Químicos da CNQ entregam pauta de reivindicações 2004

No dia 20/09, os sindicatos do ramo químico do Estado de São Paulo, coordenados pela CNQ/CUT, entregaram a pauta de reivindicações da campanha Salarial/2004 aos representantes da CEAG-10 (Comissão de Estudos e Assessoria do Grupo 10, formada por Sindicatos Patronais do Estado de São Paulo da Indústria Química). Participaram da entrega um representante de cada sindicato, da Confederação Nacional do Ramo Químico e o secretário Geral da CUT-SP.

Uma nova reunião ficou marcada para o dia sete de outubro de 2004, às 9 h, na sede do Sindiplast (Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo) para definir o calendário de negociações do setor, que compreende químicos, plásticos, petroquímicos, tintas, farmacêutico, etc., num total de 150 mil trabalhadores.

Sindicalização: Sorteio da campanha

Depois de um ano de intensa campanha de sindicalização (setembro de 2003 a setembro de 2004), nesta sexta (05/11), logo após a Assembléia, haverá o sorteio do prêmio da viagem a Porto Seguro para os trabalhadores sindicalizados que fizeram 25 novos sócios.

Portanto, além das questões do seu interesse nesta campanha salarial, este é mais um bom motivo para você participar da Assembléia; e não esqueça do cupom do sorteio do passeio a Porto Seguro/BA, com direito a acompanhante, estadia e alimentação. Também será sorteado um aparelho de DVD para os sócios presentes na assembléia. Tenha à mão sua carteira de sócio e documento de identificação.

A campanha de sindicalização entra em nova fase, e mais uma vez você que é sócio do Sindicato tem a oportunidade de participar. Além de contribuir para o fortalecimento de sua entidade de classe, poderá ganhar ainda mais prêmios.

Sindicato fica em 3º lugar nos III Jogos Sindicais

Neste ano aumentou a participação dos químicos e plásticos de São Paulo nos 3º Jogos Sindicais que, com garra e espírito esportivo, obtiveram boas colocações no resultado final:

Futsal Masculino
1º lugar, medalha de ouro

Dominó
2º, 4º e 5º lugares

Futebol de Campo
3º lugar

Futsal Feminino
4º lugar

Na soma geral dos pontos o Sindicato ficou em 3º lugar.

Parabéns a todos os atletas que participaram e contribuíram para a conquista do troféu de 3º colocado.

Médico de Família, projeto nosso

Parece incrível, mas é verdade. Há décadas o Partido dos Trabalhadores
desenvolve projetos na área da saúde, como Médico de família, o Genérico entre
outros. Todas essas ações hoje são leis federais que constam na constituição
Brasileira. Foram aprovados graças ao trabalho árduo dos parlamentares petistas
e a atuação teimosa dos movimentos sociais e sindicais que pressionaram os
parlamentares para aprovar as referidas leis e também o Governo Federal da época
para sanciona-las.

Desde 1988 quando foi promulgada a constituição em
todo os país foi implantado o SUS – Sistema Único de Saúde e o Programa Médico
de Família. No eixo São Paulo e Rio de Janeiro os projetos não foram implantados
por conta das pressões das empresas de planos de saúde e hospitais particulares.
Durante os governos Maluf e Pitta a capital viveu o famigerado Plano PAS que
sucateou e arrasou o Sistema de Saúde paulistano.

Quando Marta Suplicy
assumiu a prefeitura de São Paulo a primeira coisa que fez foi implantar o SUS e
o Programa Médico de Família, e desde então mais três milhões de pessoas na
periferia são atendidas em casa por uma equipe de médicos, enfermeiros,
auxiliares e agentes de saúde, e quando necessário são encaminhadas para exames
e outros procedimentos médicos.

Qual não foi nossa surpresa quando, nesta
campanha eleitoral o candidato tucano José Serra desavergonhadamente tem a cara
de pau de mentir no programa eleitoral afirmando que foi ele o responsável pelo
programa médico de família no país. É bom que fique claro que ele, quando
Ministro da Saúde só colocou o plano em funcionamento porque foi pressionado
pelos movimentos sociais e pelos parlamentares do PT para que o fizesse.

Lourival Pereira Batista é diretor do
Sindicato.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da diretoria do
Sindicato.

