Editorial: (Des) educação tucana

Na edição de segunda-feira, 12 de março, do jornal Folha de São Paulo, fomos surpreendidos com a seguinte notícia: um ex-ministro e dois secretários de Estado, todos da área da Educação, culpavam uns aos outros pela falência do ensino público estadual paulista. São do mesmo partido, o PSDB, da época dos governos FHC e Alckmin. Como não conseguem jogar a culpa nos outros, brigam entre si.

O fato é que os intelectuais tucanos, com seus doutorados e PHDs, estão reprovados também no quesito educação. Eles acabaram com o ensino público de São Paulo. E o governo Serra vai pelo mesmo caminho. Hoje, este Estado, que é considerado a locomotiva econômica do país, é a vergonha nacional da educação.

Não é difícil compreender como o ensino público do Estado chegou a esta situação.  Doze anos de governo tucano em São Paulo significou o mais completo atraso na educação. As escolas de lata, que Serra tanto denunciou em campanha eleitoral, existem aos montes na rede estadual. Os professores enfrentam salas superlotadas, condições precárias de trabalho e têm os mais baixos salários do país.

Para gente como Serra, FHC, Alckmin e outros do PSDB, filho de pobre não tem que ter ensino de qualidade. Consideram que este é um privilégio só para eles, seus filhos e netos, que podem pagar fortunas com escolas particulares.

Na mentalidade dos tucanos, investimentos em ensino e saúde pública significam despesas, gastos que estados governados por eles devem evitar, como fizeram e fazem em São Paulo. Daí a calamidade, a vergonhosa situação do ensino estadual.

Diretoria colegiada

Sócio do Sindicato tem acesso ao teatro com desconto

Infantil

“Branca de Neve e os  Sete  Anões”

Direção: Paolino Raffanti

Elenco: Alessandra Santos, Pierre Bittencourt, Marcela Alves, Fábio Fonkert, Tiago Guimarães e Letícia Bortoletto.

Sinopse: A clássica história da menina ” branca como a neve, cabelos negros como ébano e lábios vermelhos como o sangue”, que é enviada por sua malvada madrasta para ser morta na floresta. Ela, porém consegue se livrar e encontra os sete anões que a acolhem e protegem. Até que…

Cheque teatro: grátis ao portador e 50% para os acompanhantes.
Local: Teatro Ruth Escobar, Sala Gil Vicente, 317 lugares
Rua dos Ingleses, 209, Bela Vista, telefone 3289 2358
Acesso deficientes
Horários: Sábados e Domingos às 17h30
Em cartaz até  final de junho/07
Ingressos: R$ 8,00 (crianças até 12 anos) e R$ 16,00 (adultos)
Duração: 60 minutos
Recomendada para crianças a partir de 2 anos

Comédia (adulto)

Entre Amigas

Texto e Direção: Maria Duda

Elenco: Maria Duda, Thellma Della Mara, Patrícia Mayer, Micheline Lemos, Annete Moreira e Adriana Mayer

Entre Amigas é uma peça inspirada em fatos reais. É um lindo pedaço da vida de cinco meninas que acreditavam no amor e na amizade. A arte e o sonho moviam este pequeno apartamento. Amor dói. Medo dói muito mais. Maria Duda dedica esta obra a todos os artistas por talento e vocação. Porque acredita que só assim poderemos continuar nossa caminhada. Nosso eterno amor ao teatro.

Existe uma curiosidade natural do público em conhecer os artistas e saber como começaram suas trajetórias no fascinante mundo artístico. Diversas interpretações são divulgadas. Aproveitei para contar ao público alguns segredos inocentes de nossas coxias e mostrar como vivem cinco meninas dentro de um pequeno apartamento tentando montar um show e mostrar seus talentos ao mundo.

Estes são os bastidores, a intimidade, os romances, os desejos, a sensualidade e a ânsia de vencer que todos nós tivemos um dia com a idade delas.

Nunca foi fácil realizar sonhos, especialmente quando o antagonista é o destino. É uma comédia musical esfuziante, emocionante que vai fazer o público sentir saudades de cada momento e ter orgulho de suas conquistas.

Cheque teatro: grátis ao portador e 50% para os acompanhantes
Em cartaz ate dia 01/04/2007.

Teatro Ruth Escobar, sala Myriam Muniz, 70 lugares.

Dias e horários: sextas 21h30, sábados 21h e domingos 18h.
Estacionamento com manobrista.

