Quando a ONU (Organização das Nações Unidas) realizou a Conferência sobre meio ambiente no Rio de Janeiro em 1992, chamada Eco-92, muito se falou sobre a situação do planeta e a necessidade de se buscar formas de preservação ambiental.
Naquela oportunidade foi criada a Agenda 21, uma série de propostas a serem encaminhadas pelos países para diminuir a poluição ambiental e a destruição das reservas naturais do planeta.
Participaram da Eco-92 chefes de Estado e delegações de governos da maioria dos países, desde nações mais pobres e em desenvolvimento até as mais ricas do mundo. Participaram também movimentos sociais e ambientalistas de todas os continentes do planeta.
Um dos grandes debates travados na ocasião foi entre os ambientalistas radicais e os movimentos sociais, com relação à preservação do meio ambiente e os pobres. Para os ambientalistas radicais entre a árvore e o ser humano, preserva-se a árvore e não o ser humano. Para os militantes dos movimentos dos sociais deveria se aprofundar o debate, mas estava claro que entre o ser humano e a árvore, preserva-se o ser humano, até para que possa plantar árvores.
O debate continua; é interminável e agora a bola da vez, agora, é o plástico que de fato jogado na natureza provoca um estrago sem proporções e destrói o meio ambiente. Mais uma vez entram em cena os ambientalistas radicais e os oportunistas de plantão, como o governador de São Paulo José Serra e seu secretário do meio ambiente Xico Graziano. Para estes o negócio é banir de vez o plástico. Esquecem os algozes que por trás das sacolinhas, das garrafas PET e outros produtos plásticos estão milhares de trabalhadores e pequenas empresas que certamente serão afetados caso essa absurda proibição seja consumada.
Tal ferocidade contra o plástico nos leva a perguntar: o que estaria por trás de tal proposta? Por que querem abolir o plástico? Em favor de quem? Só do meio ambiente não pode ser. Há muito mais coisas escondidas por trás que precisam ser reveladas para que o debate seja de fato transparente e eficaz.
Prestariam melhor serviço à coletividade se em vez de gastarem tinta escrevendo sobre a proibição do plástico, escrevessem sobre reciclagem, reaproveitamento desse material, que já está provado, que há centenas de possibilidades de reciclagem e reaproveitamento sem prejuízo do meio ambiente e sem provocar que trabalhadores pais de família percam seus empregos.
Mais uma vez é preciso ter cuidado para não jogar o ser humano na marginalidade do desemprego em nome da preservação do meio ambiente