Químicos da CNQ entregam pauta de reivindicações 2004

No dia 20/09, os sindicatos do ramo químico do Estado de São Paulo, coordenados pela CNQ/CUT, entregaram a pauta de reivindicações da campanha Salarial/2004 aos representantes da CEAG-10 (Comissão de Estudos e Assessoria do Grupo 10, formada por Sindicatos Patronais do Estado de São Paulo da Indústria Química). Participaram da entrega um representante de cada sindicato, da Confederação Nacional do Ramo Químico e o secretário Geral da CUT-SP.

Uma nova reunião ficou marcada para o dia sete de outubro de 2004, às 9 h, na sede do Sindiplast (Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo) para definir o calendário de negociações do setor, que compreende químicos, plásticos, petroquímicos, tintas, farmacêutico, etc., num total de 150 mil trabalhadores.

Agora, queremos aumento real

O fato mais divulgado e comemorado hoje no Brasil é a retomada do crescimento. A produção industrial registrou crescimento no 1º semestre e nesta 2ª metade do ano a tendência é crescer ainda mais. O IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), registrou crescimento industrial na ordem de 7,2% nos primeiros seis meses do ano. Em São Paulo o crescimento foi de 10,5%. As indústrias químicas e plásticas registraram crescimento e aumento da produtividade.

Na campanha salarial deste ano é mais do que justo que os trabalhadores, diretamente responsáveis pela garantia da produção e do lucro das empresas, reivindiquem sua parte com aumento real de salário e redução da jornada de trabalho sem redução de salário para gerar novos empregos, entre outras reivindicações. O momento é agora. Já as indústrias têm aumento da produção e, em conseqüência, faturam cada vez mais. Portanto, esta é a hora de garantir melhores salários e condições de trabalho, a fim de melhorar qualidade de vida do trabalhador e sua família.

Assembléia

No ano em que completa uma década de unificação, os químicos e plásticos de São Paulo iniciam as mobilizações da Campanha Salarial 2004

Dia 17 de setembro, sexta-feira – 19 horas
Local: Sede Central do Sindicato – R. Tamandaré, 348 – Liberdade
Haverá condução das Subsedes – saída às 18h

Sindicato fica em 3º lugar nos III Jogos Sindicais

Neste ano aumentou a participação dos químicos e plásticos de São Paulo nos 3º Jogos Sindicais que, com garra e espírito esportivo, obtiveram boas colocações no resultado final:

Futsal Masculino
1º lugar, medalha de ouro

Dominó
2º, 4º e 5º lugares

Futebol de Campo
3º lugar

Futsal Feminino
4º lugar

Na soma geral dos pontos o Sindicato ficou em 3º lugar.

Parabéns a todos os atletas que participaram e contribuíram para a conquista do troféu de 3º colocado.

