Opinião: mais Metrô para São Paulo, sem privatização

O Sindicato dos Metroviários de SP e a Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro) sempre foram contra qualquer Parceria Público-Privada (PPP), terceirização e/ou privatização, por entender que a qualidade e a segurança do serviço onde fossem implantadas estariam em risco.

Este posicionamento se intensificou quando o governo Alckmin aceitou o modelo Turn key de contratação e gestão da obra da Linha 4 – Amarela, onde o corpo técnico do Metrô ficou excluído da elaboração do projeto, construção e fiscalização. Os metroviários até realizaram uma greve de 24 horas em 15/08/06 para tentar barrar a privatização no Metrô e ressaltar os riscos que os cidadãos correm com isso. Porém, as obras e o processo de licitação continuaram, paralelamente à ocorrência de acidentes. Foi preciso acontecer uma tragédia para que tal modelo fosse desmascarado.

Com muito pesar pelas fatalidades e o caos que virou a cidade de SP, o Sindicato ingressou com uma representação nos Ministérios Públicos Estadual e Federal solicitando a interrupção imediata das obras, para que seja realizada uma auditoria técnica com o objetivo de dar segurança aos trabalhadores e à população, bem como que o modelo de contratação Turn key seja revisto.

O Sindicato, a Fenametro e outras entidades formaram uma comissão que já solicitou uma audiência com o governador, José Serra, para reivindicar sua participação no processo de investigação, mas até agora não obteve retorno.

Além disso, continuará acompanhando e apoiando as medidas que vêm sendo tomadas pelo Ministério Público e Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), inclusive com pedido de instauração de uma CPI, ainda mais após as denúncias de corrupção existentes neste processo feitas pela Folha de SP na segunda-feira, 30/01.

O Sindicato dos Metroviários repudia totalmente a forma atabalhoada e irresponsável como as obras da Linha 4 estão sendo conduzidas, e trabalhará intensamente para modificar esta situação e garantir os direitos dos cidadãos.

Este não é o Metrô que São Paulo quer, nem tão pouco merece.

 

Os movimentos sociais no Fórum Social Mundial

Mais de 150 mil pessoas participaram em Nairóbi, no Quênia, da 7a. edição do Fórum Social Mundial, de 20 a 25 de janeiro de 2007. A CUT, o Governo Brasileiro, os Movimentos Sociais, Organizações Não-Governamentais e o Movimento Sindical em geral marcaram presença na África para debater formas de libertar o mundo da dominação do capital e qualquer forma de imperialismo.

As discussões do Fórum, a troca de experiências, a solidariedade e a união dos trabalhadores são importantes saídas, e representam esperanças, para a construção de um outro mundo, livre do capitalismo e de qualquer forma de imperialismo.

Lideranças dos movimentos sociais de todo o mundo reunidos no Fórum escreveram um manifesto o qual publicamos alguns trechos. O manifesto na integra pode ser encontrado na página da CUT (www.cut.org.br).
 
Manifesto dos movimentos sociais
“A expressiva participação e represen-tatividade registradas neste 7º FSM refletem o crescimento de uma consciência antiimperialista que se alastra pelo planeta, afirmando a necessidade da construção de novas relações econômicas, políticas e sociais baseadas na paz e na solidariedade.

Os movimentos sociais vêem com otimismo as mudanças políticas no continente latino-americano e vão continuar pressionando para aprofundar os benefícios por uma outra América”.

Setor Plástico: curso de qualificação

Para você, trabalhador nas indústrias plásticas, que é operador de máquinas injetoras e quer melhorar sua qualificação profissional. O sindicato, em parceria com a Fundacentro, a Escola sindical da CUT, a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria Plástica), promoverá o curso de aperfeiçoamento profissional, que visa prepará-lo para ser regulador de Máquinas Injetoras.

Serão ao todo 20 turmas com 38 alunos cada, O início do projeto está previsto para 13de março com sete turmas. Em maio terá início outras sete e, em julho mais seis. As aulas serão nas subsedes Santo Amaro, Taboão da Serra e na Sede Central. Inscrições até 07 de março de 2007. Os interessados devem entrar em contato nas subsedes Santo Amaro, Taboão da Serra e Sede Central.

