A Procuradoria-Geral da Justiça do Ministério Público de São Paulo vai investigar responsabilidade do ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, nas denúncias sobre contratos de publicidade da Nossa Caixa – que revelaram o esquema de direcionamento de verbas publicitárias do banco para veículos de comunicação ligados deputados da base aliada na Assembléia Legislativa de São Paulo, já côo o mensalinho do PSDB.
A Procuradoria-Geral também iniciou procedimento para investigar as denúncias de que a CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) pagou R$ 60 mil, a título de “patrocínio institucional”, à revista Ch´an Tao, da Associação de Medicina Tradicional Chinesa do Brasil, presidida pelo médico Jou Eel Jia, acupunturista de Alckmin, cuja instituição que coordena tem vários contratos com órgãos e secretarias do governo do Estado.
Na Promotoria de Justiça e Cidadania do Ministério Público de São Paulo também foi aberto procedimento para investigar responsabilidade da ex-primeira-dama do Estado, Lu Alckmin e os 400 vestidos que “ganhou” do estilista Rogério Figueiredo, no valor estimado de R# 3.000,00 a R$ 5.000,00 cada.
A mesma Promotoria investiga uma lista de 14 contratos de informatização da Nossa Caixa, no total de R$ 1,2 bilhão, sendo que alguns deles, com suspeitas de superfaturamento e de direcionamento.
A Promotoria da Justiça e Cidadania abriu procedimentos para investigar denúncias veiculadas na imprensa sobre a aquisição, em duplicidade, pela Nossa Caixa, de 500 fornos a gás por R$ 400 mil para doação ao programa das padarias artesanais que Lu Alckmin criou ao presidir o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo.
A Promotoria está investigando ainda eventuais responsabilidades de outros supostos envolvidos nos casos de publicidade da Nossa Caixa e pagamentos da CTEEP. Ao que parece, começa a remoção do “lixo escondido no tapete” durante esses mais de três anos em que Alckmin e sua base aliada na Assembléia impedem a instauração de CPIs para investigar as várias denúncias feitas há muito tempo.