Assédio Moral em Debate

Nos dias 14 e 15/05, na sede central do Sindicato, cerca de 400 pessoas de várias partes do país participaram dos debates em torno da questão que é discutida pelos profissionais da saúde do trabalhador, o assédio moral (foto). O debate já chegou nos parlamentos. Na Câmara Municipal de São Paulo, projeto de vereador do PT que protege o funcionário público foi aprovado e sancionado pela Prefeita Marta Supliy. A Assembléia Legislativa aprovou a lei, mas o governador Geraldo Alckmim vetou. No Congresso Nacional vários projetos tramitam nas comissões e em breve devem ser votados. Acompanhe.

Emprego e Renda: CUT reivindica debate nacional

Os mesmos que sempre apoiaram a política de arrocho salarial e de desemprego de governos passados, agora questionam o presidente LULA por  reajustar o salário mínimo em apenas R$ 20,00 e pela falta de emprego no país. Coerente com sua luta histórica, a CUT reivindica debate nacional sobre o salário mínimo, de tal forma que seu valor atenda ao que está previsto na Constituição brasileira (hoje deveria estar por volta de R$ 1.400,00), propõe medidas de geração de emprego e renda  e exige a correção da tabela do Imposto de Renda. O governo LULA pode e deve apresentar iniciativas nesse sentido!

Assédio Moral: Repressão psicológica no local de trabalho

O Sindiluta conversou com Carlos Augusto Lopes da Silva, 37 anos, casado, supervisor de expedição vitima de assédio moral numa indústria plástica, em São Paulo. Ele conta as conseqüências para sua saúde física e emocional e onde encontrou apoio.

Sindiluta: Como você sentiu o assédio moral no seu trabalho?
Augusto: Trabalho numa empresa familiar. No início foi tudo bem, o patrão queria que eu organizasse o setor de expedição. Os chefes dos outros setores não gostavam de mim, especialmente o chefe do departamento pessoal da empresa e sua secretária e me perseguiam, faziam tudo para me desmoralizar. As pressões ficaram piores quando o patrão começou a me cobrar pelos erros dos outros setores e sempre falava aos gritos e com ofensas. Tudo isso vai aos poucos desestruturando a gente. O patrão começou a pressionar para que eu controlasse toda produção, produto por produto, e ainda me fazia de 3 a 4 pedidos ao mesmo tempo e queria que desse conta de tudo. Em seguida me mudaram de função, de chefe de expedição me passaram para estoquista, tinha que trabalhar em pé o dia todo e por último me mandaram limpar os produtos quebrados que estavam jogados num galpão abandonado. Minha situação ficou tão crítica que eu tinha vergonha de entrar na empresa junto com os outros funcionários. Só em ouvir os berros do patrão eu estremecia

Sind: Quais conseqüências no seu cotidiano, para sua saúde?
Augusto: Entrei em depressão, tive síndrome do pânico e um forte distúrbio gastro intestinal, erisipela, vitiligo e psoríase que são geradas por um forte desgaste emocional. Em casa não tinha animo para nada, tive problemas no relacionamento com minha mulher. Não saia, tinha medo de tudo. Na empresa o patrão me vigiava no refeitório e até no banheiro. Havia momentos em que eu não tinha sequer forças para levantar a cabeça.

Sind: Como reagiram seus colegas de trabalho?
Augusto: Os que eram controlados pelos chefes viviam fazendo chacotas de mim, os colegas da minha equipe de trabalho também foram perseguidos e sofreram as mesmas pressões que eu. Outras pessoas que se aproximavam ou citavam meu nome eram logo advertidas e também perseguidas. É preciso deixar claro que todos os funcionários da empresa que não entram no esquema da empresa são perseguidos, humilhados pelos chefes e patrões. Duas companheiras que também estão afastadas da empresa participam comigo do grupo de assédio moral aqui no Sindicato, a Cleonice e a Elizabeth, sofreram as mesmas perseguições e humilhações a ponto de terem problemas sérios de saúde.

