Assembleia decisiva do setor farmacêutico será dia 28

Após algumas conversas com os empresários do setor farmacêutico, o Sindicato quer discutir com os trabalhadores os rumos desta campanha salarial.

A assembleia será virtual, no próximo domingo, 28 de março, às 10 horas. Para participar é preciso se cadastrar antecipadamente neste link.

As principais reivindicações do setor são ganho real de 3%, reajuste de 10% no piso salarial e PLR equivalente a dois pisos salariais.

Setor cresce na crise

O setor farmacêutico é um dos únicos setores da economia que continua crescendo em plena crise. A indústria farmacêutica registrou crescimento de 12,13% em 2020 (R$ 126 bilhões). Em 2019 o crescimento registrado foi de 9,25%.

O aumento de vendas em unidades foi de 8,33% (R$4,7 bilhões). O dobro do que o registrado em 2019 (4,66%). A capacidade instalada da indústria segue estável em 76,8%. Foram gerados mais 1.337 postos de trabalho no estado de São Paulo.

Os dados são do Dieese e mostram que a indústria farmacêutica não foi afetada pela pandemia. “Mesmo com o dólar nas alturas e a dependência de insumos importados, o setor continua crescendo e melhorou sua performance durante a pandemia”, afirma Deusdete José das Virgens, diretor do Sindicato e coordenador de Finanças da Fetquim.

CUT divulga nota em defesa da vida e do auxílio de R$ 600

Na quinta-feira (18), dia em que morreram 2.659 brasileiros e brasileiras por complicações causadas pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) editou a Medida Provisória (MP) nº 1.039/2021, que determina uma nova fase do auxílio emergencial reduzindo o valor pago no ano passado, de R$ 600, para apenas R$ 250 e o número de trabalhadores e trabalhadoras desempregados e informais com direitos ao benefício.

O governo também reduziu o valor recebido pelas mulheres chefes de família de R$ 1.200 para R$ 375 e as cotas individuais de R$ 600 para R$ 150,00. E, mesmo com valores absolutamente insuficientes para uma pessoa sobreviver, Bolsonaro reduziu o número de cotas por família de 2 para apenas 1 cota, ou seja, apenas R$ 250 por família. Como se não bastasse, incluiu critérios de renda, para reduzir o público que terá acesso ao benefício que será de apenas quatro parcelas.

De forma cruel, o governo Bolsonaro condena as classes populares a viverem na miséria e a passarem fome no momento em que o país enfrenta a segunda onda da pandemia, com média diária acima de 2.000 mortos.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro mantém sua postura negacionista, provocando aglomerações e sabotando as medidas de isolamento social decretadas por governadores e prefeitos que tentam reduzir as altas taxas de contaminações e mortes. Nos hospitais faltam leitos de enfermarias e de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), medicamentos, oxigênio e insumos para tratar os pacientes. O colapso do sistema de saúde se espalhou pelo país e a classe trabalhadora é a mais atingida.

Para a CUT, é urgente um efetivo lockdown que amplie o isolamento social para pôr fim a esta tragédia e acabar com o sofrimento e as mortes promovidas por esse genocídio contra o povo brasileiro.

A direção Executiva Nacional da Central, considera que o auxílio emergencial, dentre outras medidas, é fundamental para assegurar condições básicas de sobrevivência de milhões de trabalhadores e trabalhadoras desempregados e informais para que eles possam ficar em casa.

E razões para isso não faltam. Somada à tragédia provocada pela pandemia, o desemprego bate recordes históricos e hoje atinge 13,9 milhões de pessoas. Grande parte de quem ainda trabalha, enfrenta a informalidade e trabalhos precários.

A inflação também disparou. Em um ano, os alimentos aumentaram 15,17%. Os produtos mais consumidos pelas famílias de trabalhadoras e trabalhadores chegaram a aumentar mais de 23% em 12 meses.

Esse é o resultado da política econômica desastrosa do governo. Bolsonaro que causou a maior queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 30 anos, aumentou a forme, a pobreza e o desemprego.

Recursos para investir na proteção da população existem!

O movimento sindical apresentou diversas propostas de como financiar políticas de proteção à renda dos trabalhadores e trabalhadoras, ao emprego e à vida. Mas o governo Bolsonaro prefere deixar os trabalhadores e trabalhadoras passando fome para agradar o mercado financeiro e para manter formas de drenar os recursos públicos para o setor privado, com as reformas neoliberais e as privatizações.