O curso compreende aulas de organização industrial, operação e regulagem de máquina injetora, manutenção básica, metrologia básica, introdução à pneumática, à eletricidade, à hidráulica apurada, materiais e matérias plásticas. O curso compreende ainda aulas sobre, globalização e reestruturação, qualidade de vida e participação social e códigos de linguagem.

É o Planseq (Plano Setorial de Qualificação do Setor Plástico). No próximo Sindiluta mais informações sobre o curso.

Setor Químico: convenção Coletiva

Os trabalhadores associados do Sindicato já estão recebendo o Livro da Convenção Coletiva em casa. Se você é sócio, caso não receba nos próximos dias, entre em contato com um diretor ou na sede central ou ainda, na subsede mais próxima.

Lembre-se que o piso salarial dos trabalhadores dos setores químicos, plásticos, cosméticos, tintas e vernizes, velas e similares é de R$ 637,60, nenhum trabalhador pode receber menos.

A cláusula 73 da Convenção Coletiva estabelece que a PLR deve ser paga em parcela única até 30 de março próximo. Caso a empresa faça opção em pagar em duas parcelas, a primeira deve ser paga até dia 31 de janeiro e a segunda, até final de julho. O valor mínimo da PLR para empresas que não tem programa próprio é de R$ 462,00.

Portanto, fique atento caso os prazos não sejam cumpridos, entre em contato com um diretor do Sindicato.

A Convenção Coletiva por si só não garante seus direitos e conquistas, é preciso que você e seus companheiros fiscalizem o cumprimento de cada uma das cláusulas.

Setor Farmacêutico: início da mobilização

Diretoria do Sindicato organiza, desde já, preparativos da campanha salarial da indústria farmacêutica. Estão previstas atividades como o Encontro da categoria (24 de fevereiro), reuniões diversas com outros sindicatos, também com data-base em 1º de abril, sob coordenção da CNQ-CUT, além da assembléia geral prevista para acontecer no início de março.

Essa etapa de atividades define a pauta de reivindicações que será encaminhada ao Sindicato patronal. E para que o trabalhador tenha uma base da realidade da indústria de medicamento, segundo dados da própria Febrafarma (Federação Brasileira do Setor Farmacêutico) vale registrar seu crescimento de 6,21%, no acumulado de um ano. No mesmo período, em dólar, o aumento das vendas foi de U$ 8,36 bilhões para U$ 9,86 bilhões; ou seja, 17,94% a mais.

São dados preliminares, informações importantes para a formulação da pauta de reivindicações dos trabalhadores e, sobretudo, nos mo-mentos de negociações. Da atual Convenção Coletiva, vale lembrar que o piso da categoria é de R$ 650,00. Sobre a PLR, valor também de R$ 650,00, dia 31 de janeiro vence o prazo de pagamento da segunda parcela, para as empresas que optaram pagar em duas vezes.

Assembléia geral: dia 9/2 para prestação de contas

A diretoria do Sindicato convoca toda a categoria para assembléia de prestação de contas do exercício 2005 e previsão orçamentária para 2007, dia 09/02/07, às 19h, na sede central, rua Tamandaré, 348, Liberdade.

Condução nas subsedes, a partir das 18h.

A assembléia de prestação de contas e previsão orçamentária, mais do que o cumprimento de uma norma estatutária é um dos princípios fundametais dessa diretoria. Afinal de contas, o Sindicato é dos trabalhadores. Os recursos da entidade vêm, principalmente, dos associados; nada mais justo que saberem onde e como são aplicados. Isto se chama transparência.

Ação Judicial: seus direitos, na lei e na luta!

O dito popular ‘a justiça tarda mais não falta’, é a mais pura realidade, depois de anos de batalha judicial o Departamento Jurídico do Sindicato ganha na Justiça ações contra empresas que faliram ou desrespeitaram os direitos dos trabalhadores.