Cartões Diners/ Mastercard

Sexta-feira e Domingo R$20,00
Sábado R$ 25,00

Drama

Eu te darei o céu

Direção: Luiz Antonio Rocha

Elenco: Nany di Lima e Mateus Rocha

“Uma Mulher pode ser totalmente independente e feliz ou precisa de um homem para se sentir completa?”

“Eu te darei o céu”,  espetáculo abordando temática feminina estréia na semana do dia internacional da mulher.

“4 Kikitos em Gramado, incluindo o de melhor atriz .”

A peça teatral “Eu Te Darei o Céu” traz uma reflexão sobre a solidão moderna dos grandes centros urbanos onde tudo gira em torno do consumo, do sucesso profissional, da competitividade que cada vez mais, ocupa o lugar dos sentimentos e o medo nos isola dentro das paredes dos apartamentos e das casas – o que resulta seres humanos oprimidos de coração, com toda a dificuldade de estabelecimento de vínculos. É disso que falamos: do contato com essa rigidez à transformação dela.
Thaís, uma publicitária independente, bem sucedida e solteira, ganha das amigas em seu aniversário de 40 anos, um garoto de programa. Ele, um profissional do prazer. Lindo sedutor e um ótimo papo. Ambos vivem da “imagem” do produto que vendem. Ele, com a dificuldade econômica de manter casamento e filhos, alterna “programas” com o sonho de ter uma Oficina de Moto. Ela, bem sucedida profissionalmente, está carente e distante da afetividade de um relacionamento a dois. Do encontro e dos conflitos entre estes dois protagonistas emergem situações poéticas, pungentes, divertidas e extremamente humanas cujo foco central é o universo feminino. A eterna busca do amor, a possibilidade (ou não) do sexo sem o amor, o medo do amor, a perda do amor, a conquista do poder versus família e relacionamentos, são temas desta viagem que dura uma noite de encontro.

Outro tema contido na peça é o papel do michê na sociedade contemporânea, o que fez a autora e o ator (Mateus Rocha) investirem uma pesquisa em clubes de mulheres, praças e ruas do eixo Rio – São Paulo, colhendo depoimentos de pessoas comuns, como o motorista de táxi que passou a ser garoto de programa ao pegar como passageira, uma mulher que fazia programas: os dois se casaram e começaram a fazer programas juntos e tiveram um desfecho bastante inusitado. Histórias como essas aparecem em monólogos ditos pelo ator em cena.

O texto da premiada autora Nanna de Castro é baseado em uma história real. Foi adaptado para o cinema em 2005 e ganhou diversos prêmios, inclusive 4 Kikitos no Festival de Gramado do mesmo ano. A atriz, Nany di Lima, que atuou no curta-metragem e agora protagoniza a peça, recebeu até o momento, 8 prêmios por sua atuação, incluindo o kikito de melhor atriz em Gramado.

Cheque teatro: Grátis ao portador e 20% para os acompanhantes

Em cartaz de 9 de março a 13 de maio

Teatro Fábrica São Paulo, sala 1, 134 lugares

Rua da Consolação 1623

Sextas e Sábados 21:30

Domingos 20:30

Duração: 1h15min

Indicação:14 anos

Ingressos: R$ 40,00 inteira e R$ 20,00 meia entrada

Acesso a pessoas com necessidades especiais

Estacionamento conveniado R$8,00

(Rua Pedro Taques, 54, todos os dias e Rua da Consolação, 1.681 – menos aos domingos)

Reservas pelo site www.fabricasaopaulo.com.br

Informações, telefone 3255 5922

Salário mínimo R$ 380,00 e uma política de valorização do mínimo

O novo salário, que vigorará a partir de abril de 2007 será de R$ 380, aumento de 8,6% sobre os atuais R$ 350. Com isso, o aumento real ficará na casa de 5%, já que a inflação acumulada entre 1.º de abril de 2006 e 31 de março de 2007 ficou em 3%, segundo dados do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O aumento do salário mínimo para R$ 380, a partir de 1º de Abril, vai movimentar economia, além de proporcionar aumento da arrecadação tributária. Esta arrecadação possibilita ao governo federal investimentos nas áreas sociais.

