OAB quer validação da Ficha Limpa pelo STF para tornar claras as regras para 2012

 

São Paulo – Com ou sem motivo para comemorações, a Lei da Ficha Limpa completa um ano nesta quinta-feira (19) sem resultados jurídicos efetivos. Isso motivou a Ordem do Advogados do Brasil (OAB) a ingressar com ação para que o Supremo Tribunal Federal (STF) esclareça a constitucionalidade da lei e define, de uma vez por todas, se ela é válida. A norma envolve temas que dão margem para questionamentos à mais alta corte do país.

“A OAB, ao entrar com a ação, objetivou trazer segurança jurídica, ou seja, precisamos ter certeza no que se refere à aplicação da lei”, afirmou Marcus Vinicius Furtado Coelho, secretário-geral da Ordem. Para Coelho, a entidade espera que a justiça garanta a efetivação da lei e que julgue a incidência dos casos concretos, para que assim proiba a candidatura dos que não possuem condição ética compatível à exigida pela lei para ocupação de cargos públicos.

 

Um dos pontos que produzem dúvidas é o princípio da presunção de inocência. Pela Constituição, ninguém pode ser considerado culpado até que se esgotem todos os recursos judiciais da decisão. Nesse caso, a aplicação da lei poderia ficar impedida já que, em seus textos, prevê candidatura barrada àquele que tiver condenação por um tribunal colegiado. Segundo alguns juristas, a restrição representaria uma forma de considerar o cidadão culpado mesmo antes do resultado definitivo do processo.

Outra polêmica levantada ainda no período eleitoral e, posteriormente, discutida durante os julgamentos no STF diz respeito à retroatividade da lei. Se for decidido que a lei não pode retroagir, sua aplicação fica praticamente invalidada, pois apenas os crimes cometidos após a sanção da lei, em 2010, poderiam ser enquadrados na Ficha Limpa. “Esperamos que o Supremo Tribunal Federal garanta a aplicação da lei para as eleições de 2012”, pontuou Coelho.

Vitória da população

O secretário-geral da OAB ressalta, porém, a conquista democrática como a principal vitória com a aprovação da Lei da Ficha Limpa em 2010. Para ele, o tema foi amplamente debatido e com isso a população ganhou mais consciência da importância do passado político dos candidatos, antes da escolha eleitoral.

“A OAB entende que a lei da Ficha Limpa é uma vitória da sociedade, ja conseguiu o grande êxito de trazer à tona o debate e a conscientização da população e espera que o STF garanta a sua aplicação”,  finalizou.

Para mais informações, acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2011/05/oab-espera-que-stf-declare-valida-a-lei-da-ficha-limpa-para-que-nao-deixe-duvidas-nas-proximas-eleicoes

Para promotor, estação do metrô fora do local original não atende ao interesse público

 

Manifestantes realizam churrasco onde a estação original seria construídaSão Paulo – Para o promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes, uma eventual mudança de localização da estação de Higienópolis para a esquina das ruas Sergipe e Ceará não atenderia ao interesse público e poderia encarecer a obra. Ele foi o autor do pedido de esclarecimento à Companhia do Metropolitano (Metrô) e a secretarias estaduais a respeito dos planos de alterações no traçado da futura Linha 6-Laranja – em fase de projeto e sem prazo para início das obras.

Uma alteração do local original – na esquina da Sergipe com a avenida Higienópolis – vinha sendo estudada por causa da pressão de associações de moradores que não querem a estação no local. A movimentação provocou, no sábado (14), o “Churrascão da gente diferenciada”, protesto por transporte público e contra o preconceito.

A partir da polêmica da última semana, tanto o Metrô como o governo paulista informaram que o equipamento poderia ser instalado em outro ponto da rua Sergipe. Mas mesmo isso não seria suficiente para dar conta do pedido de esclarecimento feito pelo promotor. “A rua Sergipe vai subindo em direção ao Pacaembu e, quanto mais para a frente na rua, mais profunda tem que ser a perfuração, o que encareceria a obra”, avalia.

Lopes conta que é morador do bairro e por isso, mostra-se conhecedor da região. “Se eu não achar as explicações convincentes, vou pedir também uma laudo para o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) sobre tudo isso e checar se tudo está correto”, afirmou o promotor.