A CUT reafirma sua posição pela manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 sem critérios que excluam todos e todas que precisam de proteção nesse momento.

A CUT convoca todos os Sindicatos filiados para mobilizarem os trabalhadores e trabalhadoras, formais e informais, contra a ação destruidora do governo Bolsonaro.

Neste sentido, a CUT orienta todos os Sindicatos filiados a ampliar a organização e mobilização para o lockdown dos trabalhadores do dia 24 de março! Nesse dia, todos os trabalhadores e trabalhadoras devem ficar em casa em protesto contra o abandono promovido pelo governo e demonstrar a preocupação com o avanço da pandemia.

Fora Bolsonaro!

Auxílio emergencial de R$600!

Vacina para todos já!

Executiva Nacional da CUT

Padilha apresenta PL para acabar com carência de contribuições ao INSS durante pandemia

Sensível à denúncia apresentada pela FETQUIM sobre os 6,1 milhões de brasileiros que perderam a proteção social por não conseguirem manter o período de carência exigido pelo INSS, o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) apresentou nesta semana projeto de lei 941/21 que resolve o problema.

O projeto apresentado por Padilha pede a suspensão do período de carência do auxílio saúde junto ao INSS enquanto durar a pandemia de Covid. “Exigir carência para o acesso ao auxílio doença por parte dos trabalhadores é agravar ainda mais o já trágico quadro social para milhões de famílias brasileiras”, afirma o deputado.

De acordo com levantamento realizado pelo pesquisador de Saúde da UNB e consultor da FETQUIM, Remígio Todeschini, existem 6,1 milhões de brasileiros excluídos do INSS por não conseguirem cumprir com a carência de 12 contribuições seguidas para obter benefícios, como auxílio doença e auxílio maternidade, entre outros. Relembre aqui.

O projeto segue para avaliação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a fim de dar urgência ou não em sua tramitação.

Indústrias químicas e farmacêuticas não podem parar

Por se tratar de serviço essencial, principalmente neste momento devido a pandemia de coronavírus,  a indústria farmacêutica e química não vão acatar os  feriados antecipados pela prefeitura.

O setor farmacêutico formalizou um acordo junto ao Sindicato dos Químicos e os empresários da indústria química elaboraram uma circular. Os documentos orientam as empresas a manterem a jornada normal na próxima semana, uma vez a que a produção não pode parar.

Portanto, independentemente da resolução da prefeitura, os trabalhadores dos setores farmacêutico e químico  devem acatar as informações da empresa onde trabalham.

Sobre os feriados

A prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (18) a antecipação de cinco feriados a partir da próxima sexta-feira (26), com o objetivo de diminuir a circulação de pessoas nas ruas e tentar diminuir o contágio por covid-19.

Dois feriados são deste ano e outros três, de 2022. Os feriados de São Paulo serão antecipados para os dias: 26, 29, 30 e 31 de março, além de 1° de abril. Com a emenda do feriado de Páscoa (4 de abril), os paulistanos terão dez dias de feriado.

Veja abaixo o acordo do setor farmacêutico e a circular do setor químico:

Acordo-Coletivo Feriados – Farmacêuticos

Circular Feriados – Químicos

 

Brasil é governado por um genocida, afirma Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta sexta-feira (19), em entrevista ao jornal francês Le Monde, que o Brasil é governado atualmente por um “presidente genocida”. Ele destacou o discurso negacionista empregado por Jair Bolsonaro desde o início da pandemia, combatendo o uso de máscaras e o isolamento social, e apostando em medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19. Além disso, Lula também comparou a pandemia a uma “Terceira Guerra Mundial” e pediu união dos líderes internacionais no combate à doença.

“Comecei na política nos anos 1970 e nunca vi meu povo sofrer como hoje. Pessoas morrendo nos portões dos hospitais, a fome voltou. E, diante disso, temos um presidente que prefere comprar armas de fogo ao invés de livros e vacinas. O Brasil é chefiado por um presidente genocida. É realmente muito triste”, afirmou o ex-presidente.

Lula afirmou que um presidente que “tivesse a noção do que significa governar” teria criado um comitê de crise para o enfrentamento da pandemia. No entanto, Bolsonaro preferiu comprar milhões de doses de cloroquina.

“O que nosso governo fez? A primeira coisa que disse foi que não acreditava na doença. Bolsonaro disse que era uma ‘gripezinha’ e que, sendo militar, não pegaria. Ele inventou a história da cloroquina. Ele comprou milhões de doses de Donald Trump”, criticou.

