em junho. No primeiro semestre, o crescimento do crédito habitacional foi de 17,1%. No mesmo período, o saldo total das operações de crédito teve alta de 4,2%.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, o prazo dos financiamentos está aumentando, o que estimula a tomada de recursos para comprar casa. Em junho, o prazo médio do financiamento imobiliário chegou a 2.959 dias corridos. Em relação a maio, houve aumento de 99 dias e, no primeiro semestre, de 247 dias.

Mais informações acesse:

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/07/28/materia.2009-07-28.6480262136/view 

Juventude se organiza nos Químicos de SP

A Juventude Trabalhadora Química da base do Sindicato de São Paulo está fazendo história. No dia 20 de Maio, jovens trabalhadores da categoria e jovens dirigentes, participaram do Encontro Estadual onde foram discutidos temas como: a criação da Secretaria Estadual da Juventude, métodos de aproximação dos Sindicatos com a Juventude Trabalhadora e a nova organização do Coletivo Estadual. Geralcino Teixeira e Jaqueline Souza, membros do Coletivo Estadual, afirmam que desta forma poderemos construir políticas que realmente sejam de/para/com a participação dos jovens. 

Mais um fato importante que deve ser lembrado é que na última eleição do Sindicato tivemos um avanço importante na composição da direção com a entrada de dois companheiros jovens: Alex Ricardo e Ronaldo Rodrigues. Isso demonstra a preocupação que a direção tem em renovar os ideais políticos, mas sem esquecer da luta dos dirigentes mais experientes. 

Por conta de reivindicações feitas pela categoria no 2º Encontro da Juventude Química, que aconteceu no final do ano passado, em Agosto haverá o curso específico “FORMAQUIM JUVENTUDE”, onde serão tratados temas que afligem diretamente este setor. Rosemeire Gomes afirma que “a formação política faz com que os jovens sejam protagonistas numa série de debates para a construção de sociedade igualitária”.  

No próximo dia 20 de Julho acontecerá, em São Paulo, o terceiro Encontro Nacional da Juventude da CNQ (Confederação Nacional dos Químicos), que fará uma avaliação das atividades realizadas pelos sindicatos e regiões e debater o tema do “Trabalho Decente”. Carlos de Brito (Carioca), coordenador do Coletivo Nacional da CNQ diz que “este é um tema que está na ordem do dia, pois a juventude está nos postos de trabalho mais precarizados e são os trabalhadores mais explorados”. 

Em Agosto, no CONCUT (Congresso Nacional da CUT), será criada a Secretaria Nacional da Juventude Trabalhadora, com o intuito de criar políticas que tratem diretamente das demandas da juventude, e isso tem um sentido estratégico para a promoção do “Trabalho Decente” no Brasil. “A Secretaria Nacional da Juventude deverá priorizar a luta pela valorização do trabalho, pelos direitos universais e ampliar as alianças com os movimentos populares”, afirma Rosana Sousa membro do Coletivo Nacional da Juventude da CUT.       

Redes Sindicais: um exemplo para se seguir

O Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo tem investido na formação de Rede de Trabalhadores nas empresas multinacionais. Com o incentivo da CNQ (Confederação Nacional do Ramo Químico), as Redes já são uma realidade e contribuem muito para equacionar direitos na relação entre trabalhadores e empresa. 

A ideia da Rede é que exista um diálogo maduro e horizontal entre as partes que colaboram entre si. No ramo químico, a iniciativa já tem mais de 10 anos e os frutos são excelentes. “É um espaço importante para avançar nas conquistas. Também buscamos equiparação com os trabalhadores em todo o mundo”, explica Osvaldo Bezerra (Pipoka), coordenador de Administração do Sindicato. 

A Rede integra trabalhadores de uma multinacional. Com a possibilidade de dialogar em conjunto com trabalhadores de outros países, e com o envolvimento institucional da empresa, os objetivos unificados têm maior probabilidade de serem alcançados. “Questões como fim da terceirização, combate a todas as formas de discriminação, acesso às informações sobre reestruturação da empresa, combate ao assédio moral, entre outros, são as principais diretrizes das Redes”, avalia Antenor Nakamura (Kazú), diretor do Sindicato e secretário de Relações Internacionais da CNQ. 

Rede Basf – No Sindicato dos Químicos, a primeira empresa que criou a Rede foi a Basf, hoje já tem 10 anos e, em 9 de junho, a nova Comissão de Trabalhadores tomou posse. Essa Comissão tem uma característica incomum, o fato de que todos os trabalhadores pertencem ao setor administrativo. 

Relação internacional – Para o Sindicato, a Rede de Trabalhadores também fortalece o processo de discussão internacional, através da ICEM (Federação Internacional dos Trabalhadores em Química Energia e Minério) e com o contato com outros sindicatos. No nosso caso, os contatos com as comissões de trabalhadores e sindicatos alemães merecem destaque. É uma forma de inclusão no mercado global, mas com a defesa da classe trabalhadora como meta. 

Rede Lanxess – Foi realizado na cidade de Porto Feliz (SP) o encontro da Lanxess, nos dias 9 e 10 de junho. Na oportunidade foram discutidos temas como acordo coletivo nacional, reestruturação da empresa, terceirização, unificação da jornada e adicionais, PLR e Carta de princípios da Rede.

Rede Bayer – O encontro da Bayer aconteceu em 5 e 6 de maio, em São Paulo. Os principais temas discutidos foram: respeito aos direitos humanos e assédio moral; divulgação do diálogo social; reestruturações; políticas de cargos e salários. O dirigente do Sindicato que também é funcionário da Bayer e participa da Rede, Geraldo Guimarães, afirmou que o “processo de construção da Rede é o que existe de mais avançado nas relações sindicais, algo a ser copiado por outras categorias e empresas multinacionais”.