Segundo ele, especialistas em mobilidade urbana defendem que o metrô não deve ser pensado isoladamente. As estações precisam estar interligadas com ônibus, trens e outras modalidades de transporte. “Não entendo como o Metrô colocaria a estação longe de todos os ônibus que passam na avenida Angélica. As pessoas teriam de voltar para trás para continuar seu percurso”, observa.

Na semana passada, a Promotoria de Habitação e Urbanismo do Ministério Público de São Paulo determinou que o presidente do Metrô e o secretários de Transportes Metropolitanos apresentem, em um prazo de 30 dias, argumentos técnicos para a mudança no traçado da linha 6- Laranja e o novo local da estação Higienópolis.

O promotor Maurício Lopes não descarta a possibilidade de entrar com ação civil pública contra a mudança no traçado. Ele também acha necessário que o Metrô indique qual a distância entre todas as estações, já que uma das justificativas é a proximidade da parada Mackenzie,  da Linha 4 -Amarela. “Há várias estações próximas umas das outras, como a Sé e a Liberdade. Se há 30 anos essa proximidade não atrapalhava, como agora, com a tecnologia mais avançada, pode atrapalhar?”

Para mais informações, acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/2011/05/para-promotor-mudanca-da-estacao-higienopolis-nao-atende-o-interesse-publico

OIT alerta sobre discriminação de imigrantes no mercado de trabalho

 

Brasília – A Organização Internacional do Trabalho (OIT) fez um alerta sobre os diversos tipos de discriminação enfrentados por imigrantes que buscam oportunidades de trabalho em outros países. A advertência é destaque no Relatório Global sobre a Igualdade no Trabalho de 2011, divulgado na segunda-feira (16), em Genebra, na Suíça. O documento foi elaborado com base em informações de 169 países, dos 183 que integram a OIT.

As diferenças de tratamento, segundo o estudo, incluem salários mais baixos para as mulheres, exigências de testes de HIV/aids e dificuldades para o ingresso de idosos.
O diretor-geral da OIT, Juan Somavia, afirmou que aumentam as queixas sobre diferenças de tratamento e salário entre imigrantes e nacionais. Para Somavia, é fundamental que os líderes políticos adotem medidas para conter essas ações.

“A resposta certa é combinar políticas de crescimento econômico com políticas de emprego, proteção social e direitos no trabalho, permitindo aos governos, aos parceiros sociais e à sociedade civil que trabalhem juntos incluindo mudanças de atitudes por meio da educação”, disse Somavia.
Porém, no relatório, os especialistas indicam que a ausência de dados confiáveis também atrapalha a análise precisa do que ocorre no mundo envolvendo a mão de obra de imigrantes. No entanto, os peritos comemoraram a redução das diferenças de tratamento entre gêneros – embora os homens ainda sejam maioria no que se refere aos melhores salários.

No relatório, os especialistas mencionam também os principais problemas envolvendo o mercado de trabalho mundial. Uma das principais queixas é o assédio sexual que atinge, em geral, mulheres independentes financeiramente, embora as imigrantes estejam no foco, segundo a pesquisa.
Também há referências de denúncias de racismo, em geral, atingindo imigrantes da África e Ásia, além de povos indígenas e minorias étnicas. Os especialistas advertem ainda que há discriminação por orientação religiosa, em geral, em empregos do setor público.

Segundo o relatório, as pessoas com o vírus HIV/aids também são alvo de discriminação, pois há empregadores que as obrigam a fazer testes para identificação da doença. Há, ainda, reclamações por discriminação por idade – os mais velhos afirmam que sofrem preconceito na hora e de pedir emprego.

Para mais informações, acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/trabalho/2011/05/oit-alerta-sobre-discriminacao-de-imigrantes-no-mercado-de-trabalho

Famílias estão otimistas com o futuro do País

 

Ipea divulgou na manhã de quinta-feira, dia 5, em São Paulo, a nona edição do Índice de Expectativas das Famílias (IEF). Esta edição do IEF, que é lançado mensalmente, traz dados referentes ao mês de abril. O estudo foi apresentado pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann.

O IEF revela que 74% das famílias brasileiras percebem sua situação como melhor, na comparação com um ano atrás. As famílias que acreditam que o país passará por melhores momentos nos próximos 12 meses representam 59% dos domicílios pesquisados. As regiões mais otimistas foram Centro-Oeste e Sudeste.

