Não à truculência e manipulação

O momento da economia nacional é favorável para as mobilizações e lutas das campanhas salariais. Há geração de emprego, apesar do ainda grande número de desempregados, a produção industrial alcança níveis excelentes, as exportações batem sucessivos recordes, o mercado interno também vai se expandindo. Enfim, o país vive um inegável processo de crescimento econômico e a classe trabalhadora exige sua parte.

Por outro lado, governos estaduais adotam a lógica da repressão, colocando a polícia para reprimir trabalhadores que se mobilizam em defesa de suas reivindicações. Veja, por exemplo, o vergonhoso papel da Polícia Militar paulista contra os bancários, e a cena de covarde violência da PM gaúcha, que acabou tirando a vida de um sindicalista, o companheiro Jair Antônio da Costa, do Sindicato dos sapateiros de Sapiranga/RS.

Esses governos estaduais trazem para o campo sindical a lógica de sua atuação política. Agem em favor do capital, tentam desmoralizar e desmobilizar a esquerda, seja no campo político partidário, seja no movimento sindical. Querem, através da violência e manipulação dos fatos, transmitir uma falsa idéia de incapacidade da classe trabalhadora na atuação política e na defesa de seus direitos.

Nossa resposta a essa truculência, como sempre, deve ser a luta organizada, nossa união e, principalmente, a disposição de luta. O significado da nossa campanha salarial vai além do esforço de cada um de nós por conquistas salariais e melhores condições de trabalho. Tem a ver com cidadania e dignidade, denúncia e protesto contra governos estaduais como o de Alckmin, em São Paulo, e Germano Righoto, no Rio Grande do Sul.

Vem ai a 2ª Marcha Nacional pelo Salário Mínimo

Redução da Jornada de Trabalho sem redução de salário; por mais e melhores empregos; prioridade social no orçamento; pela valorização do serviço público; democracia e liberdade. Essas são algumas das reivindicações dos trabalhadores na segunda marcha nacional pelo salário mínimo que acontece de 28 a 30 de novembro em Brasília.

A CUT e demais centrais sindicais estão se preparando para levar a Brasília trabalhadores para a grande Marcha à Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes.
A grande reivindicação é que nos debates sobre o orçamento da união para 2006 seja incluído a aumento do salário mínimo, que tradicionalmente passa a valer a partir de 1º de maio.

Com a inflação controlada e a economia em franco crescimento, o momento é favorável para que novamente o salário mínimo tenha aumento real, como neste ano em que foi em torno de 8%. 

Veja aqui como a CUT está se preparando para a 2ª Marcha Nacional do Salário Mínimo.