Falar em salário mínimo é polemizar. A polêmica é antiga, há os que defendem a tese de que salário mínimo causa inflação. Há os que defendem a recuperação do poder de compra do mínimo. Outros temem que o aumento do salário provoca a ampliação do rombo da previdência. O debate é interminável. Certo é que as centrais sindicais, dentre elas a CUT, conseguiram do governo a criação de uma política de recuperação do salário mínimo.

No final de 2006 o governo federal e as centrais sindicais fecharam acordo para antecipar a entrada em vigor do salário mínimo. O acordo prevê dentre outras questões que, este ano o novo mínimo passe a vigorar em primeiro de abril, em 2008 será primeiro de março, em 2009, em primeiro de fevereiro e 2010 em primeiro de janeiro.

Além da antecipação O acordo estabelecido entre governo e centrais sindicais no final de 2006 garante uma política de valorização contínua do salário como forma de promover a distribuição de renda.

Bush no Brasil, fora Bush

Sua comitiva organiza um giro pelo Brasil, Uruguai, Colômbia, Guatemala e México buscando apoio para prosseguir sua política, como a vergonhosa política de dominação que esmaga a soberania dos povos. Bush vem atrás de acordos comerciais para continuar alimentando o imperialismo estadunidense.

Independente das relações diplomáticas entre governos, cabe aos movimentos sociais organizados um protesto veemente contra Bush e tudo que representa sua política em todo o mundo.
Manifestações em todo o país acontecem no sentido de mostrar a indignação do povo brasileiro contra este que se tornou em praticamente todo o mundo inimigo da democracia, da auto-determinação dos povos.

No dia Internacional da Mulher, além das manifestações das mulheres por igualdade, respeito e fim da violência doméstica ocorrem, também, manifestações de Fora Bush e sua política imperialista que massacra os povos.

Nesse dia de luta, mulheres e homens denunciam e lutam contra o senhor da morte, que humilha o povo iraquiano, por exemplo, em especial mulheres e crianças, vítimas de estupros e violações pelas tropas de ocupação.

As manifestações são contra a política de Bush, a serviço das grandes empresas transnacionais, como os supermercados Wal-Mart, que é alvo de um processo trabalhista, nos EUA, de mais de dois milhões de trabalhadoras que sofrem, por serem mulheres, discriminação salarial.

Depois da derrota eleitoral, Bush agora quer buscar um consenso. Nos EUA, entre os partidos Republicano e Democrata, e fora, com governos de outros países para continuar sua política que esmaga a soberania dos povos e ataca, sobretudo migrantes oprimidos nos EUA.

Nos planos interno e externo ele quer um “consenso” para continuar a guerra que dizima o povo e a nação iraquiana. Quer um “acordo” para continuar instalando bases militares nos países do continente, como a de Manta no Equador.

O “consenso” pretendido por Bush é para esmagar os governos da Venezuela e da Bolívia que têm tomado medidas em defesa da soberania nacional.

É do conhecimento de todos que no interior dos EUA 61% da população rejeitam a política da guerra no Iraque e centenas de milhares se manifestam nas ruas. Nos países do continente latino-americano os povos se levantam.

No Brasil, e por onde passa, Bush enfrenta atos e manifestações contrárias à sua presença e à sua política que ataca as trabalhadoras e os trabalhadores.
De norte a sul do continente americano os povos, sob formas diferentes, dizem em uma só voz: fora Bush e sua política imperialista.

Veja alguns números da Guerra no Iraque

Bush já gastou U$ 2,2 trilhões de dólares

O custo médio mensal da guerra é de U$ 8,4 bilhões

Os EUA são responsáveis por 48% dos gastos mundiais em armamentos.

Na guerra do Iraque já morreram 3 mil soldados americanos e mais de 60 mil iraquianos, entre militares e civis, em sua maioria mulheres e crianças.

Um século e meio de lutas e resistência

“Maria, Maria é um dom, uma certa magia.
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta
Maria, Maria é o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive apenas agüenta
Mas é preciso ter força, é preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo essa marca
Maria, Maria mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania de ter fé na vida”

Milton Nascimento e Fernando Brant

Há 150 anos, em 1857, milhares de mulheres trabalhavam 16 horas por dia, como operárias de fábricas. Sem a mínima condição de conviver com os filhos e marido e suportavam situações hostis, discriminação, repressão e opressão.

Nas fábricas, o ambiente quente, úmido, sem ventilação adequada, se soma à comida sem gosto de um almoço corrido.