Lula disse, ademais, que Bolsonaro é “ignorante”. “Hoje, ele continua a dizer que usar máscara é um sinal de covardia. Bolsonaro é tão ignorante! Ele acredita que, ao se recusar a admitir a gravidade da pandemia, a economia vai se recuperar novamente. A única cura é vacinar o povo brasileiro”, afirmou disse o ex-presidente.

Apelo internacional

Lula ressaltou que, desde o início da pandemia, os líderes mundiais não se reuniram para discutir o enfrentamento da doença. Para ele, a prioridade é discutir a liberação de vacinas para todo o mundo. “Apelo ao presidente Emmanuel Macron: chame o G20. Ligue para Joe Biden, Xi Jinping, Vladimir Putin e o resto. Estamos em guerra, é a Terceira Guerra Mundial e o inimigo é muito perigoso! A vacina não deveria ser um produto de mercado como é hoje, mas se tornar um bem comum da humanidade”. Ele já havia feito esta mesma exortação, direcionada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em entrevista à CNN norte-americana.

Eleições

Sobre a continuidade dos processos da Lava Jato, que tiveram suas condenações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente afirmou que está “muito confiante” e “tranquilo”. Além disso, apontou que o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol “são culpados” e “sabem” que ele é inocente. “Eu dizia isso na prisão: a verdade vai vencer e está vencendo.”

Por outro lado, mesmo diante dessa decisão que restituiu seus direitos políticos, Lula disse que é difícil dar uma resposta simples sobre se será candidato contra Bolsonaro nas eleições de 2022. “Sinceramente, não sei! Eu tenho 75 anos. Em 2022, na época das eleições, terei 77. Se eu ainda estiver em grande forma, e for estabelecido um consenso entre os partidos progressistas deste país para que eu seja candidato, bem, não verei nenhum problema para estar. Mas já fui candidato, já fui presidente e cumpri dois mandatos. Também posso apoiar alguém em boa posição para vencer. O mais importante é não deixar Jair Bolsonaro governar mais este país.”

CUT chama lockdown dia 24 de março 

A CUT e as demais centrais sindicais estão chamando um lockdown na próxima quarta-feira (24). A proposta é que os trabalhadores não saiam de casa e não trabalhem.  Será um Dia Nacional de Luta, em Defesa da Vida, da Vacina, do Emprego, do Auxílio Emergencial de R$ 600

Já são mais de três meses sem auxílio emergencial; o caos na saúde pública avança com hospitais sem leito de enfermaria, nem de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e até sem medicamentos básicos para dor; faltam vacinas anti-Covid-19 e as taxas de desemprego continuam subindo.

Para a CUT, o agravamento da pandemia é devido à irresponsabilidade do governo federal, que não investiu em vacinas,  testagem em massa, num plano de imunização e em políticas de distanciamento social para redução do contágio, dentre outras importantes ações.

A direção da Central ressalta que a falta das políticas sanitárias e econômicas obriga a classe trabalhadora a ir para as ruas em busca de dinheiro para sobreviver e, com isso, se aglomera nos locais de trabalho, no transporte coletivo, nas estações de trem e metrô e nos terminais e pontos de ônibus, ficando expostas à contaminação e morte.

 

 

Doria ignora pedidos de lockdown

O sistema de saúde da cidade de São Paulo e de todo o Estado estão completamente saturados, com 91% das unidades de terapia intensiva (UTI) ocupadas e recordes diários de mortes, mesmo assim, o governador João Doria ignorou os pedidos para a decretação de lockdown feitos por prefeitos de 19 cidades da Grande São Paulo.

O vice-governador paulista, Rodrigo Garcia, disse que a atual fase emergencial da quarentena é “equivalente a um lockdown” e é preciso aguardar o encerramento do período para analisar os resultados. No entanto, desde o dia 6 de março, quando teve início a fase vermelha em todo o estado, não houve nenhuma melhora na situação.

Ontem (18), o prefeito de Santo André, Paulinho Serra (PSDB), presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, anunciou o pedido por um lockdown na Grande São Paulo. Segundo ele, também participaram da decisão os prefeitos das 12 cidades do consórcio Alto Tietê. Eles querem a suspensão total das atividades por sete dias, inclusive com a interrupção dos transportes metropolitanos. A ocupação de UTI no ABC está em 89,7% e no Alto Tietê, em 92,2%.