Lista de Medicamentos

Ácido Acetil Salicílico 100 mg 10 comp. Analgésico R$ 0,35
Ácido Acetil Salicílico 500 mg 10 comp. Analgésico R$ 0,70
Ácido Benzóico, salicílico,iôdo metálico, liq. 80 ml Dermicon Antimicótico R$2,10
Amiodarona 200 mg 20m comp. Antiarritmico R$7,00
Amoxilina 125 mg fr 60 ml Antibiótico R$ 4,00
Amoxilina 250 mg fr 60 ml Antibiótico R$ 5,40
Amoxilina 500 mg 10 comp. Antibiótico R$ 5,70
Amoxilina 250 mg susp Antibiótico R$5,20
Ampicilina 250 mg susp Antibiótico R$4,70
Ampicilina 500 mg 10 comp. Antibacteriano, penicilina R$5,00
Ampicilina 500 mg 6 comp. Antibiótico R$2,80
Benzoato de Anlodipina 5 mg 10 comp. Antihipertensivo R$5,00
Benzoato de Benzila fr 60 ml Pediculose, escabiose R$ 2,50
Biofrutose sol inj. R$2,50
Vitamina complexo B 10 comp. Benormal Vitaminas R$ 0,60
Cafeína, carisoprodol, diclofenacode Tandene Antinflamatóriom, reumatismo R$4,00
sódico, parecentanol 30 comp.
Calamina creme 28 mg dermatoses R$1,50
Carbocisteína 20 mg xarope pediátrico Carbofan Mucolítico R$2,00
Carbocisteína 50 mg xarope Mucolítico R$3,00
Captopril 12,5 mg 30 mg. Capton Anti-hipertensivo R$ 4,50
Captopril 25 mg 16 comp. Capton Anti-hipertensivo R$ 3,60
Captopril 50 mg 16 comp. Capton Anti-hipertensivo R$ 5,20
Cefalexina 250 mg fr 60 ml Antibacteriano R$ 7,50
Cefalexina 500 mg 8 comp. Antibacteriano R$ 7,00
Cetoconazol creme 30 mg Antifúngico R$2,50
Cinarizina 25 mg 30 comp. R$3,00
Cinarizina 75 mg 30 comp. R$5,00
Cimetidina 200 mg 10 comp. Antiúlcera R$ 1,20
Cimetidina 200 mg 20 comp. Ulcitrat Antiúlcera R$2,50
Ciprofloxacina 500 mg 14 comp. Antibiótico R$12,50
Cloreto de potássio 100 ml Clotássio Reposição de potássio R$2,00
Cloreto de Sódio 15 ml Nova Rino-S Descongestionante nasal R$1,50
Cloridrato de ambroxol -pediatrico fr120ml Mucoclean Expectorante R$ 3,00
Complexo B 30 drágeas Vitamina R$1,70
Complexo B gotas Vitamina R$1,50
Creme Derme 20g R$3,50
Dexametazona creme 15 mg Corticóide tópico R$2,00
Dexclorfeniramina 2 mg 10 comp. Antialérgico R$ 0,50
Dexclorfeniramina xarope fr 100 ml Antialérgico R$ 3,00
Diclofenaco Sódico 50 mg 20 comp. Antinflamatório R$ 3,50
Diclofenaco Sódico 75 mg 20 comp. Voltaflan Antinflamatório R$4,00
Dicloridrato de Cetizina susp 6comp. Aletir Renite,antialérgico R$3,00
Dimeticona 20 comp. Gastroflat Antiácido R$2,00
Diopropionato de Betametasona, Dermosalic Dermatite, carticóde
Ácido Salicílico loção Antinflamatório R$3,00
Dipirona 500 mg 10 comp. Analgésico e antitérmico R$ 0,90
Dipirona 500 mg/ml gotas Analgésico e antitérmico R$ 1,20
Enalapril 10 mg 30 comp. Anti-hipertensivo R$ 4,70
Enalapril 20 mg 30 comp. Anti-hipertensivo R$ 4,50
Expectil 100 ml Expectorante, tosse gripe R$2,00
Furosemida 20 comp Diurético R$1,50
Ginko biloba 40 mg Ginbiloba Energético natural R$6,00
Glibenclamida 5 mg 10 comp. Gliben Antidiabético R$ 0,80
Lovastatina 20mg 30 comp. Redutor de colesterol R$18,00
Hidrocloratiazida 50 mg 20 comp. Diurético R$1,50
Hidroxido de Alumínio + Hidroxido Maalox Plus Antiácido R$ 8,00
Magnésio + Dicometicona fr 240 ml
Hypericum 20 comp. Hipersac Anti depressivo natural R$5,00
Ibuprofeno 600 mg 20 comp. Analgésico R$4,00
 

Respeito e Soberania

Um certo Larry Rohter, jornalista do Jornal New York Times escreveu que o povo brasileiro estaria preocupado com o presidente LULA, que estaria bebendo acima do normal. Todos vimos a forte repercussão que deu a mentira veiculada.

Além do fato em si, há muito mais do que podemos imaginar neste episódio. Por exemplo: vale lembrar que pela primeira vez um líder latino americano (LULA) é colocado entre as 100 personalidades de maior influência no mundo. E isto incomoda muita gente.

Em pouco mais de um ano de governo, LULA tem colocado em prática uma política de relações internacionais totalmente oposta à submissão do período FHC. Diferente do anterior, este governo tem voz ativa, debate em condições de igualdade com o governo norte-americano questões como a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), questiona as imposições dos países do chamado primeiro mundo nas relações econômicas entre as nações e, principalmente, tomou a iniciativa de organizar os 20 países em desenvolvimento (Índia, China, África do Sul, Argentina, Venezuela e Egito, entre outros) para debater em condições de igualdade nos fóruns da OMC (Organização Mundial do Comércio), órgão ligado à ONU que trata sobre temas comerciais entre países.