Lista de Medicamentos

Ácido Acetil Salicílico 100 mg 10 comp. Analgésico R$ 0,35
Ácido Acetil Salicílico 500 mg 10 comp. Analgésico R$ 0,70
Ácido Benzóico, salicílico,iôdo metálico, liq. 80 ml Dermicon Antimicótico R$2,10
Amiodarona 200 mg 20m comp. Antiarritmico R$7,00
Amoxilina 125 mg fr 60 ml Antibiótico R$ 4,00
Amoxilina 250 mg fr 60 ml Antibiótico R$ 5,40
Amoxilina 500 mg 10 comp. Antibiótico R$ 5,70
Amoxilina 250 mg susp Antibiótico R$5,20
Ampicilina 250 mg susp Antibiótico R$4,70
Ampicilina 500 mg 10 comp. Antibacteriano, penicilina R$5,00
Ampicilina 500 mg 6 comp. Antibiótico R$2,80
Benzoato de Anlodipina 5 mg 10 comp. Antihipertensivo R$5,00
Benzoato de Benzila fr 60 ml Pediculose, escabiose R$ 2,50
Biofrutose sol inj. R$2,50
Vitamina complexo B 10 comp. Benormal Vitaminas R$ 0,60
Cafeína, carisoprodol, diclofenacode Tandene Antinflamatóriom, reumatismo R$4,00
sódico, parecentanol 30 comp.
Calamina creme 28 mg dermatoses R$1,50
Carbocisteína 20 mg xarope pediátrico Carbofan Mucolítico R$2,00
Carbocisteína 50 mg xarope Mucolítico R$3,00
Captopril 12,5 mg 30 mg. Capton Anti-hipertensivo R$ 4,50
Captopril 25 mg 16 comp. Capton Anti-hipertensivo R$ 3,60
Captopril 50 mg 16 comp. Capton Anti-hipertensivo R$ 5,20
Cefalexina 250 mg fr 60 ml Antibacteriano R$ 7,50
Cefalexina 500 mg 8 comp. Antibacteriano R$ 7,00
Cetoconazol creme 30 mg Antifúngico R$2,50
Cinarizina 25 mg 30 comp. R$3,00
Cinarizina 75 mg 30 comp. R$5,00
Cimetidina 200 mg 10 comp. Antiúlcera R$ 1,20
Cimetidina 200 mg 20 comp. Ulcitrat Antiúlcera R$2,50
Ciprofloxacina 500 mg 14 comp. Antibiótico R$12,50
Cloreto de potássio 100 ml Clotássio Reposição de potássio R$2,00
Cloreto de Sódio 15 ml Nova Rino-S Descongestionante nasal R$1,50
Cloridrato de ambroxol -pediatrico fr120ml Mucoclean Expectorante R$ 3,00
Complexo B 30 drágeas Vitamina R$1,70
Complexo B gotas Vitamina R$1,50
Creme Derme 20g R$3,50
Dexametazona creme 15 mg Corticóide tópico R$2,00
Dexclorfeniramina 2 mg 10 comp. Antialérgico R$ 0,50
Dexclorfeniramina xarope fr 100 ml Antialérgico R$ 3,00
Diclofenaco Sódico 50 mg 20 comp. Antinflamatório R$ 3,50
Diclofenaco Sódico 75 mg 20 comp. Voltaflan Antinflamatório R$4,00
Dicloridrato de Cetizina susp 6comp. Aletir Renite,antialérgico R$3,00
Dimeticona 20 comp. Gastroflat Antiácido R$2,00
Diopropionato de Betametasona, Dermosalic Dermatite, carticóde
Ácido Salicílico loção Antinflamatório R$3,00
Dipirona 500 mg 10 comp. Analgésico e antitérmico R$ 0,90
Dipirona 500 mg/ml gotas Analgésico e antitérmico R$ 1,20
Enalapril 10 mg 30 comp. Anti-hipertensivo R$ 4,70
Enalapril 20 mg 30 comp. Anti-hipertensivo R$ 4,50
Expectil 100 ml Expectorante, tosse gripe R$2,00
Furosemida 20 comp Diurético R$1,50
Ginko biloba 40 mg Ginbiloba Energético natural R$6,00
Glibenclamida 5 mg 10 comp. Gliben Antidiabético R$ 0,80
Lovastatina 20mg 30 comp. Redutor de colesterol R$18,00
Hidrocloratiazida 50 mg 20 comp. Diurético R$1,50
Hidroxido de Alumínio + Hidroxido Maalox Plus Antiácido R$ 8,00
Magnésio + Dicometicona fr 240 ml
Hypericum 20 comp. Hipersac Anti depressivo natural R$5,00
Ibuprofeno 600 mg 20 comp. Analgésico R$4,00
 

Fábrica de Certificados

As universidades públicas brasileiras estão cada vez piores. O projeto neoliberal implementado pelo PSDB, do Serra, há 10 anos no governo do Estado de São Paulo destruiu o sistema educacional. As universidades são quase todas privadas. Agora este governinho lança mais uma ofensiva contra a FATEC-SP (Faculdade de Tecnologia), considerada a melhor faculdade de tecnologia do Brasil.