Um aspecto positivo evidenciado pela pesquisa aponta que 73% das famílias se consideram pouco endividadas ou sem dívidas. Ainda de acordo com o estudo, 92% das famílias responderam não ter a intenção de contrair um financiamento ou empréstimo nos próximos meses.

De janeiro a abril de 2011, houve uma diminuição de 12% do número de famílias que, quando perguntadas se consideram bom o momento atual para a aquisição de bens duráveis, responderam “sim”. Para Pochmann, isso pode ser reflexo da elevação do custo do crédito no Brasil. “Os bens de consumo duráveis, em geral, têm valores maiores que a renda mensal de uma família, a qual depende, portanto, de crédito”, disse o presidente do Ipea.

 

Para mais informações, acesse: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=8301:familias-estao-otimistas-com-o-futuro-do-pais&catid=4:presidencia&Itemid=2

Saques do seguro-desemprego devem cair nos próximos anos, afirma economista do Dieese

 

Brasília – Os saques do seguro-desemprego devem cair nos próximos anos à medida que houver uma redução dos níveis de desemprego, afirmou o economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Sérgio Mendonça.

Mendonça explicou que o fato de os índices de emprego estarem altos e um número também alto de pessoas recebendo o seguro-desemprego é a combinação de uma alta taxa de rotatividade e os próprios índices favoráveis de emprego.

“Para uma taxa de rotatividade alta, que deverá cair nos próximos anos, e um nível de emprego formal alto, acaba que as pessoas têm mais acesso ao seguro-desemprego, o que aumenta os saques. Isso pode parecer uma contradição no momento em que o mercado de trabalho está muito favorável”.

O economista disse ainda que é preciso desenvolver políticas que reduzam a taxa de rotatividade, um dos fatores do alto número de saques do seguro-desemprego. “Se temos 30 milhões de pessoas em empregos formais e uma taxa de rotatividade de 20%, serão 6 milhões de pessoas sacando o seguro-desemprego. Se tivermos 40 milhões de pessoas em empregos formais e a mesma taxa de rotatividade, serão 8 milhões de pessoas sacando o seguro”.

Mendonça afirmou também que se o país conseguir criar políticas que além de reduzir a rotatividade faça com que os trabalhadores permaneçam mais tempo no emprego e tenham uma melhor qualificação “é de se esperar que os saques do seguro-desemprego caiam”.

Segundo dados do Ministério do Trabalho, no ano passado 7.463.500 de trabalhadores receberam o seguro-desemprego e em 2009 foram 7.804.600.

Para mais informações, acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-15/saques-do-seguro-desemprego-devem-cair-nos-proximos-anos-afirma-economista-do-dieese

Urbanistas criticam governo do PSDB por proximidade com a “classe alta”

São Paulo – O “churrascão da gente diferenciada”, protesto bem humorado por transporte público e contra o preconceito na região central da capital paulista, contou também com a adesão de urbanistas. Eles criticaram o planejamento e a falta de atenção conferida à mobilidade em São Paulo.

A manifestação foi organizada como reação à informação, divulgada pela mídia, de que a Companhia do Metropolitano (Metrô) havia desistido de instalar uma estação da Linha 9-Laranja na avenida Angélica. O motivo seria a pressão de moradores, que temiam a descaracterização do bairro com a presença de usuários do transporte público, qualificados como “gente diferenciada” por uma moradora em uma das reportagens sobre a movimentação.

Para Nabil Bonduki, arquiteto e professor de Planejamento Urbano da Universidade de São Paulo, a possibilidade de se eliminar uma estação de uma linha ainda em fase de projeto – sem previsão para obras nem para início de operações – mostra a a falta de planejamento.

“O governo do estado e o Metrô definem (o trajeto das linhas e a posição das estações), de maneira totalmente autoritária, de maneira desvinculada do planejamento da cidade e do processo participativo mais amplo”, critica Bonduki, um dos mil manifestantes que participaram do “churrascão”. 

Para ele, o governo paulista, encabeçado por Geraldo Alckmin (PSDB), cede facilmente a pressões, principalmente de setores ricos. “Esses grupos de classe alta têm uma relação muito grande com o PSDB e que acabam tentando impor sua visão de cidade no conjunto dos municípios”, ataca Bonduki, ex-vereador pelo PT.

A relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o direito à moradia adequada, Raquel Rolnik, também participou do ato. A urbanista reforçou o coro das críticas à pressão do poder econômico.

“Há um capitalismo de laços no Brasil, em que há uma relação muito próxima entre quem pressiona (pela retirada da estação) com quem está tomando a decisão”, analisa. “Há uma circulação muito grande dentro de um mesmo grupo social entre os interesses econômicos beneficiados pelas decisões – a valorização imobiliária pela promoção de serviços públicos, empreiteiras e quem ocupa postos do Estado capazes de mudar suas decisões em função dessa pressão”, afirma.

Para mais informações, acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/2011/05/urbanistas-criticam-governo-do-psdb-por-proximidade-com-a-classe-alta

Venezuela vai adotar Minha Casa, Minha Vida como referência

 

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, articulam a construção e financiamento de 2 milhões de casas em cidades venezuelanas, no período de sete anos. O assunto será tema da reunião que ambos terão, no final de junho, em Brasília.

O acordo faz parte de uma parceria com a Caixa Econômica Federal (Caixa) e baseia-se no programa brasileiro Minha Casa, Minha Vida – destinado à construção e compra de moradias para as famílias cuja renda é de até R$ 1.395.

Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e da Venezuela, Nicolás Maduro, conversaram sobre alguns detalhes do programa habitacional que será executado nas cidades venezuelanas. Segundo Maduro, o programa será firmado entre a Caixa e a correspondente venezuelana.

Maduro e Patriota também conversaram sobre as parcerias que serão ampliadas nas áreas de desenvolvimento agrícola, transferência de tecnologia e ciência. Trataram também da necessidade de se intensificar as relações regionais englobando o Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

O chanceler venezuelano não mencionou a demora do Congresso Nacional do Paraguai em aprovar o ingresso da Venezuela no Mercosul. Brasil, Argentina e Uruguai já aprovaram a participação dos venezuelanos como membros permanentes do Mercosul. Falta apenas a aprovação do Congresso Nacional do Paraguai, que não agendou a data de votação.

Até o começo da noite de ontem (9), estava marcada a visita para hoje de Chávez. Mas o presidente venezuelano cancelou a viagem ao Brasil, ao Equador e a Cuba alegando dores no joelho esquerdo. Neste momento, o governo venezuelano enfrenta dificuldades em lidar com um apagão que atingiu 15 dos 24 estados do país. Desde 2009, há problemas no abastecimento energético.

Para mais informações, acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/internacional/2011/05/venezuela-vai-adotar-minha-casa-minha-vida-como-referencia

Emprego entre mulheres cresce mais do que entre homens

 

Brasília, 11/05/2011 – Os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais 2010) revelam que, comparado com 2009, o nível de emprego da mão-de-obra feminina cresceu 7,28% em 2010, crescimento superior ao registrado para a mão-de-obra masculina, de6,70%, no mesmo período.

Tal comportamento resultou numa ligeira elevação da participação da mulher no total de empregos formais, passando de 41,4% em 2009 para 41,6% em 2010. Esse resultado revela a continuidade no processo de expansão da força de trabalho feminina verificado nos últimos anos.

Segundo o grau de instrução, os dados demonstram uma heterogeneidade de comportamento com variações no nível de emprego que oscilam entre -2,61% para os Analfabetos e elevação de 11,76% para os que cursaram o Ensino Médio Completo, dos dois gêneros.

Esse resultado indica um aumento expressivo do número de trabalhadores com Ensino Médio Completo no mercado de trabalho formal, cuja participação passou de 40,05% em 2009, para 41,85% em 2010, enquanto que o número de Analfabetos caiu de 0,55% em 2009 para 0,50% em 2010.

Entre as pessoas com nível de instrução Superior Completo ocorreu a segunda maior taxa de crescimento, 7,99% em relação a 2009. Todavia, os números da Rais 2010 apontamaumento menor no nível de empregos entre as mulheres com instrução Superior Completa (7,13%) em relação aos homens com o mesmo grau de instrução (9,22%), no mesmo período, comportamento inverso ao registrado nos anos anteriores.

Ainda assim, em termos absolutos o número de trabalhadoras com nível Superior Completo inseridas no mercado de trabalho, em 2010, que foi de 283,2 mil, superando o número de homens (254,7 mil).