Doria diz que faltou bom senso, sobre feriados

O governador João Doria criticou o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, por não dialogar com o governo e com outros prefeitos sobre a decisão de antecipar os feriados.  Doria declarou que faltou “bom senso”.  O temor é que o feriado prolongado anunciado cause aglomerações no litoral. Em resposta, o prefeito Bruno Covas afirmou que “o senso que falta é o de urgência”.

Para desestimular a ida de paulistanos ao litoral, o governo do estado vai suspender a Operação Descida e diminuir o número de faixas reservadas para automóveis nas rodovias Imigrantes e Anchieta.

São Paulo terá dez dias de feriado para conter o vírus

A prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (18) a antecipação de cinco feriados a partir da próxima sexta-feira (26), com o objetivo de diminuir a circulação de pessoas nas ruas e tentar diminuir o contágio por covid-19.

Dois feriados são deste ano e outros três, de 2022. Os feriados de São Paulo serão antecipados para os dias: 26, 29, 30 e 31 de março, além de 1° de abril. Com a emenda do feriado de Páscoa (4 de abril), os paulistanos terão dez dias de feriado.

Os feriados antecipados são Corpus Christi (3 de junho 2021/22), Consciência Negra (20 de novembro 2021/22) e o aniversário da cidade (25 de janeiro de 2022).

O prefeito Bruno Covas tomou essa decisão após a capital registrar a primeira morte de um paciente com covid-19, na fila de espera por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

País perdeu em investimentos 40 vezes o valor recuperado pela Lava Jato

O estrago econômico e social provocado pela Operação Lava Jato de Curitiba, comandada pelo ex-juiz Sérgio Moro, foi intencional e teve como objetivo possibilitar a implementação de um projeto que beneficia os interesses estrangeiros sobre o petróleo brasileiro, avaliou o presidente da CUT, Sérgio Nobre, durante a apresentação oficial, na tarde desta terça-feira (16), do estudo realizado pelo Dieese, a pedido da Central, que mostra os impactos negativos da operação na economia brasileira.

A Petrobras, assim como grandes outras empresas, foi o principal alvo da operação, ressaltou Sérgio. “Desde o início dessa operação, nós já dizíamos que empresas não cometem crimes, pessoas sim. E são elas que têm que ser investigadas e punidas. Não as empresas”, disse o presidente da CUT.

Os dados mostram que a operação, propagandeada com uma das maiores de todos os tempos no combate a corrupção, na verdade, foi responsável pelo caos econômico e social que o país vive.

Intitulado de “Implicações econômicas intersetoriais da operação Lava Jato”, o estudo mostra que Brasil perdeu R$ 172,2 bilhões de reais em investimento no período de 2014 a 2017.

O montante que o país perdeu em investimentos é 40 vezes maior do que os recursos que os procuradores da força-tarefa da lavo jato do Paraná anunciaram ter recuperado e devolvido aos cofres públicos, ressaltou o dirigente.

No total, a Lava Jato contribuiu para exterminar cerca de 4,4 milhões de postos de trabalhos.

O presidente da CUT reafirmou que não há ninguém mais interessado no combate à corrupção, aos desvios de verbas públicas, do que a classe trabalhadora, segmento que mais se beneficia de recursos públicos quando bem utilizados, mas a atuação da república de Curitiba não estava interessada nisso.

A maneira como as denúncias eram feitas visava a desmoralização e a destruição da imagem de empresas, inclusive paralisando atividades, resultando em perda de postos de trabalho, disse. “Foi uma exposição sem precedentes para a marca e para a credibilidade dessas empresas. Ninguém negocia com empresas expostas na mídia como corruptas, irregulares”, disse Sérgio Nobre.

Este foi o método, disse ele, utilizado contra a Petrobras, uma das petrolíferas mais importantes do mundo e um importante instrumento de desenvolvimento do país. O objetivo era claro, queriam destruir a empresa para depois privatiza-la.

Paralelamente, empresas do ramo de engenharia que vinham ganhando destaque no setor de construção civil e até conquistando mercado internacional, como Odebrechet, Camargo Correia e outras, também viraram alvos de investigação e igualmente sofreram as consequências da Lava Jato.

A Lava Jato foi também um instrumento de perseguição política que possibilitou ao projeto radical de direita chegar ao poder, destruindo o Brasil.

Veja a matéria completa no site da CUT