Químicos apoiam iniciativa em defesa da produtividade do setor

O Sindicato participou de audiência pública para o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico em São Paulo, realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no dia 18 de setembro.

O objetivo dessa Frente Parlamentar é unir forças para tornar a indústria química mais competitiva no estado, promovendo o diálogo entre poder público, empresas privadas, entidades do setor e movimento sindical.

Além do coordenador-geral do Sindicato, Osvaldo Bezerra, compuseram a mesa da audiência o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart; o presidente executivo da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), Fernando Figueiredo; o prefeito de Santo André, Carlos Alberto Grana; o prefeito de Mauá, Donizete Pereira Braga; o presidente da Frente Parlamentar da Química em São Paulo, deputado estadual Luiz Turco; e o presidente da Frente Parlamentar da Química no âmbito nacional, deputado federal Paulo Pimenta, além de um representante da Secretaria de Energia de São Paulo e outros deputados que participam da iniciativa.

Os presentes destacaram a importância do estabelecimento de um contrato de longo prazo entre Braskem e Petrobras, que garanta o fornecimento de nafta com preço competitivo para a indústria petroquímica brasileira, visto que a negociação se arrasta desde o fim do ano passado e o acordo em vigor, que já é um aditivo, expira no dia 30 de setembro.

Com relação ao estado de São Paulo, Osvaldo Bezerra criticou a omissão do governador Geraldo Alckmin, que vem assistindo passivamente a transferência das indústrias de São Paulo para outros estados. Em seguida cobrou do governo estadual mais planejamento e investimento para superar os gargalos na infraestrutura produtiva, no sistema de geração e distribuição de energia e, principalmente, no abastecimento de água. 

Cai o número de paulistanos que utilizam carro diariamente

A 9ª Pesquisa sobre Mobilidade Urbana foi lançada pelo Ibope nesta terça (22), em comemoração ao Dia Mundial Sem Carro. Encomendada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), aponta que o número de motoristas que utilizam o carro todos os dias caiu de 56%, em 2014, para 45% neste ano.

 
Para essas pessoas, o tempo médio de locomoção diária é de 2h48. 80% afirmam que deixariam de usar o carro caso houvesse alternativa melhor. Os usuários de transporte público avaliam em 5,1 a nota do serviço. O levantamento apontou também que cresceu o número de pessoas favoráveis às bicicletas. 44% afirmaram que utilizariam esse meio de transporte caso houvesse mais segurança, e 13% se houvesse mais ciclovias.
 
Maurício Broinizi, coordenador da Secretaria Executiva da Rede Nossa São Paulo acredita que mais paulistanos deixarão os carros em casa.  “O que está dando para perceber é que, talvez, o tempo de deslocamento dos ônibus tenha realmente melhorado em relação à locomoção de carro. O tempo que se gasta no trânsito está quase empatando.”

ONU lança novo portal sobre HIV/AIDS

Foi lançado na semana passada o UNAIDS Brasil, portal do Programa Conjunto das Nações Unidas que abordará diversas questões sobre HIV/AIDS. A proposta do site é facilitar o acesso a informações sobre o tema, noticiar sobre avanços médicos em tratamentos e prevenção, além de ser um lugar de combate ao preconceito e discriminação.

 
No portal também estarão outras campanhas do UNAIDS e de seus copatrocinadores, como
Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), ONU Mulheres, Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre outros.
 
A intenção é contar com o engajamento popular, e através do menu ‘Como Apoiar’, o usuário tem acesso a links como ‘Você+UNAIDS’ e ‘Atue em sua comunidade’, para encontrar dicas de mobilização em prol da causa.   
 
Georgiana Braga-Orillard, diretora do UNAIDS no Brasil ressalta a importância de trazer o tema HIV/AIDS para discussão, em um momento em que o País deixou de lado essa questão. “O objetivo com este novo portal é aproximar as pessoas – em especial jovens, estudantes e ativistas – do diálogo sobre HIV e AIDS e mostrar que cada um de nós é parte na resposta à epidemia”, disse.
 
Para mais informações, visite o site:  www.unaids.org.br  

Encontro de mulheres na Lapa

No último domingo (20) aconteceu o encontro regional de mulheres, na nova subsede da Lapa. Participaram 31 trabalhadoras de diversas fábricas da categoria.

