O problema número 1?

O senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), elegeu o desemprego como principal
bandeira política do neoliberalismo. Afirmou que o crescimento galopante do
desemprego é a principal causa do fracasso do PT.

Gostaria de elogiar a iniciativa . E lamentar o fato de ela ter vindo tão
tarde. Afinal, o PFL poderia ter se preocupado tanto com o desemprego entre 1995
e 2002, período em que governou o país junto com o PSDB. Naquele tempo, porém,
não me lembro de ter visto o senador Bornhausen tocar no assunto. Talvez porque,
ao assumir, a coalizão liberal-tucana tenha encontrado a taxa de desemprego com
índice de 4,6%. O desemprego não era problema . Veio a ser nos anos seguintes,
sob Fernando Henrique.

Em 1994, o problema era a inflação. Os economistas do governo do PFL
indexaram a economia a um índice atrelado à taxa de câmbio. Em janeiro de 1995,
quando PFL e PSDB assumiram o governo, a taxa de juros estava em 49% anuais.
Naquele tempo, o governo do PFL e do PSDB já sabia que os crescentes gastos com
juros trariam problemas. E o que fez? Nada. Gastou o que tinha e o que não
tinha, inclusive para aprovar a emenda da reeleição. PFL e PSDB, em acintosa
irresponsabilidade fiscal. O governo FHC sufocou o investimento e o potencial de
crescimento do país. Eis a gênese do desemprego brasileiro.

O governo Lula está consciente dos problemas da economia e os está
enfrentando com serenidade. Assim, conseguirá implantar políticas capazes de
distribuir a renda e reequilibrar o país. Quando ocorrer – e já está ocorrendo
-, o Brasil voltará a gerar oportunidades para todos.

Bem-vindo, companheiro, ao time dos que classificam o desemprego como chaga
na sociedade moderna e justa que se pretende para o Brasil.

Professor Luizinho é deputado federal pelo PT-SP, líder
do governo na Câmara dos Deputados. O artigo foi publicado na íntegra na p. 3 da
Folha de São Paulo, 03/05/04.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da diretoria do
Sindicato.

Trabalhar menos para que todos possam trabalhar

Economistas conservadores, que têm a mentalidade voltada para a produção e seu valor monetário, em geral são contrários à redução da jornada de trabalho sem redução nos salários. Uma parcela do empresariado, é claro, concorda com isso.

Dizem que é alto o custo da mão-de-obra no Brasil; mas não dizem que este é um dos países com as mais altas taxas de lucro do mundo. É por conta desse raciocínio mesquinho dos patrões que a jornada de trabalho por aqui é das mais longas do mundo.

Partir para a luta pela redução da jornada de trabalho sem redução nos salários, adotar medidas efetivas de controle e até eliminação de horas-extras. Essas são medidas capazes de gerar milhares de novos empregos.

Vamos à luta, companheiros, nosso propósito deve ser este: trabalhar menos para que todos possam trabalhar.

A diretoria colegiada

Na luta por nossa água

A falta de água que ronda nossas torneiras é uma de minhas principais preocupações como Vereador de São Paulo.

Apesar de nosso país ter 16% de toda a água do mundo, a degradação ambiental e a gestão irresponsável dos recursos hídricos ameaçam tanto a disponibilidade quanto a qualidade de nossa água.

Como Presidente da CPI da Sabesp – que investiga os serviços de água e esgoto prestados na capital – desde o ano passado, acompanho dia a dia a escassez de água em São Paulo, principalmente o quadro crítico em que se encontram diversas represas que abastecem a cidade.

A convite de ambientalistas de Piracaia, cidade a 100 km da capital, já estive diversas vezes no local, vendo de perto a situação dramática das represas do Sistema Cantareira, maior produtor de água do Estado, que abastece inclusive a capital e que já tem uma de suas represas praticamente seca e as outras com os níveis bem abaixo do normal.