Qual novidade? O PSDB, do Serra, inventou uma forma de gestão que visa  produzir diplomas em grande escala para usar em seu projeto eleitoreiro.

A FATEC não será mais uma Faculdade de nível superior e graduação, será um Centro Tecnológico Regional formado por uma ETE e uma FATEC. Para que isso possa acontecer o CEETEPS será descentralizado e a FATEC desvinculada da UNESP. Acaba assim com o vestibular e o ensino superior acadêmico e de graduação das FATECs. Isso é a chamada verticalização do ensino.

Os Centros serão dirigidos por  uma administração direta da região – prefeituras, iniciativa privada e diretores indicados por Marcos Monteiro, Superintendente do Centro Paula Souza! Tendo como modelo para os cursos o que é aplicado na FATEC-Ourinhos: cursos modulares seqüenciais: 400 alunos entram e apenas 150 saem com diploma, que não é reconhecido como de graduação, e 250 saem com certificados de conclusão de módulos, sem valor acadêmico. Os Centros Regionais não são previstos em lei, não há nenhuma regulamentação proferida pelo MEC.

Hoje 90% dos alunos das FATECs são trabalhadores que encontram na instituição o único caminho para formação de nível superior e graduação, e o PSDB, do Serra, quer destruir.

Nós, alunos e professores, continuaremos na luta para garantir o direito à universidade pública, de qualidade e gratuita para todos.

Hélio R. Andrade é diretor do Sindicato,  aluno da FATEC e diretor do Centro Acadêmico 23 de Abril.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da diretoria do Sindicato.

O genérico é nosso

A discussão sobre os medicamentos genéricos começou em 1993 na Câmara
Setorial da Indústria Farmacêutica, impulsionada por este Sindicato, que
realizou um seminário internacional para discutir a questão. Ainda promovemos
com outras entidades de classe, como o sindicato dos médicos, manifestações e
abaixo assinados para que o projeto fosse aprovado no Congresso nacional.

A partir da Câmara Setorial foi criado um Fórum por uma Política Nacional de
Medicamentos, e posteriormente com a bancada federal do PT formalizamos um
projeto de Lei que foi aprovado e sancionado criando assim a Lei dos Genéricos.
A questão central era garantir a toda população o acesso a medicamentos por um
preço justo.

Foram anos de lutas, idas e vindas a Brasília, reuniões, debates com
empresários do setor farmacêutico e representantes do governo. Foi uma dura
queda de braços, principalmente contra os empresários que não queriam sequer
fazer a discussão. Ao final conquistamos a aprovação da lei no Congresso
Nacional e exigimos a sanção do presidente da república.

Os empresários, por anos seguidos entraram na justiça contra a lei dos
genéricos e tentaram por todas as formas não cumprí-la. Nós conseguimos na
Justiça garantir que a lei fosse cumprida. E os genéricos hoje garantem a toda
população acesso a remédios a um preço muito abaixo dos outros medicamentos.

Depois de anos de luta e sacrifícios os trabalhadores conquistaram o
genérico. Agora vem o José Serra, que foi Ministro da Saúde, dizer que é o pai
do Genérico. Ora, como fazem os políticos oportunistas e descarados, Serra nega
a histórica luta dos setores organizados da sociedade que conquistam benefícios
à população.

Lourival Pereira Batista é diretor do
Sindicato.

Este texto não reflete, necessariamente, a
opinião da diretoria do Sindicato.

Respeito e Soberania

Um certo Larry Rohter, jornalista do Jornal New York Times escreveu que o povo brasileiro estaria preocupado com o presidente LULA, que estaria bebendo acima do normal. Todos vimos a forte repercussão que deu a mentira veiculada.

Além do fato em si, há muito mais do que podemos imaginar neste episódio. Por exemplo: vale lembrar que pela primeira vez um líder latino americano (LULA) é colocado entre as 100 personalidades de maior influência no mundo. E isto incomoda muita gente.