Sind: Onde encontrou ajuda e solidariedade?
Augusto: Foi no Sindicato que descobri que o que aconteceu comigo foi assédio moral. Ao ler no Sindiluta sobre o assunto, resolvi procurar ajuda. Conversei com um diretor do Sindicato, que me encaminhou para a médica do trabalho, Dra. Margarida Barreto e a partir daí denunciamos na Delegacia do Trabalho, no Ministério Público, no INSS. Entrei para o grupo de assédio moral coordenado pela Dra. Margarida.

Sind: O que as pessoas que sofrem assédio moral devem fazer?
Augusto: Na empresa que eu trabalho, quanto em muitas outras, essa é uma situação de extrema gravidade que precisa ser denunciada, mas as pessoas têm medo de represálias. Quem sofre essa violência que é o assédio moral não pode ficar calado. É preciso denunciar e o caminho é o Sindicato. Toda ajuda que precisei encontrei no Sindicato, que é nossa arma contra a violência praticada pelos patrões contra nós, trabalhadores.

Seminário Nacional
Saúde Mental, Trabalho e Assédio Moral

14 e 15 de maio

Local: Sede Central do Sindicato Rua Tamandaré, 348 – Liberdade
Dia 14 às 17h
Dia 15 às 8h

Informações: 3209-3811 r. 216

Debate nacional: Brasil exige medidas por emprego e renda

É fato  que a definição do salário mínimo em apenas R$ 260,00 foi motivo de decepção.  Todos esperavam um valor maior, próximo dos  R$ 300,00, o que acabou não acontecendo.  LULA, em seu programa de rádio, café com o presidente, afirma que  “seria irreponsável dar um aumento maior neste momento”.

Justificativas à parte, o momento exige a apresentação de uma política de médio e longo prazos para a recuperação do salário mínimo, como reivindica a CUT. O presidente da Central, Luiz Marinho, afirma que ” é demagogia reduzir o debate a um valor qualquer agora; o fundamental estabelecer um compromisso, envolvendo toda a sociedade, pela recomposição do salário mínimo, tal como prevê a Constituição brasileira”. Segundo cálculo do DIEESE seu valor, hoje, deveria estar por volta de R$ 1.400,00 para o sustento de uma família com quatro pessoas

A Central, com apoio dos sindicatos filiados, encaminhou proposta  nesse sentido ao governo LULA e reivindica que sejam abertas negociações e entendimentos rumo a um salário mínimo decente, por medidas imediatas de geração de emprego e renda e correção imediata na tabela do imposto de renda.

Homenagem: Uma vida de lutas

Uma vida dedicada à luta. Perseverança de quem acredita que a vida pode ser melhor. A trajetória do lider sindical Edilson de Paula Oliveira começou em 1985 ao liderar uma greve na Interplastic. Foi diretor do sindicato dos plásticos, atuou na unificação dos químicos e plásticos e foi um dos fundadores da CNQ/CUT. Atualmente preside a CUT/estadual. Edilson recebeu o título de cidadão paulistano no dia 27/04, na Câmara Municipal de São Paulo, por iniciativa do vereador petista Francisco Chagas.

Esporte: III Jogos Sindicais

Chega ao final a competição que já é sucesso em toda a cidade e movimenta os atletas do movimento sindical.

O encerramento dos 3º Jogos Sindicais será dia 16/05 a partir das 8h30 no Centro olimpico do Ibirapuera.

Os jogos promovidos pela Secretaria de Esportes da Prefeitura de São Paulo é sucesso pelo terceiro ano consecutivo.

No dia 16 serão as finais dos jogos coletivos e haverá a entrega dos troféus aos sindicatos que mais pontuaram nas diversas modalidades esportivas.

O Sindicato participou dos 3º Jogos Sindicais nas seguintes modalidades: dominó, truco, xadrez, atletimo, futsal (masculino e feminino) futebol de campo. A equipe Sindquim-2 está na final do Futsal, representado pelos atletas do Laboratório Sanval contra a equipe Sindpd-3.