Greves, manifestações e enfrentamentos, marcam a história de organização e luta dos trabalhadores junto com sua entidade de classe diante do flagrante desrespeito aos seus direitos.

Falência
A década de 1990, governo FHC, foi o perído em que o maior número de empresas entraram com pedido de falência. Quando isso acontece quem mais sofre é o trabalhador, pois, é o último a receber seus direitos. Nos casos em que os trabalhadores se organizam em conjunto com o Sindicato e acompanham o processo, eles recebem seus direitos. É uma situação que exige pasciência e perseverança, pois, a Justiça é muito lenta, há casos de mais de 20 anos de tramitação do processo.

Cláusula 3ª
Em 1989, o TRT/SP (Tribunal Regional do Trabalho) concedeu sentença normativa favoravel aos trabalhadores de reajustamento mensal de salário de acordo com a inflação do mês anterior. As empresas que não cumpriram essa determinação do TRT o Departamento Juridico do Sindicato entrou com ação de cumprimento na Justiça do Trabalho.

Insalubridade e periculosidade
O setor químico é insalubre ou periculoso. Trabalhadores estão expostos a riscos iminentes. De acordo com a lei esses trabalhadores têm direito de receber um adicional de insalubridade ou periculosidade, infelizmente muitas empresas não reconhecem a situação e desrespeitam esse direito. Quando os trabalhadores se organizam em conjunto com o Sindicato, o Departamento Jurídico entra com ação coletiva representando os mesmos na Justiça do Trabalho.
Vale lembrar que, uma das principais lutas do Sindicato é para que as empresas acabem com os locais insalubres ou periculosos.

Processos

Veja abaixo algumas empresas que foram processadas e quantos trabalhadores foram representados pelo Sindicato.

Falência
Atma, 400 trabalhadores, processo parcialmente concluído.
Plástico Ramos, 90 trabalhadores, processo já concluído.
Sondaplast, 300 trabalhadores, processo já concuído.

Cláusula 3ª
Oxigênio, 181 trabalhadores, processo em andamento
Akzo, 66 trabalhadores, processo já concuído
Grace, 441 trabalhadores, processo concluído
Farmaervas, 100 trabalhadores, processo em andamento

Periculosidade e Insalubridade
Filtrona, 91 trabalhadores, processo já concluído
Micron, 25 trabalhadores, processo já concluído
Ban Química, processo em andamento

Departamento Jurídico

O Sindicato através do Departamento Jurídico tem hoje tramitando na justiça aproximadamente 3000 ações contra as empresas da  categoria. Destas, cerca de  2300 ações são contra  empresas falidas e sem patrimônio. São ações complicadas e muito difíceis em função de que a maioria das empresas, antes de entrar em processo de falência, têm seu patrimônio liquidado pelos proprietários ou transferido para terceiros, ou seja, deixam a empresa sem nenhum bem que possa ser vendido pela justiça para pagar os direitos dos trabalhadores. Quando isso ocorre, o Departamento Jurídico precisa  correr atrás dos bens dos sócios ou comprovar a existência de fraudes para que os bens possam ser arrecadados para pagamento dos direitos trabalhistas.

Há também 47 ações coletivas nas quais o Sindicato representa os trabalhadores. São ações para cobrar PLR, insalubridade, periculosidade, cumprimento das cláusulas da  Convenção Coletiva de Trabalho ou para exigir depósitos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Nestes casos os trabalhadores organizados junto à sua entidade de classe denunciam as empresas que desrespeitam seus direitos e o Sindicato entra com ação na Justiça representando os trabalhadores.

Editorial: sobre o PAC

O presidente LULA, ao lado de alguns dos seus ministros, apresentou à sociedade seu Plano de Aceleração do Crescimento nacional. Um marco na história recente do País. A agenda de debate, agora, é a preocupação com o desenvolvimento. Vale lembrar que nas últimas duas décadas o centro das discussões ficou limitado ao controle da inflação, pagamento da dívida externa, privatizações, pacotes econômicos. Este governo aponta novos rumos, estabelece desafios e compromissos a todos os brasileiros que querem um Brasil cada vez melhor.