Na atividade, as mulheres tiveram espaço para relatar os problemas que enfrentam em suas empresas e sugerir soluções para eles. Segundo Célia Alves dos Passos, coordenadora da Secretaria da Mulher Trabalhadora, “foi um encontro importante para conhecer melhor a categoria e quais os desafios que elas encontram no chão da fábrica”.

As mulheres que participaram desta reunião tornam-se delegadas para o encontro final de mulheres, que acontecerá nos dias 7 e 8 de novembro em Atibaia, interior de São Paulo.

Químicos aprovam pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2015

A categoria aprovou em assembleia nesta sexta (18) a pauta de reivindicações da Campanha Salarial do setor químico.

A Campanha Salarial deste ano, além das cláusulas econômicas, abrange também as cláusulas sociais.

Confira algumas das principais reivindicações:

• Aumento salarial de 15%

• Piso salarial de R$ 1.700,00

• PLR mínima de R$ 1.880,00

(para empresas que não têm um programa próprio)

• Cesta básica gratuita no valor de R$ 386,00

• Jornada de trabalho de 40 horas semanais

• Licença-maternidade de 180 dias

• Fim das terceirizações

Haddad aprova aumento na verba destinada à educação

Foi sancionado hoje (17) pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o primeiro Plano Municipal de Educação da capital paulista. Aprovado na Câmara Municipal em agosto, será válido por dez anos.

Entre as principais metas estão reduzir o número de alunos por sala de aula e zerar a fila de espera para creches até 2018. A verba destinada à educação municipal aumentou de 31% para 33%, estimando-se um acréscimo de R$700 milhões no primeiro ano de aplicação.  Para Gabriel Chalita, secretário municipal da educação, é importante que todas as crianças tenham acesso à escola.

Itens do plano que faziam alusão à discussão de gênero foram alterados ou excluídos pelos vereadores, mas o presidente da Câmara, Antonio Donato, garante que o plano aborda questões importantes, como o combate a discriminação e preconceito no ambiente escolar. O prefeito Fernando Haddad reforça essa opinião, destacando a criação do “Transcidadania”, programa de inclusão social e capacitação profissional voltado para travestis e transexuais.

Frente em defesa das mulheres é lançada na Alesp

Foi lançada nesta quarta-feira (16), durante uma audiência pública, a Frente Parlamentar em Defesa da Mulher na Assembleia Legislativa de São Paulo, uma iniciativa da deputada Beth Sahão (PT). O objetivo é debater, mobilizar e propor medidas e políticas públicas destinadas a combater a violência de gênero no Estado e no País.

A Frente irá promover políticas e ações que busquem soluções para promover a igualdade de direitos e oportunidades. Durante a audiência, a deputada salientou que “apesar dos grandes avanços que tivemos nos últimos anos em relação à igualdade, ainda somos alvo de uma série de barreiras impostas por uma sociedade que não consegue superar sua herança machista. Por isso, espaços como este são de vital importância para incentivar a discussão e impulsionar a ação transformadora para um mundo mais igualitário”.

A dirigente do Sindicato Silvia Maria de Souza participou da audiência representando a Secretaria de Mulheres da entidade. Em sua fala salientou a dificuldades no mercado de trabalho. “As mulheres, mesmo quando são mais qualificadas que os homens, chegam a ganhar 30% a menos. No nosso setor, as mulheres são maioria na categoria de cosméticos e ganham 30% a menos. Na categoria farmacêutica, em que as mulheres são 50% dos trabalhadores, a diferença é de 25%.” Silvia também lembrou dos frequentes casos de assédio moral e sexual que as mulheres sofrem. “Também temos que combater as diferenças e o preconceito dentro do nosso local de trabalho”, afirmou.

Em vez de cortes nos gastos sociais, melhor é alterar ajuste fiscal

A política de ajuste monetário e fiscal completou oito meses de duração sem ainda produzir resultados positivos, conforme inicialmente anunciados. Não apenas a inflação encontra-se acima da verificada no final de 2014, como a situação das contas públicas agravou-se.

A recessão que avançou trouxe consigo a piora no quadro socioeconômico brasileiro, possibilitando­ que o pensamento neoliberal tomasse coragem para apontar para a necessidade de desconstitucionalizar direitos sociais – sob a justificativa de que a Constituição de 1988 teria tornado insustentável o equilíbrio nas contas públicas pela pressão constante dos gastos sociais.