São alguns dos exemplos que talvez explique o por quê um jornalista, sem critério profissional e sem qualquer base em fatos, sair com uma informação falsa, mentirosa, cujo objetivo é tentar desqualificar uma das mais proeminentes lideranças mundiais que surgiu do meio da classe trabalhadora brasileira.

A diretoria colegiada

São Paulo no lugar que merece

No começo do mês de maio, em Paris na França, o movimento municipalista
mundial fundou  a organização: Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU). São
mais de 100 mil cidades de 130 países filiados. A união aproxima os centros
urbanos do mundo inteiro e coloca no centro das discussões os problemas das
grandes metrópoles mundiais.

A nova entidade se propõe a ser a voz única das cidades e vai impulsionar a
luta das metrópoles por mais representação nos organismos internacionais, como a
ONU, por exemplo.

Mais da metade da população mundial vive nas cidades. O fenômeno da
urbanização é uma tendência mundial. Os problemas como transportes, educação,
saúde são muito grandes e as condições para resolvê-los nem sempre são
satisfatórias. Nenhuma cidade consegue resolver sozinha, daí a necessidade de
serem tratados sob uma nova perspectiva. Igualmente as decisões e a destinação
dos recursos.

Para liderar a entidade nestes primeiros anos foi eleita a prefeita de São
Paulo, Marta Suplicy. Para a cidade de São Paulo sua eleição significa o
reconhecimento dos esforços que são feitos para colocar a cidade no cenário
internacional, o que nunca foi feito antes.

A cidade irá sediar a 11ª Conferência das Nações Unidas para o Comércio e
Desenvolvimento, e pelo 3º ano consecutivo será realizada a feira e o Congresso
das Cidades. Esses eventos aliados à presidência da CGLU assumida pela prefeita
vai atrair investimentos para a cidade e para os programas sociais, que chamam a
atenção do mundo pela sua eficácia e dimensão.

Nossa prefeita, Marta Suplicy, colocou São Paulo no centro das atenções em
nível mundial. Pela administração e firmeza na busca de soluções para os graves
problemas que enfrenta nossa cidade.

Edson Passoni e Renato Zulatto são
diretores do Sindicato.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da diretoria do
Sindicato.

Na luta por nossa água

A falta de água que ronda nossas torneiras é uma de minhas principais preocupações como Vereador de São Paulo.

Apesar de nosso país ter 16% de toda a água do mundo, a degradação ambiental e a gestão irresponsável dos recursos hídricos ameaçam tanto a disponibilidade quanto a qualidade de nossa água.

Como Presidente da CPI da Sabesp – que investiga os serviços de água e esgoto prestados na capital – desde o ano passado, acompanho dia a dia a escassez de água em São Paulo, principalmente o quadro crítico em que se encontram diversas represas que abastecem a cidade.

A convite de ambientalistas de Piracaia, cidade a 100 km da capital, já estive diversas vezes no local, vendo de perto a situação dramática das represas do Sistema Cantareira, maior produtor de água do Estado, que abastece inclusive a capital e que já tem uma de suas represas praticamente seca e as outras com os níveis bem abaixo do normal.

Para reverter esse quadro de calamidade, meu mandato trabalha em várias frentes:

– realizamos em 22/03, o Seminário sobre Gestão de Recursos Hídricos: Água e a cidade: o desafio de Preservar; 
– estamos distribuindo os 10 mandamentos para economizar água, com o objetivo de conscientizar a população sobre o uso racional da água;
– propomos à Câmara Municipal a criação da Comissão Extraordinária Permanente de Saneamento Básico e a criação da Ouvidoria Municipal de Defesa da Água, ambas destinadas a fiscalizar e acompanhar os serviços de água e esgoto na capital.
– Disponibilizamos à escolas, comunidades e sindicatos uma reportagem em vídeo que mostra a realidade do Sistema Cantareira para debates.

Estamos fazendo nossa parte com firmeza e consciência, para garantir à população esse bem essencial à vida, que é a água.

Francisco Chagas é cientista social, diretor licenciado do sindicato e vereador do PT na capital

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da diretoria do Sindicato.

Ética pública e elogio da serenidade

O escândalo que a imprensa promove em torno de um funcionário do segundo escalão do governo federal é compreensível: era um funcionário com tarefas do governo no Poder Legislativo; era funcionário de um governo que tem, no seu centro hegemônico, um partido que busca se caracterizar como modelar do ponto de vista da ética pública; na oposição, esse partido sempre foi rigoroso com as condutas ilícitas.