Lélia Abramo: Toda uma vida dedicada à luta por justiça social

À Companheira de todas as horas Lélia Abramo, atriz, escritora, militante política e sindical. O Sindicato lamenta seu falecimento no dia 11/04.

Revolucionária, nunca deixou de alertar governos e sociedade sobre a importância da cultura como tema central das políticas públicas.

Aprendemos de Lélia a persistência, a coragem e a certeza de que é na democracia, na justiça social e na cultura que se constrói um país mais saudável.

Obrigado por sua vida!

Organização começa pelas sedes

Reajuste salarial, aumento real de salários, redução da jornada de trabalho sem redução de salários, ampliação das conquistas e direitos trabalhistas fazem parte das primeiras discussões sobre a campanha Salarial 2004.

Os trabalhadores da categoria estão convocados pela diretoria do Sindicato a participar das plenárias para dar os primeiros passos da Campanha Salarial 2004, que são apresentar questões para a pauta de reivindicações que será encaminhada para o sindicato patronal.

Coordenada pela CNQ/CUT a Campanha Salarial deste ano acontece num cenário no qual todos os indicadores econômicos apontam para o crescimento da produção industrial, e nas empresas do ramo químico não é diferente.

Plenárias Regionais
Sexta – 30/07 – 19h

Veja abaixo onde acontecerão as  reuniões:

Sede Central: Rua Tamandaré, 348 – Liberdade
Subsede Lapa: R. Domingos Rodrigues,  420
Subsede Santo Amaro: R. Ada  Negri, 127

Após as reuniões acontecerão atividades culturais

Mobilização Nacional: Por mais empregos e melhores salários

Mais de cinco mil trabalhadores participaram dia 16 de julho da manifestação do Dia Nacional de Mobilizações e Lutas por mudanças na política econômica, na avenida Paulista. A reivindicação dos trabalhadores é de que sejam agilizadas as mudanças na política econômica a fim de garantir que o crescimento na produção industrial verificado no primeiro semestre seja permanente, fortalecendo assim a geração de emprego e renda.

Para o presidente da CUT estadual, Edílson de Paula, o governo federal está no caminho correto, mas precisa apresentar mais eficácia em alguns pontos como superávit primário e a dívida externa, por exemplo que precisam ser rediscutidos a fim de que permitam o investimento em políticas sociais.

Na ocasião os dirigentes sindicais foram até a sede da Fiesp entregar um pauta de reivindicações aos empresários. A comissão contou com a participação dos presidentes nacional e estadual da CUT Luiz Marinho e Edílson de Paula e o coordenador nacional da CNQ, Donizete da Silva. As reivindicações são, entre outras, reposição das perdas salariais, aumento real de salários, direito à OLT (Organização por Local de Trabalho), o fim do banco de horas, o fim das horas extras e mudanças nas datas bases dos setores do ramo químico para setembro.

Coordenação toma posse para o triênio 2004/2007

Coordenação Nacional da CNQ/CUT  toma posse dia oito de julho último, em São Paulo. Seis diretores do Sindicato fazem parte da direção nacional do ramo químico para o triênio 2004-2007, são eles: Antenor Eiji Nakamura (Kazú), Secretário de relações internacionais; Lucineide Dantas Varjão (Lu), Secretária de Gênero; Rítalo Alves Lins, Secretário para o Setorial Farmacêutico e Cosméticos; e Adir Gomes Teixeira, Rosana Souza de Deus e Nilson Mendes da Silva como suplentes.

A nova coordenação eleita cumprirá um extenso plano de lutas que dentre outras ações: as campanhas salariais unificadas, acompanhará o processo da reforma trabalhista e sindical em discussão no Congresso Nacional, o fortalecimento das organizações sindicais a partir da Organização por Local de Trabalho, a questão da mulher trabalhadora e ainda as relações internacionais com sindicatos do ramo químico em outros países, sobretudo América Latina e Europa.