Explica-se que os neoliberais identificam que os interesses do conjunto do povo brasileiro não caberiam na economia nacional. Assim, a economia iria melhor se fossem cortados recursos destinados a expandir direitos sociais estabelecidos pela Constituição.

Em grande medida, essa proposição ganha relevância atual porque a adoção das políticas de corte neoliberal em 2015 não levou, pelo menos até o momento, à redução da relação da dívida pública com o Produto Interno Bruto (PIB), pelo contrário. Apesar dos cortes nos gastos e investimentos públicos, o endividamento do Estado tem crescido por força da elevação brutal na taxa de juros que remunera os títulos financeiros, ao passo que o encolhimento próximo de 2% do PIB do ano passado para este força o aumento da relação dívida/PIB.

Em síntese, o agravamento das contas públicas indica a dificuldade de fazer o ajuste fiscal paralelamente à contenção da economia. O desemprego aumenta rapidamente com a queda do poder aquisitivo das remunerações, tornando menor o nível de atividade e, por consequência, decadente a capacidade de arrecadação tributária governamental.

Com a contenção da arrecadação tributária em velocidade superior ao corte dos gastos e investimentos, a meta fiscal se mantém cada vez mais distante. Para os neoliberais, a razão do insucesso não está nos equívocos da política, mas na insuficiência dos cortes no orçamento governamental e nos custos dos direitos sociais estabelecidos pela Constituição. A sequência, nesse sentido, é o maior estímulo à recessão.

Tomando como comparação países com programas sociais estabelecidos, percebe-se que o Brasil detém ainda direitos que estão longe de permitir definir uma excelência em assistência social. Tomando-se, por exemplo, um programa de garantia de renda, como o Bolsa Família, registra-se que no ano de 2011 o valor médio pago pelo governo federal equivalia a apenas 9% da renda média do brasileiro.

Para o mesmo ano, programas de garantias de renda equivalentes ao Bolsa Família correspondiam a 63% da renda média na Dinamarca, 51% na Irlanda, 45% na Bélgica, 38% na Holanda, 36% na Espanha, 28% em Portugal e França, 23% na Alemanha e 22% na Inglaterra. Ademais de serem países com a renda média bem maior que a do Brasil, sustentam mecanismos de garantia de renda muito superior.

Esse singelo exemplo permite evitar argumentos neoliberais em favor da desconstituição dos direitos sociais brasileiros. O país não precisa de mais cortes nos gastos sociais e de investimentos, mas de alteração na política de ajuste fiscal e monetário, capaz de permitir a melhora nas contas públicas, com o crescimento do PIB, e a redução das despesas financeiras com o pagamento dos juros da dívida pública.

*Marcio Pochmann é professor do Instituto de Economia da Unicamp (SP)

Em ato de lançamento das campanhas salariais unificadas novo pacote fiscal é criticado

Dez mil trabalhadores fecharam as pistas da Avenida Paulista em frente à Fiesp (federação das Indústrias do Estado de São Paulo) na manhã de hoje (15). A manifestação marcava o lançamento das campanhas salarias unificadas do segundo semestre.

Mais de 1.814.805 trabalhadores têm data-base no segundo semestre, incluindo os Químicos (com data-base no dia 1º de novembro). Os sindicatos cutistas firmaram sua união na luta por aumentos reais de salário e em defesa do trabalho, sem demissões e terceirização.

Durante o ato, o novo pacote fiscal anunciado ontem (14) pelo governo Federal foi criticado pelos dirigentes sindicais. “É lamentável. É um pacote recessivo, que imputa a culpa da crise aos trabalhadores, que vai exatamente no sentido contrário das propostas que a CUT tem apresentado, para geração de emprego e renda, para que o Brasil volte a crescer. Esse pacote dialoga com a política do Levy, que é uma política de recessão, de corte e não de investimento, de corte nos direitos dos trabalhadores”, criticou o presidente da Central,Vagner Freitas.

A manifestação também marcou a posse da nova diretoria da CUT-SP. O novo presidente da CUT estadual, Douglas Izzo, também foi enfático nas críticas ao pacote. “Os cortes não contribuem para a economia voltar a crescer, para alavancar o crescimento e gerar emprego e renda. A CPMF é uma alternativa para de arrecadação para dar fôlego ao governo, mas o governo tem de fazer uma discussão sobre as grandes fortunas. O que não pode é colocar o peso da crise sobre os trabalhadores. Por isso é que nós estamos aqui”, afirmou.