O que aconteceu com o ministro José Dirceu pode acontecer a qualquer um de nós: ter alguém ao nosso lado, que comete violações éticas graves, traindo a nossa confiança. O ministro Dirceu sairá isentado desse processo porque pode ter cometido erros ao longo da sua vida, mas é um homem honesto, comprometido com a verdade e com a dignidade da função pública.

O acontecimento é desgastante para o nosso governo, mas isso é plenamente reversível, a partir de medidas concretas que estamos tomando – investigações e sindicâncias doa a quem doer, como disse o presidente Lula.

Professar alguma ideologia, defender os interesses concretos e históricos dos oprimidos por si só não dá superioridade ético-política a ninguém. O que dá superioridade ético-política a um partido no poder é ter mecanismos internos de repressão e punição a esse tipo de prática. É saber processar as experiências negativas visando a reformulação permanente da cultura partidária de governo, que o poder estimula a se tornar conservadora.

Não tem nenhuma sustentação a idéia de que esse acontecimento acaba com as ilusões a respeito do PT.

O PT sairá dessa crise forte, coeso, realista sobre si mesmo, mais comprometido com a ética na política do que antes. Vejamos se a arrogância de boa parte dos nossos acusadores, que até ontem governavam, cede lugar também à serenidade em defesa do Brasil.

Tarso Genro é ministro da Educação.
(o texto na íntegra está na página do PT –
www.pt.org.br)

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da diretoria do Sindicato.

Dissídio 2004/2005: Empresas mantém a intransigência

O Sindusfarma, sindicato patronal do setor farmacêutico, insiste em manter sua postura retrógrada e intransigente sobre a definição do dissídio dos funcionários da indústria de medicamentos.

Não houve acordo na tentativa de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, em 13 de janeiro último, com representantes dos trabalhadores, através de suas entidades sindicais e CNQ-CUT de um lado, e a entidade dos empresários de outro. Os patrões insistem em não conceder o aumento real conquistado nos demais setores produtivos e até mesmo já negociado em vários laboratórios.

Indústria farmacêutica em alta

Pesquisamos e comprovamos: os números referentes ao setor farmacêutico sobre faturamento, investimento e taxas de lucros não deixam dúvidas acerca da condição que a indústria de medicamentos tem de conceder aumento real nos salários; aliás, várias delas já estão concedendo através de negociações diretas

As evidências estão nos jornais, com matérias sobre a indústria de medicamentos. Em 2004 a retomada do crescimento econômico do país possibilitou ao setor farmacêutico grandes investimentos, faturamento como não acontecia há vários anos e, conseqüentemente, altas taxas de lucros.

Em 2003, revela a Revista Exame Maiores e Melhores, empresas como Farmasa, Novartis, Roche e Schering, despontam entre as 15 dos setores farmacêutico, de higiene e cosmético, com grande lucratividade, recordistas de vendas e belos ajustes em seu patrimônio liquido.

Veja o valor da riqueza gerada por empregado para estas empresas:

Farmasa: 126.300 dólares, cerca de 350 mil reais
Novartis: 82.700 dólares, cerca de 232 mil reais
Lab. Roche: 42.500 dólares, cerca de 117 mil reais
Schering: 72.000 dólares, cerca de 200 mil reais

Entre as 15 maiores, a Merck, que não revelou o valor da riqueza gerada por empregado, obteve um lucro liquido, em 2003, de quase quatro milhões de dólares, ou seja, algo em torno de 11 milhões de reais. O Laboratório Cristália também está no destaque, com 50 milhões de dólares de lucro e riqueza gerada, por empregado, acima de 55.000 dólares, em 2003.

A indústria farmacêutica, no Brasil, não tem do que reclamar. Cresceu de forma significativa o volume de vendas de medicamentos, o faturamento do setor deverá crescer 15,7%, atingindo quase 20 bilhões de reais e o governo LULA colocou este setor produtivo como uma das suas prioridades de investimentos, ou seja, conta com o apoio do BNDES para financiamentos na produção.

Esse panorama geral, noticiado pelos meios de comunicação impressa, comprova que não tem por que os patrões do setor farmacêutico não conceder o aumento real de 2,0% já conquistado pelos demais setores produtivos e negociado de forma direta com várias empresas de medicamentos.