No fim do mês, o salário: 30% do que ganha um homem. Mal dava para ajudar em casa. O valor é muito pequeno, mas a necessidade e a miséria batem à porta e as obrigam a continuar até onde o organismo suportar.

A situação das trabalhadoras fica insuportável em diversos países, até que em 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, em Nova York, EUA, fizeram uma greve, ocuparam a fábrica e reivindicavam melhores condições de trabalho, redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas, equiparação de salários com os homens, as mulheres chegavam a receber 1/3 do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho – e reivindicavam também tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com violência e as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram queimadas.

Após 150 anos dessa ocorrência que matou 130 mulheres, as trabalhadoras em todo o mundo continuam sua luta por igualdade de oportunidades, respeito, jornada de trabalho digna e qualidade de vida.

Nesse um século e meio, a capacidade de luta e mobilização das mulheres garantiu melhores condições, mais respeito e dignidade, no entanto, a jornada continua desumana. Discriminação e violência ainda são tristes realidades que acompanham o mundo feminino e perturbam a sociedade.

A mobilização
Neste ano, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) definiu três eixos básicos para nortear as comemorações do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. São eles: combate à violência contra a mulher; salário igual para trabalho de igual valor e participação e poder. A partir dessa orientação os sindicatos do ramo químico da CNQ em todo o Brasil organizam atividades, palestras, debates e manifestações no decorrer do mês de março para para marcar a data.

Em São Paulo, ocorreu no domingo, 4 de março, o “CUT Cidadã Mulher”, na Cohab 2 Itaquera. Foi lançada, dia 5, a cartilha sobre a Lei Maria da Penha. No dia 8 de março, período da manhã, debate na sede da CUT Nacional sobre a questão da mulher. Á tarde, caminhada na avenida Paulista, organizada em conjunto com outras entidades.
 
Debates
É importante ressaltar que a luta pela igualdade de gênero obteve avanços nos últimos anos.
No ramo químico, consolidou-se a Secretaria de Gênero, encarregada da implantação de políticas específicas para a mulher trabalhadora.

No Setor Farmacêutico foi constituído um Grupo de Trabalho de Gênero, formado por representantes da categoria e dos empresários, para debater exclusivamente as reivindicações femininas.

A criação, pelo governo Lula da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, comandada por Nilcea Freire representa também um avanço, pois essa secretaria elaborou, pela primeira vez no Brasil, um Plano Nacional de Política para as Mulheres, com ações públicas específicas, que envolvem o governo federal, governos estaduais e municipais.

No entanto, apesar desses avanços, a sociedade ainda está longe da plena igualdade de gênero. A mulher ainda sofre discriminação no ambiente de trabalho; é preterida em promoções para cargos de maior importância, mesmo quando melhor qualificada; recebe salários inferiores ao dos homens, mesmo exercendo a mesma função.

Sem contar que as mulheres exercem a dupla jornada. Em casa são as primeiras a se levantar e as últimas a se deitar. Por uma questão até cultural, a maioria dos companheiros não participa das atividades domésticas.

Um século e meio de lutas e resistência

“Maria, Maria é um dom, uma certa magia.
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta
Maria, Maria é o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive apenas agüenta
Mas é preciso ter força, é preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo essa marca
Maria, Maria mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania de ter fé na vida”

Milton Nascimento e Fernando Brant

Há 150 anos, em 1857, milhares de mulheres trabalhavam 16 horas por dia, como operárias de fábricas. Sem a mínima condição de conviver com os filhos e marido e suportavam situações hostis, discriminação, repressão e opressão.

Nas fábricas, o ambiente quente, úmido, sem ventilação adequada, se soma à comida sem gosto de um almoço corrido.

No fim do mês, o salário: 30% do que ganha um homem. Mal dava para ajudar em casa. O valor é muito pequeno, mas a necessidade e a miséria batem à porta e as obrigam a continuar até onde o organismo suportar.

A situação das trabalhadoras fica insuportável em diversos países, até que em 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, em Nova York, EUA, fizeram uma greve, ocuparam a fábrica e reivindicavam melhores condições de trabalho, redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas, equiparação de salários com os homens, as mulheres chegavam a receber 1/3 do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho – e reivindicavam também tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com violência e as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram queimadas.

Após 150 anos dessa ocorrência que matou 130 mulheres, as trabalhadoras em todo o mundo continuam sua luta por igualdade de oportunidades, respeito, jornada de trabalho digna e qualidade de vida.