Para reverter esse quadro de calamidade, meu mandato trabalha em várias frentes:

– realizamos em 22/03, o Seminário sobre Gestão de Recursos Hídricos: Água e a cidade: o desafio de Preservar; 
– estamos distribuindo os 10 mandamentos para economizar água, com o objetivo de conscientizar a população sobre o uso racional da água;
– propomos à Câmara Municipal a criação da Comissão Extraordinária Permanente de Saneamento Básico e a criação da Ouvidoria Municipal de Defesa da Água, ambas destinadas a fiscalizar e acompanhar os serviços de água e esgoto na capital.
– Disponibilizamos à escolas, comunidades e sindicatos uma reportagem em vídeo que mostra a realidade do Sistema Cantareira para debates.

Estamos fazendo nossa parte com firmeza e consciência, para garantir à população esse bem essencial à vida, que é a água.

Francisco Chagas é cientista social, diretor licenciado do sindicato e vereador do PT na capital

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da diretoria do Sindicato.

Ética pública e elogio da serenidade

O escândalo que a imprensa promove em torno de um funcionário do segundo escalão do governo federal é compreensível: era um funcionário com tarefas do governo no Poder Legislativo; era funcionário de um governo que tem, no seu centro hegemônico, um partido que busca se caracterizar como modelar do ponto de vista da ética pública; na oposição, esse partido sempre foi rigoroso com as condutas ilícitas.

O que aconteceu com o ministro José Dirceu pode acontecer a qualquer um de nós: ter alguém ao nosso lado, que comete violações éticas graves, traindo a nossa confiança. O ministro Dirceu sairá isentado desse processo porque pode ter cometido erros ao longo da sua vida, mas é um homem honesto, comprometido com a verdade e com a dignidade da função pública.

O acontecimento é desgastante para o nosso governo, mas isso é plenamente reversível, a partir de medidas concretas que estamos tomando – investigações e sindicâncias doa a quem doer, como disse o presidente Lula.

Professar alguma ideologia, defender os interesses concretos e históricos dos oprimidos por si só não dá superioridade ético-política a ninguém. O que dá superioridade ético-política a um partido no poder é ter mecanismos internos de repressão e punição a esse tipo de prática. É saber processar as experiências negativas visando a reformulação permanente da cultura partidária de governo, que o poder estimula a se tornar conservadora.

Não tem nenhuma sustentação a idéia de que esse acontecimento acaba com as ilusões a respeito do PT.

O PT sairá dessa crise forte, coeso, realista sobre si mesmo, mais comprometido com a ética na política do que antes. Vejamos se a arrogância de boa parte dos nossos acusadores, que até ontem governavam, cede lugar também à serenidade em defesa do Brasil.

Tarso Genro é ministro da Educação.
(o texto na íntegra está na página do PT –
www.pt.org.br)

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da diretoria do Sindicato.

Dissídio 2004/2005: Empresas mantém a intransigência

O Sindusfarma, sindicato patronal do setor farmacêutico, insiste em manter sua postura retrógrada e intransigente sobre a definição do dissídio dos funcionários da indústria de medicamentos.

Não houve acordo na tentativa de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, em 13 de janeiro último, com representantes dos trabalhadores, através de suas entidades sindicais e CNQ-CUT de um lado, e a entidade dos empresários de outro. Os patrões insistem em não conceder o aumento real conquistado nos demais setores produtivos e até mesmo já negociado em vários laboratórios.

Indústria farmacêutica em alta

Pesquisamos e comprovamos: os números referentes ao setor farmacêutico sobre faturamento, investimento e taxas de lucros não deixam dúvidas acerca da condição que a indústria de medicamentos tem de conceder aumento real nos salários; aliás, várias delas já estão concedendo através de negociações diretas

As evidências estão nos jornais, com matérias sobre a indústria de medicamentos. Em 2004 a retomada do crescimento econômico do país possibilitou ao setor farmacêutico grandes investimentos, faturamento como não acontecia há vários anos e, conseqüentemente, altas taxas de lucros.

Em 2003, revela a Revista Exame Maiores e Melhores, empresas como Farmasa, Novartis, Roche e Schering, despontam entre as 15 dos setores farmacêutico, de higiene e cosmético, com grande lucratividade, recordistas de vendas e belos ajustes em seu patrimônio liquido.

