Revista do Brasil

Ao lado de outras entidades sindicais, o Sindicato dos químicos  e plásticos de São Paulo e região topou o desafio de produzir uma revista mensal. É uma publicação diferente do que você está acostumado a ver na chamada grande imprensa. A Revista do Brasil se orienta “pelos valores da ética, democracia, solidariedade, participação social e cidadania”, anuncia o editorial da primeira edição.

A primeira edição foi impressa em 36 páginas, toda em quatro cores. São 360 mil exemplares que chegarão à casa dos associados, em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte. O segundo número terá 48 páginas, com tiragem que deverá ultrapassar a casa de meio milhão, uma vez que outras entidades sindicais já aderiram ao projeto. Também faz parte dos planos tornar a Revista semanal, com veiculação nas bancas de jornais em todo o Brasil.

Com este projeto as entidades sindicais querem apresentar aos leitores um novo olhar sobre a política. Tratar os problemas sociais e econômicos do país e do mundo com a responsabilidade e seriedade que caracterizam o movimento sindical cutista. Desta forma, os leitores terão a oportunidade de conhecer melhor os projetos políticos que estão em debate no país, analisá-los e tirar suas conclusões.

Vários sindicatos participam deste projeto e outros vêm manifestando a intenção de fazer parte desta iniciativa. A Revista do Brasil, portanto, veio para se consolidar como efetiva alternativa de comunicação para os trabalhadores e toda a sociedade.  E já nesta primeira edição passa a incomodar os “barões da comunicação”, como o Grupo Folhas, responsável pelos jornais “Folha de S. Paulo” e “Agora SP”.

Trabalhadores da Volks: solidariedade é tudo

A Volkswagen anunciou, no início de maio, que pretende demitir 5.773 trabalhadores das unidades Taubaté, São José dos Pinhais e São Bernardo. Em recente encontro com dirigentes sindicais a empresa reafirmou as demissões programadas e o desejo de fazer, além delas, uma redução de 25% no custo com mão-de-obra, o que vai afetar duramente uma série de direitos conquistados pelos trabalhadores.

Neste momento é que se evidencia a importância das redes de trabalhadores em nível mundial, que reúne sindicatos dos metalúrgicos do Brasil e dos demais países latino-americanos e europeus, especialmente a Alemanha. Importante também a participação dos sindicatos dos demais setores, que fatalmente serão envolvidos no efeito dominó que acontecerá, caso sejam efetivadas as demissões.

Diante da organização e mobilização dos trabalhadores e, sobretudo, da greve realizada dia 31/05, a Volkswagem informou que vai negociar com os sindicatos. Essa é mais uma demonstração de que a organização e união dos trabalhadores junto com sua entidade classe garante abertura de canais de negociação que visam garantir os empregos e os direitos dos trabalhadores.

O Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo e região é solidário ao sindicato dos metalúrgicos do ABC e demais regiões, nesse momento de crise em que os trabalhadores têm ameaçados os seus empregos.