Químicos e Plásticos: atenção para o piso salarial e PLR

Os trabalhadores dos setores químicos, plásticos, cosméticos, tintas e vernizes e similares têm piso salarial de R$ 637,60. Nenhum trabalhador pode receber menos.

A cláusula 73 da Convenção Coletiva estabelece que a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) deve ser paga em parcela única até 30/03/07. Caso a empresa faça a opção de pagar em duas parcelas, o prazo para pagamento da 1ª venceu em 31 de janeiro passado e a 2ª parcela deverá ser paga até o final de julho. O valor mínimo da PLR para empresas que não têm programa próprio é de R$ 462,00.

Portanto, fique atento, caso os prazos não sejam cumpridos, entre em contato com um diretor do Sindicato.

A convenção coletiva por si só não garante seus direitos e conquistas, é preciso que você e seus companheiros de trabalho, fiscalizem o cumprimento das cláusulas.

Campanha Salarial: pauta pronta, agora à luta

Aconteceu em 25 de fevereiro último, na subsede Santo Amaro, a assembléia dos trabalhadores do setor farmacêutico, que têm data base dia primeiro de abril.

Na oportunidade os trabalhadores presentes na assembléia definiram a pauta de reivindicações da campanha salarial 2007, que será encaminhada ao Sindusfarma (Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo), dia nove de março, quando será definido o calendário de negociação.

A campanha é coordenada pela CNQ/CUT e tem a participação dos demais sindicatos do ramo filiados à CUT, no estado de São Paulo. Veja ao lado algumas das propostas aprovadas pelos trabalhadores do setor farmacêutico deste sindicato.

* Piso salarial: implantação de uma política de Recuperação do Salário normativo (Piso Salarial) do setor.

* Salário: para os demais salários aplicação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) referente o período de abril/2006 a março/2007, mais aumento real.
Jornada de Trabalho: redução da jornada sem redução de salário

* Mão-de-obra: fim das terceirizações, da mão-de-obra temporária e dos contratos por tempo determinado.

* PLR: estabelecer um programa de PLR em todas as empresas do setor.

* Saúde do trabalhador: fim do assédio moral e fim das situações que coloquem em risco a saúde do trabalhador, como LER/Dort (Lesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

Para que a Campanha salarial tenha êxito é fundamental a organização e mobiliza-ção de todos os trabalhadores em cada empresa e a participação nas atividades con-vocadas pela diretoria do Sindicato. Converse com seus companheiros de trabalho sobre a campanha salarial. Quanto mais traba-lhadores participarem, mais força terá sua entidade de classe para obter novas conquistas para o setor.

Setor Farmacêutico: mobilizar para novas conquistas

Nos próximos dias, os trabalhadores (as) das indústrias farmacêuticas devem ficar em alerta máximo e na expectativa. Primeiro de abril é a data-base, momento de definição sobre salários, condições de trabalho, defesa da saúde e segurança e outros direitos.

Pauta de reivindicações encaminhada ao sindicato patronal, o próximo passo, agora, é o processo de negociações e, principalmente, mobilizações em cada local de trabalho e no conjunto da categoria. Faça sua parte, em legítima defesa dos seus direitos. Participe!

Notas

A visita

Uma comissão de senadores visitou as obras do metrô paulistano. A visita tinha a missão de levantar dados a respeito da desastrada obra da Linha 4. Três senadores, Flexa Ribeiro, do PSDB, e Eduardo Suplicy e Aloizio Mercadante, do PT, fazem parte da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) que autorizou o governo paulista pegar empréstimo para esta construção. A Comissão do Senado pretende investigar os contratos firmados para esta obra.

O silêncio

À primeira vista, é de se espantar o comportamento da imprensa comercial em relação à visita da comissão de senadores às obras do metrô paulistano. Os senadores foram acompanhados por jornalistas e câmaras, mas estranhamente, rádios e televisões pouco ou nada noticiaram, assim como os jornais impressos também silenciaram. As reportagens chegaram a ser editadas, mas o que foi publicado não corresponde ao que aconteceu. O silêncio foi quase total.

A manobra

O governador Serra e seu secretário de comunicação pressionaram e manobraram junto aos editores da mídia para que pouco ou nada fosse noticiado a respeito da visita dos senadores às obras do metrô. Não é de hoje que o governador goza de prestígio junto aos empresários da área de comunicação, com os quais mantém contato permanente, e quando algum profissional desavisado mostra-se inclinado a exercer o espírito crítico é logo tirado do ar.

Opinião: o Brasil no caminho certo

O Brasil começa agora a viver uma nova fase de modernização nas relações de Estado. O lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento Econômico) pelo governo Lula é um exemplo. É evidente que é muito cedo para avaliarmos os resultados positivos deste programa, que está no início, mas a iniciativa do governo Lula é bem vinda e precisa ser amadurecida.