Levando-se em consideração as pessoas com nível de escolaridade Superior Incompleto, onde predomina também a mão-de-obra feminina, verificou-se um crescimento de 3,94%para as mulheres, ante um aumento de 2,97% para os homens.

Para mais informações, acesse: http://portal.mte.gov.br/imprensa/emprego-entre-mulheres-cresce-mais-do-que-entre-homens.htm

CUT realiza seminário sobre reforma política

 

No próximo dia 19 de maio, a CUT realiza o seminário “Reforma Política e a Classe Trabalhadora”, no Hotel Golden Tulip Park Plaza, localizado na Alameda Lorena, nº 360, para debater e definir as propostas da Central para mudanças nos processos político-partidário e eleitoral.

Reorganizar o Estado Brasileiro segundo princípios democráticos, assegurando a garantia e a ampliação de direitos, além da fundamental participação direta do povo na vida política do país, é um dos principais pontos que orientará o debate sobre a reforma política que a CUT defende.

É essencial uma reforma democrática e participativa, que vá além do sistema eleitoral. “A República no Brasil sempre foi um sistema em que o povo elege, mas não decide. Os controles estabelecidos na Constituição Federal são horizontais, em que um poder controla o outro. Por isso, o controle vertical é indispensável. É essencial dar poderes ao povo”, defende Artur Henrique, Presidente Nacional da CUT. 

A reforma política não pode ser restrita ao Congresso e aos partidos. Necessitamos de uma reforma com caráter democrático e popular, em que o povo possa participar efetivamente nas decisões da vida política do país, seja na formulação de leis e políticas públicas ou em decisões e mecanismos de participação política. 

“A população brasileira tem condições de opinar e participar de forma direta nas decisões políticas, mas, para isso, é preciso que se faça uma reforma que altere as estruturas, e não simplesmente uma reforma pontual, para atender a interesses pessoais ou de alguns partidos em um momento de crise”, defende Adi dos Santos Lima, Presidente da CUT/SP. 

Segundo Adi, participação democrática não se restringe a escolha do voto. “Democracia não se resume na possibilidade de escolher entre dois candidatos. O conceito de democracia vai muito além disso”. 

Com base nesse conceito, a CUT defende a “democratização ampla, com reforma política e democracia participativa e efetivação da liberdade de organização sindical, de expressão e de comunicação”.

Para inscrever-se no seminário, é necessário enviar os dados para cut@cut.org.br, com cópia para presidencia@cut.org.br. As vagas são limitadas.

 

 

Acompanhe a programação completa: 

Data: 19/05
Local: Hotel Golden Tulip Park Plaza, localizado na Alameda Lorena, nº 360

09h00 – Abertura

              Artur Henrique – presidente nacional da CUT

09h30 – Modelos Eleitorais de outros países

              Marcus Ianoni – Prof. UFF 

10h00 – O que está em jogo na agenda da Reforma Política

Objetivo: analisar os principais atores e posições em relação ao caráter e dimensão da reforma que se pretende. 

Exp.: Frente Parlamentar pela Ref. Política com Participação Popular – a confirmar

         Relator da Comissão Especial de Ref. Política – Dep. Henrique Fontana PT RS

         FPA – Fundação Perseu Abramo – Elói Pietá

         Plataforma pela Reforma Sistema Político – José Antonio Moroni 

13h – almoço

14h30 – Porque o Brasil precisa de uma reforma política

Objetivo: proporcionar aos participantes uma visão panorâmica dos fundamentos filosóficos e políticos que podem balizar uma reforma com caráter progressista, baseado na intensificação do processo de controle social e na participação popular e a situação do Brasil. 

Exp.: Raul Pont – Dep. Estadual PT RS

        Emir Sader – sociólogo, Prof. da UERJ 

17h – Café

17h30 – Porque a Reforma Política interessa à classe trabalhadora 

Objetivo: apresentar o posicionamento e as atuais propostas para construir uma Resolução da CUT que orienta sua base neste processo de disputa. 

Exp.: Artur Henrique – presidente nacional da CUT

         Adi dos Santos – presidente CUT SP

18h30 – Estratégia e Ações da CUT – Sistematização das Propostas 

19h00 – Encerramento

Para mais informações, acesse: http://www.cutsp.org.br/noticias/2011/05/10/cut-realiza-seminario-sobre-reforma-politica.-abertas-as-inscricoes