Veja o valor da riqueza gerada por empregado para estas empresas:

Farmasa: 126.300 dólares, cerca de 350 mil reais
Novartis: 82.700 dólares, cerca de 232 mil reais
Lab. Roche: 42.500 dólares, cerca de 117 mil reais
Schering: 72.000 dólares, cerca de 200 mil reais

Entre as 15 maiores, a Merck, que não revelou o valor da riqueza gerada por empregado, obteve um lucro liquido, em 2003, de quase quatro milhões de dólares, ou seja, algo em torno de 11 milhões de reais. O Laboratório Cristália também está no destaque, com 50 milhões de dólares de lucro e riqueza gerada, por empregado, acima de 55.000 dólares, em 2003.

A indústria farmacêutica, no Brasil, não tem do que reclamar. Cresceu de forma significativa o volume de vendas de medicamentos, o faturamento do setor deverá crescer 15,7%, atingindo quase 20 bilhões de reais e o governo LULA colocou este setor produtivo como uma das suas prioridades de investimentos, ou seja, conta com o apoio do BNDES para financiamentos na produção.

Esse panorama geral, noticiado pelos meios de comunicação impressa, comprova que não tem por que os patrões do setor farmacêutico não conceder o aumento real de 2,0% já conquistado pelos demais setores produtivos e negociado de forma direta com várias empresas de medicamentos.

Cada vez mais acordos feitos por empresas

A não assinatura da Convenção Coletiva pelo Sindusfarma gera um impasse, já que está mais do que provado que o setor farmêutico tem plenas condições de atender a reivindicação de aumento real nos salários.

A opção do Sindicato foi fazer negociação por empresa. Até o momento várias empresas já negociaram reajustes iguais ou superiores a 8%, que contempla a reposição da inflação mais o aumento real previsto na convenção coletiva váliada para o cojunto da categoria.

Os acordos têm sido possíveis graças à mobilização e organização da categoria, ao lado da diretoria do nosso Sindicato.

Veja ao lado algumas das empresas que assinaram acordos que garantem, além do reajuste, aumento real e garantia dos direitos já consagrados na Convenção Coletiva.

Méd Lab: 8,0%
Eurofarma: 8,5%
A Natureza: 8,0%
Ariston: 8,0 %
Baldarassi: 8,0%
Bayer: até 13,0%

Educação e cultura: Prestação de serviços

O Sindicato, além das preocupações cotidianas na defesa dos seus direitos e pela ampliação de suas conquistas, viabiliza convênios com instituições de ensino superior a fim de proporcionar aos sócios e familiares descontos nos valores de matrícula e mensalidades.

O Sindicato também fez convênio com a empresa Cheque Teatro, que dá direito a descontos em cinemas, teatros e parques temáticos.

Veja em convênios

Mais informações
(11) 3209-3811, ramais 213 ou 237.

TV CUT no ar

Finalmente um programa de TV inteligente, ágil, dinâmico e convidativo ao debate e reflexão sobre os mais variados temas que dizem respeito à realidade brasileira.

Assim é o TV-CUT, no ar há quase um ano, que se caracteriza pela abordagem diferente, séria e sem manipulações com que trata as informações que leva até você.

10 Anos de Unificação: trajetória de lutas e conquistas

1994

– Logo após a unificação aconteceu o Seminário Internacional do Setor Farmacêutico. Este seminário deu origem ao projeto de Lei sobre os Genéricos e também às Farmácias Solidárias, projeto de lei municipal, aprovado no início de 2004 na capital.

1996 – Em junho de 1996 conquista a Convenção Coletiva sobre a Prevenção de Acidentes em Máquinas Injetoras de Plástico.

1997 – Segunda eleição para renovação da diretoria dos químicos e plásticos de São Paulo unificados consolida este sindicato como o maior do ramo químico do Brasil

1998 – Diretoria do Sindicato não assina a Convenção Coletiva que retira direitos e conquistas dos trabalhadores.

1999 – Em março o Sindicato participa junto com todos os sindicatos cutistas da grande manifestação contra o desemprego na avenida Paulista.

Em agosto o Sindicato participa da marcha dos 100 mil a Brasília, contra o Governo FHC, o desemprego, o FMI e a Dívida Externa.