Fazemos esta referência porque o Brasil passou momentos difíceis na década de 90, quando o governo federal na época adotou um modelo neoliberal perverso que levou o país à uma estagnação financeira brutal, cujo o crescimento econômico do país chegava aos pífios 2% ao ano, e se não fosse a pressão do movimento sindical e das entidades sociais e populares as relações de trabalho seriam destruídas, com a diminuição e corte de direitos trabalhistas, a famosa “flexibilização das relações de trabalho”. Outro modelo implementado foi a privatização de serviços essenciais, que prejudicou essencialmente os trabalhadores, com o desemprego, terceirização e redução de direitos.

Agora, o PAC é uma ótima oportunidade para nós do movimento sindical e da sociedade civil organizada mostrar as nossas propostas e interferir neste novo modelo de gestão. Para isso, temos que apontar os caminhos para que o PAC torne-se de fato um modelo de desenvolvimento sustentável e que esteja aliado à uma política permanente de geração de emprego com carteira assinada, valorização do trabalho, ligada à distribuição de renda, e democratização das relações de trabalho.

Também acreditamos que para o PAC avançar nas metas sociais é fundamental que o governo federal instaure comissões setoriais tripartites; democratizar as relações entre o governo, trabalhadores e empresários; e garanta o aumento dos investimentos orçamentários em educação e saúde; adote um modelo de desenvolvimento rural com a aceleração da Reforma Agrária e fortaleça os programas de geração de transferência de renda, com foco na inclusão no mundo do trabalho, por meio da aprendizagem prática e valorização da escolaridade.

Movimentos Sociais: pelo direito de reivindicar

Sempre houve perseguição por parte do Estado aos movimentos sociais. Historicamente sabemos que as elites dominantes nunca admitiram que os trabalhadores do campo ou da cidade, os pobres, se manifestassem exigindo respeito à sua dignidade e seus direitos.

No Brasil essa perseguição foi mais violenta na ditadura militar. De 1964 até o final da década de 1970, quem ousasse se manifestar pelos seus legítimos direitos era perseguido, preso, torturado e em muitas das vezes assassinados.

Depois veio a chamada abertura política. Os militares saíram de cena, entraram em seu lugar as elites dominantes, muitos deles tinham apoiado o regime militar. Desde então a perseguição deixou de ser sangrenta, mas nem por isso deixou de ser violenta, passou a ser mais sutil, especialmente a partir da década de 1990.

No estado de São Paulo essa perseguição se intensificou nos últimos 12 anos, com o governo do PSDB e PFL que orienta um feroz ataque, especialmente ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) no interior do Estado, e aos movimentos sindical, de moradia e ambulantes, na capital.

A ação do Estado, através dos governos municipal e estadual, o aparato policial repressor e a postura do judiciário são parte de um todo que funciona para reprimir e perseguir os movimentos sociais em suas legítimas reivindicações.

Nesse momento, por exemplo, há dois militantes do MST presos na capital, no Centro de Progressão Penitenciária de São Miguel Paulista/SP. Um deles é Marcelo Buzetto, professor universitário, desde 19 de janeiro de 2007. Outro militante preso é Benedito Ismael Alves Cardoso, o Magrão, 54 anos. Ambos deveriam cumprir pena em regime semi-aberto, conforme a sentença de condenação.

Nos últimos quatro anos no Brasil houve uma sensível mudança, o governo Lula tem procurado manter o diálogo com os movimentos sociais. No dizer de Frei Betto “Os Ricos, quando fazem pressão, estendem à mão ao telefone e são ouvidos pela autoridades e pela mídia. Alguns, até assinam cheques. Já os pobres não têm alternativa senão a manifestação pública, que deveria ser por todos reconhecida como direito intrínseco ao grande sonho brasileiro: a democracia participativa”.

Químicos e Plásticos: todo apoio aos movimentos sociais
A direção do Sindicato sempre pautou sua atuação na defesa dos interesses dos trabalhadores e no apoio aos movimentos populares, que lutam por melhores condições de vida. Neste sentido, a direção da entidade condena com veemência a truculência com que o Governo do Estado e os latifundiários tratam os companheiros, militantes do MST.

É inadmissível que em pleno século 21 latifundiários e governos não aceitem dialogar com trabalhadores do campo e da cidade. A posição do Sindicato, em conjunto com a CUT e os demais sindicatos cutistas, é pela liberdade de manifestação, contra qualquer forma de repressão aos movimentos populares e sindicais que lutam por melhorias na qualidade de trabalho e vida.

Ao longo da história, poucos foram os governantes com disposição para o diálogo com os movimentos sociais. Os trabalhadores em seus sindicatos conhecem muito bem o peso da dominação e da opressão, seja por parte do patronato, seja por parte dos governos através das forças policiais de repressão. E estas ações quase sempre encontraram respaldo no Poder judiciário.