Elogiado por uns, criticado por outros, o PAC traz em si vários pontos positivos, na medida em que propõe investimentos públicos para alavancar a economia. É o Estado cumprindo seu papel de indutor do desenvolvimento, apontando rumos para que o Brasil se coloque na cena mundial como a grande Nação. Ou seja, a lógica do chamado “Estado mínimo” da era tucana, definitivamente, é coisa do passado.

Do ponto de vista dos trabalhadores, a partir de análise da CUT, da qual esta diretoria é signatária, o PAC se apresenta como uma boa iniciativa do governo, mas cabem reparos para que o desenvolvimento econômico se consolide lado a lado com as garantias de valorização do trabalho, tendo a classe trabalhadora como aspecto central da estratégia econômica pretendida.

O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, observa que “o programa não contempla aspectos considerados vitais, como a adoção, por parte do governo, de metas oficiais de geração de emprego e de crescimento econômico”. E mais: sobre a proposta de finaciamento público para desenvolvimento de projetos industriais e obras, o dirigente destaca que tais investimentos devem se concretizar com a obrigatoriedade de manutenção dos empregos e geração de novos postos de trabalho. “Dinheiro público não pode mais ser usado por empresários que não geram contrapartidas sociais”, diz ele.

Diante do PAC a direção da Central se posiciona em defesa de “um modelo de desenvolvimento sustentável, que articule políticas de crescimento econômico e valorização do trabalho com políticas de distribuição de renda, geração de emprego e democratização das relações de trabalho. E compreende que a construção de um Brasil soberano, justo e desenvolvido passa, necessariamente, pelo fortalecimento da democracia e dos movimentos sociais”.

A diretoria colegiada

Carnaval na praia

Se você pretende passar o carnaval no litoral (17 a 20/02), não deixe para última hora, comece a se preparar. Estão abertas as inscrições para a Colônia de Férias, em Caraguá.

Os associados do Sindicato, interessados em curtir o feriado de carnaval  na praia devem fazer a inscrição pelo telefone: 3209 3811, ramal 214. O sorteio será dia 02/02, às 19h, na sede central do Sindicato.

É carnaval: “Com licença, eu vou à luta”

Este é título do samba- enredo da Escola de Samba Tom Maior, que este ano conta no sambódromo paulistano, no Anhembi, a história da classe trabalhadora. “Uma luta universal, por melhores condições de trabalho e segurança; uma eterna busca pelo pão, pela dignidade, pela limitação constante das jornadas de trabalho, pela instrução, pela felicidade, pelo direito à vida, em uma marcha pacífica, porém reprimida com violência e sangue…” diz o enredo da escola que vai homenagear os trabalhadores e a CUT.

Veja abaixo como você poderá participar do desfile na escola de samba Tom Maior. Os sindicatos filiados à CUT terão descontos especiais para seus associados na compra das fantasias.

Os trabalhadores dos sindicatos filiados a CUT poderão desfilar em qualquer uma das alas (com exceção da bateria), desde que comprem as fantasias.

Observação: Existem alas com critérios técnicos de participação. Exemplo:
Alas Coreografadas: Quem quiser participar destas alas terá que participar dos ensaios das coreografias.

As fantasias para os cutistas terão um desconto de 20% (vinte por cento), ou seja, a fantasia tem o custo normal de R$ 250,00, os trabalhadores sindicalizados a sindicatos da CUT pagarão pela mesma R$ 200,00.

Você deve procurar o Sindicato e solicitar uma carta que comprove sua filiação. De posse da carta você deverá comparecer até a sede da Escola de Samba ou na loja de fantasia.

O pagamento poderá ser parcelado em até 4 (quatro) vezes em cheques nos endereços de venda da Escola de Samba.

Para escolher a fantasia entre na página: www.gerstommaior.com.br

O endereço da Escola é: Rua Eugênio de Medeiros, 263 – Pinheiros.

O endereço da Loja de fantasias é: Av. Nove de Julho, 4349 – Jd. Europa.

Mais informações pelo telefone 3031 6680.