Nesse um século e meio, a capacidade de luta e mobilização das mulheres garantiu melhores condições, mais respeito e dignidade, no entanto, a jornada continua desumana. Discriminação e violência ainda são tristes realidades que acompanham o mundo feminino e perturbam a sociedade.

A mobilização
Neste ano, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) definiu três eixos básicos para nortear as comemorações do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. São eles: combate à violência contra a mulher; salário igual para trabalho de igual valor e participação e poder. A partir dessa orientação os sindicatos do ramo químico da CNQ em todo o Brasil organizam atividades, palestras, debates e manifestações no decorrer do mês de março para para marcar a data.

Em São Paulo, ocorreu no domingo, 4 de março, o “CUT Cidadã Mulher”, na Cohab 2 Itaquera. Foi lançada, dia 5, a cartilha sobre a Lei Maria da Penha. No dia 8 de março, período da manhã, debate na sede da CUT Nacional sobre a questão da mulher. Á tarde, caminhada na avenida Paulista, organizada em conjunto com outras entidades.
 
Debates
É importante ressaltar que a luta pela igualdade de gênero obteve avanços nos últimos anos.
No ramo químico, consolidou-se a Secretaria de Gênero, encarregada da implantação de políticas específicas para a mulher trabalhadora.

No Setor Farmacêutico foi constituído um Grupo de Trabalho de Gênero, formado por representantes da categoria e dos empresários, para debater exclusivamente as reivindicações femininas.

A criação, pelo governo Lula da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, comandada por Nilcea Freire representa também um avanço, pois essa secretaria elaborou, pela primeira vez no Brasil, um Plano Nacional de Política para as Mulheres, com ações públicas específicas, que envolvem o governo federal, governos estaduais e municipais.

No entanto, apesar desses avanços, a sociedade ainda está longe da plena igualdade de gênero. A mulher ainda sofre discriminação no ambiente de trabalho; é preterida em promoções para cargos de maior importância, mesmo quando melhor qualificada; recebe salários inferiores ao dos homens, mesmo exercendo a mesma função.

Sem contar que as mulheres exercem a dupla jornada. Em casa são as primeiras a se levantar e as últimas a se deitar. Por uma questão até cultural, a maioria dos companheiros não participa das atividades domésticas.

Setor farmacêutico: em busca de novas conquistas

Calendário de atividades
Dia 06 de março
– Plenária da CNQ/CUT.
Evento, realizado na sede nacional da CUT, contou com a participação de sindicalistas de todos os sindicatos do setor farmacêutico filiados à Central.

Dia 09 de março – Entrega da pauta
Na sede do Sindusfarma (Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do estado de São Paulo), além de encaminhar a pauta, será definida uma agenda de negociações.

Pauta de reivindicação
Em assembléia, dia 24 de fevereiro, trabalhadores e trabalhadoras do setor farmacêutico aprovaram pauta a ser encaminhada ao sindicato patronal (Sindusfarma). Dentre as reivindicações destacam-se:
 
Piso salarial: implantação de uma política de Recuperação do Salário normativo (Piso Salarial) do setor.

Salário: para os demais salários aplicação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) referente o período de abril/2006 a março/2007, mais aumento real.

Jornada de Trabalho: redução da jornada sem redução de salário

Mão-de-obra: fim das terceirizações, da mão-de-obra temporária e dos contratos por tempo determinado.

PLR: estabelecer um programa de PLR em todas as empresas do setor.

Saúde do trabalhador: fim do assédio moral e fim das situações que coloquem em risco a saúde do trabalhador, como LER/Dort (Lesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

Para que a Campanha salarial tenha êxito é fundamental a organização e mobilização de todos os trabalhadores em cada empresa e a participação nas atividades convocadas pela diretoria do Sindicato. Converse com seus companheiros de trabalho sobre a campanha salarial. Quanto mais trabalhadores participarem, mais força terá sua entidade de classe para obter novas conquistas para o setor.

Faturamento da indústria farmacêutica
A indústria de medicamentos, segundo dados da Febrafarma (Federação brasileira do Setor Farmacêutico) cresceu em 2006. Veja os dados referentes aos medicamentos genéricos; os laboratórios nacionais e o conjunto do setor farmacêutico, que inclui nacionais e multinacionais.