Em pouco mais de um ano de governo, LULA tem colocado em prática uma política de relações internacionais totalmente oposta à submissão do período FHC. Diferente do anterior, este governo tem voz ativa, debate em condições de igualdade com o governo norte-americano questões como a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), questiona as imposições dos países do chamado primeiro mundo nas relações econômicas entre as nações e, principalmente, tomou a iniciativa de organizar os 20 países em desenvolvimento (Índia, China, África do Sul, Argentina, Venezuela e Egito, entre outros) para debater em condições de igualdade nos fóruns da OMC (Organização Mundial do Comércio), órgão ligado à ONU que trata sobre temas comerciais entre países.

São alguns dos exemplos que talvez explique o por quê um jornalista, sem critério profissional e sem qualquer base em fatos, sair com uma informação falsa, mentirosa, cujo objetivo é tentar desqualificar uma das mais proeminentes lideranças mundiais que surgiu do meio da classe trabalhadora brasileira.

A diretoria colegiada

São Paulo no lugar que merece

No começo do mês de maio, em Paris na França, o movimento municipalista
mundial fundou  a organização: Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU). São
mais de 100 mil cidades de 130 países filiados. A união aproxima os centros
urbanos do mundo inteiro e coloca no centro das discussões os problemas das
grandes metrópoles mundiais.

A nova entidade se propõe a ser a voz única das cidades e vai impulsionar a
luta das metrópoles por mais representação nos organismos internacionais, como a
ONU, por exemplo.

Mais da metade da população mundial vive nas cidades. O fenômeno da
urbanização é uma tendência mundial. Os problemas como transportes, educação,
saúde são muito grandes e as condições para resolvê-los nem sempre são
satisfatórias. Nenhuma cidade consegue resolver sozinha, daí a necessidade de
serem tratados sob uma nova perspectiva. Igualmente as decisões e a destinação
dos recursos.

Para liderar a entidade nestes primeiros anos foi eleita a prefeita de São
Paulo, Marta Suplicy. Para a cidade de São Paulo sua eleição significa o
reconhecimento dos esforços que são feitos para colocar a cidade no cenário
internacional, o que nunca foi feito antes.

A cidade irá sediar a 11ª Conferência das Nações Unidas para o Comércio e
Desenvolvimento, e pelo 3º ano consecutivo será realizada a feira e o Congresso
das Cidades. Esses eventos aliados à presidência da CGLU assumida pela prefeita
vai atrair investimentos para a cidade e para os programas sociais, que chamam a
atenção do mundo pela sua eficácia e dimensão.

Nossa prefeita, Marta Suplicy, colocou São Paulo no centro das atenções em
nível mundial. Pela administração e firmeza na busca de soluções para os graves
problemas que enfrenta nossa cidade.

Edson Passoni e Renato Zulatto são
diretores do Sindicato.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da diretoria do
Sindicato.

Duas décadas de democracia

Em meados da década de 1970 os movimentos sindical e popular desafiam a ditadura militar instalada no Brasil em abril de 1964, e retomam as mobilizações e lutas pelos seus direitos. Estudantes, trabalhadores, donas de casa, amplos setores sociais se organizam pela conquista das suas reivindicações.

Era, na prática, o início do fim da ditadura militar, que em 1984 vive seus últimos momentos com a grande mobilização nacional por eleições diretas para presidente. Até então, generais do Exército ocupavam a presidência da República.

Na verdade, este movimento começou em novembro de 1983 com a primeira manifestação por eleições diretas, organizada pelo Partido dos Trabalhadores ao lado de entidades diversas, como a CUT, CNBB…

Em janeiro de 1984 o movimento toma dimensão bem maior, com a chegada de outros partidos e personalidades como Ulisses Guimarães, Franco Montoro, Teotônio Vilela, Osmar Santos, Chico Buarque de Holanda e LULA, hoje presidente da República, que se consagrou como uma das principais lideranças naquele momento.

Duas décadas depois consagramos e consolidamos a democracia em nosso país, pelo menos do ponto de vista formal. Falta, agora, a democracia social e econômica. Por isso mesmo a nossa luta continua pela ampliação dos espaços democráticos.

Ao longo desses anos tivemos importantes vitórias, mas a nossa luta pela cidadania plena, com direito ao voto e garantias de uma vida digna para todos continua atual. É o nosso desafio, sempre!

A diretoria colegiada