Editorial: “Senhor da morte”

A propósito da visita do presidente dos Estados Unidos, George W Bush, ao Brasil, uma rápida análise sobre a intervenção norte americana na política internacional evidencia qual deve ser o sentimento geral do povo brasileiro em relação a este que entra para a história mundial como o “senhor da morte”.

Bush vem ao Brasil em busca de credibilidade à sua desastrosa política internacional e com interesse na energia renovável cujo desenvolvimento nosso país é pioneiro. Nas condições impostas pelo governo brasileiro, um possível acordo sobre o etanol e biodiesel, com os EUA, será bem vindo, significa maior produção, que gera emprego e renda.

Já em relação à política internacional, o fato que o Sr. Bush, por onde passa, deixa o rastro da guerra, da morte, da intervenção sobre a soberania dos povos. Exemplos não faltam nesse sentido: Iraque, Irã e a participação na fracassada tentativa de golpe na Venezuela contra o governo de Hugo Chavez.

Quando todo o mundo se preocupa com a questão ambiental, é também George Bush que se nega a assinar o Protocolo de Kioto, acordo pelo qual os países se comprometem a reduzir a emissão de poluentes no planeta. Mais uma evidência da sua total falta de respeito com os acordos internacionais.

Perdendo cada vez mais influência na América Latina, o governo dos EUA vem ao Brasil para tentar resgatar seu espaço. Independente das relações diplomáticas entre governos, cabe aos movimentos sociais organizados um protesto veemente contra Bush e tudo que representa sua política em todo o mundo.

Aliás, sem grandes alardes, mas com firmeza, o governo LULA já vem marcando posicionamento claro nesse sentido. Começa por não aderir à ALCA, a manifestação contra a invasão do Iraque, passa pela condenação ao bloqueio a Cuba e firma-se com as relações diplomáticas e comerciais com outras nações na África e no Oriente, com especial atenção para o Mercosul.

diretoria colegiada

Indústria Farmacêutica: produção e faturamento em alta

Medicamentos Genéricos
Pela primeira vez o mercado de genéricos registrou vendas su-periores a US$ 1 bilhão (um bilhão de dólares) o que equivale a mais de dois bilhões de reais. Em 2006, o setor movimentou US$ 1,054 bilhão; 52,2% superior aos US$ 692,5 milhões, em 2005.

No total foram comercializadas 194 milhões de unidades em 2006, ante 151,9 milhões de 2005.
O desempenho dos genéricos foi melhor que o da indústria farmacêutica em geral, cujo faturamento cresceu 27,1%. O número de unidades subiu 7,2% alcançando 1,43 bilhão.

A participação dos genéricos sobre o total de unidades comercializadas aumentou de 11,4% para 13,5%, de 2005 para 2006. Em faturamento respondeu por 10,7% do total de 2006, ante os 8,9% em 2005.

Laboratórios Nacionais
O setor farmacêutico nacional faturou R$ 23,78 bilhões em 2006 com a venda de 1,66 bilhões de caixas de medicamentos. Os fabricantes de capital nacional ampliaram a participação nas vendas totais da indústria para 43% em 2006, quando comparada aos 39% em 2005. O restante ficou concentrado nas multinacionais.

Farmacêuticos alta, em 2006
Em 2006, as vendas nominais do setor (sem impostos) ficaram em R$ 23,78 bilhões, um crescimento de 6,94%, ante os R$ 22,23 bilhões registrados em 2005. Em volume, a alta foi de 3,13%, o que equivale a 1,66 bilhões de unidades (caixas) de medicamentos.

Já a variação cambial permitiu uma elevação maior, de 18,2% nas vendas nominais em dólar, que atingiram US$ 10,89 bilhões. O resultado de 2006 mostra recuperação em relação a 2005.

Fonte: Febrafarma (Federação Brasileira
do Setor Farmacêutico)

Assembléia de trabalhadores do setor farmacêutico

Trabalhadores(as) do setor farmacêutico têm assembléia para debater e aprovar a pauta de reivindicações que será entregue no sindicato patronal. Aumento real de salários, melhoria nas condições de trabalho e PLR (Participação nos Lucros e resultados), são alguns dos destaques

Dia 25 de fevereiro, domingo, às 10h, na Subsede Santo Amaro, rua Ada Negri, 127.
Saída das regiões às 8h30.

Calendário de atividades: participe!
Iniciamos a Campanha Salarial/2007 do setor farmacêutico. Conforme acontece todos os anos, há um calendário de atividades previstas que vão desde encontros da categoria, até negociações com o sindicato patronal. A Campanha é coordenada pela CNQ/CUT. Participe! Em sua legitima defesa entre nessa luta você também! Venha conquistar aumento real e melhoria nas condições de trabalho

* Encontro da categoria
* Plenária da CNQ/CUT
* Entrega da Pauta
* Início das negociações
* Assembléia da categoria