Medicamentos Genéricos
Pela primeira vez o mercado de genéricos registrou vendas superiores a US$ 1 bilhão (um bilhão de dólares) o que equivale a mais de dois bilhões de reais. Em 2006, o setor movimentou US$ 1,054 bilhão; 52,2% superior aos US$ 692,5 milhões, em 2005.

No total foram comercializadas 194 milhões de unidades em 2006, ante 151,9 milhões de 2005.

O desempenho dos genéricos foi melhor que o da indústria farmacêutica em geral, cujo faturamento cresceu 27,1%. O número de unidades subiu 7,2% alcançando 1,43 bilhão.

A participação dos genéricos sobre o total de unidades comercializadas aumentou de 11,4% para 13,5%, de 2005 para 2006. Em faturamento respondeu por 10,7% do total de 2006, ante os 8,9% em 2005.

Laboratórios Nacionais
O setor farmacêutico nacional faturou R$ 23,78 bilhões em 2006 com a venda de 1,66 bilhões de caixas de medicamentos. Os fabricantes de capital nacional ampliaram a participação nas vendas totais da indústria para 43% em 2006, quando comparada aos 39% em 2005. O restante ficou concentrado nas multinacionais.

Farmacêuticos alta, em 2006
Em 2006, as vendas nominais do setor (sem impostos) ficaram em R$ 23,78 bilhões, um crescimento de 6,94%, ante os R$ 22,23 bilhões registrados em 2005. Em volume, a alta foi de 3,13%, o que equivale a 1,66 bilhões de unidades (caixas) de medicamentos.

Já a variação cambial permitiu uma elevação maior, de 18,2% nas vendas nominais em dólar, que atingiram US$ 10,89 bilhões. O resultado de 2006 mostra recuperação em relação a 2005.

Fonte: Febrafarma (Federação Brasileira do Setor Farmacêutico)

Setor Plástico: curso de qualificação profissional

Para você, trabalhador nas indústrias plásticas, que é operador de máquinas injetoras e quer melhorar sua qualificação profissional. O sindicato, em parceria com a Fundacentro, a Escola sindical da CUT, a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria Plástica), promove o curso de aperfeiçoamento profissional, de regulador de Máquinas Injetoras.

O início do projeto está previsto para 26 de março. Os interessados devem entrar em contato nas subsedes Santo Amaro, Taboão da Serra e Sede Central.

O curso terá aulas de organização industrial, operação e regulagem de máquina injetora, manutenção básica, metrologia básica, introdução à pneumática, à eletricidade, à hidráulica, materiais e matérias plásticas. A aulas sobre, globalização e reestru-turação, qualidade de vida e participação social e códigos de linguagem.

É o Planseq (Plano Setorial de Qualificação do Setor Plástico). No próximo Sindiluta mais informações sobre o curso.

Secretaria de Gênero: semana de intensas atividades

A diretoria do Sindicato, coordenada pela Secretaria de Gênero, realiza atividades nas portarias das empresas nesta primeira quinzena do mês, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, para parabenizar as companheiras pela sua data e debater sobre a importância de sua participação ativa na vida da sociedade e na sua entidade de classe.

Várias atividades acontecem na capital e grande São Paulo, por ocasião da data. Veja a seguir algumas dessas atividades.

* Dia 4, das 9h às 17h – CUT Cidadã Mulher, no Conjunto José Bonifácio, Praça Brasil, COHAB 2, Itaquera

* Dia 5, às 16h – lançamento da Cartilha sobre a Lei Maria da Penha, produzida pela SNMT/CUT (Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora), no auditório da CUT, 1º andar, rua Caetano Pinto, 575, Bairro do Braz. A lei coíbe e pune a violência doméstica contra a mulher.

* Dia 8, Dia Internacional da Mulher, Das 9h às 12h30 – debate sobre os seguintes temas: violência contra a mulher e a lei Maria da Penha; Salário igual para trabalho de igual valor e; participação e poder. O debate acontece na sede da CUT.

* 15h, Ato na Avenida Paulista, preparado pela CUT em conjunto outras entidades e movimentos de mulheres.

Assembléia aprova

No dia nove de fevereiro, em assembléia da categoria, com parecer do Conselho fiscal e da Assessoria Contábil, os trabalhadores associados à entidade aprovaram prestação de contas referente ao exercício de 2005 e previsão orçamentária para o exercício de 2007.

Na oportunidade foi apresentada a nova etapa da campanha permanente de sin-dicalização. Veja na página quatro a relação dos prêmios e os prazos da campanha.