Acordo Coletivo: Redução de jornada, uma conquista

Em assembléia trabalhadores do Setor Farmacêutico aprovam a assinatura do Acordo Coletivo. É o início de uma nova realidade, já que o setor passa a ter data-base no mês de abril. Ou seja, concluímos a última Campanha Salarial dos demais setores da categoria em novembro e já entramos em ritmo de campanha salarial 2005.

Há exatos 20 anos a categoria foi a primeira no Brasil a conquistar a redução da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais, em 1985. Novamente a categoria sai na frente. O setor farmacêutico conquista redução da jornada de trabalho de 44 para 42 horas semanais. Sem abrir mão, é claro, da histórica luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Reduzir jornada de trabalho significa medida efetiva pela geração de novos empregos.

Reforma Sindical: Deputados apreciam e debatem projeto

O texto final é polêmico. Nem poderia ser diferente, já que participaram dos debates para a elaboração da proposta as mais diversas correntes de pensamento no meio sindical, seja pelo lado dos trabalhadores, seja pelo lado dos patrões. A proposta procura se aproximar o máximo possível de um consenso para um nova realidade de organização sindical

Os empresários, por exemplo, questionam, no projeto, o direito de organização nos locais de trabalho. Setores das representações dos trabalhadores entendem que está sendo concentrado muito poder às centrais sindicais e menos aos sindicatos, outros já acham que o texto final ainda mantém resquícios da unicidade, ou seja, não é preciso na definição da liberdade e autonomia sindical.

A CUT, em conjunto com outras centrais sindicais, publicou um manifesto com o título “avançar rumo à liberdade e autonomia sindical, modernizando as relações de trabalho e capital”. Aborda a participação no FNT para “tornar realidade o sonho de liberdade e autonomia sindical, rompendo com as amarras da estrutura sindical corporativa responsável pela pulverização e enfraquecimento da representação e organização dos trabalhadores.

Ao final, o manifesto conclama “os deputados a apreciarem o Projeto de Reforma Sindical, sob o prisma da liberdade e autonomia, elemento essencial para a consolidação de uma sociedade democrática….capaz de fortalecer a organização da classe trabalhadora, favorecer a unidade”.

Conselho Tutelar

Há 15 anos o Brasil implantava o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), uma lei que garante a defesa e proteção da infância brasileira. Com o ECA entra em ação os Conselhos Tutelares, formado por cinco pessoas eleitas diretamente pela população para zelar e fazer cumprir o Estatuto e garantir proteção às crianças e adolescentes, sobretudo os desamparados e vítimas da violência, quer doméstica ou das ruas.

Os Conselheiros tem mandato por três anos e podem ser reeleitos uma vez. Na capital são 35 Conselhos espalhados pela cidade. No dia 03/04 acontece eleição para renovação ou reeleição de Conselheiros. Cuidar das crianças é dever todos, portanto, participar das eleições do Conselho Tutelar é muito importante. Dê um bom Conselho para o seu bairro, procure o local de votação mais próximo de sua casa. Participe!

Orçamento Participativo

Consagrado nas administrações petistas pelo Brasil afora, o Orçamento Participativo é mais uma das formas de garantir a efetiva participação popular. Em assembléias populares nas diversas regiões da cidade a população indica ao executivo municipal onde deve ser aplicado o dinheiro público. Ainda escolhem conselheiros que tem a função de acompanhar e fiscalizar as ações do executivo.

O modo de governar tucano não prevê a participação popular, afinal de contas, essa forma de participação incomoda. O prefeito Serra já anunciou que vai acabar com o Orçamento Participativo e o classificou  como “obra de ficção”. Na verdade o tucano, como de costume, quer acabar com o mecanismo de gestão participativa e democrática. Na prática significa que a população não pode mais indicar quais obras devem ser feitas na cidade.

Governo Lula: Boas iniciativas e pouca ousadia

O Brasil mudou nos últimos dois anos. Essa verdade é incontestável. Os indicadores da economia mostram que em 10 anos, esses últimos dois foram os melhores da economia brasileira. Inflação sob controle, aumento dos investimentos e crescimento do PIB – (Produto Interno Bruto), que vem gerando empregos.

No entanto, o Brasil ainda está longe de ver resolvidos problemas como o alto índice de desemprego, uma das piores distribuições de renda entre todos os países do planeta, violência e a fome que atinge milhões de brasileiros. É fato que há iniciativas nesse sentido, mas é preciso que a equipe econômica e o governo em geral sejam mais ousados nas ações sociais para que todos os brasileiros tenham direito a uma vida digna, com emprego, salário, educação, moradia, saúde…

Os números do crescimento

PIB 2004 – 5,4%
Produto Interno Bruto é a riqueza produzida no país. Este é o maior índice registrado em uma década

Emprego – 2,4 milhões
É a  maior taxa de empregos com carteira assinada desde 1992. Foram 1,8  milhões de janeiro a outubro de 2004 e 600 mil em 2003.

Agricultura familiar
Investimento de sete bilhões para o pequeno agricultor, por meio do Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

Reforma Agrária
Mais de 106 mil famílias assentadas, com toda infraestrutura necessária e mais 16 mil reais para cada família em créditos.

Fome Zero
Apesar da má vontade da mídia, 6,5 milhões de famílias atendidas, e o Banco de Alimentos atende 900 mil pessoas em duas mil entidades

Educação
Em dois anos, mais de cinco milhões de jovens e adultos alfabetizados. Orçamento do ministério passa de 3,5 bilhões para 20,7 bilhões em 2005

Saúde Pública
Mais de 22 milhões de brasileiros atendidos pelo serviço de prevenção e tratamento médico. 6,3 milhões de reais para distribuição de remédios

Combate ao trabalho infantil
Foram atendidas mais de dois milhões de crianças, em mais de 2750 municípios nesses dois anos. Foram investidos 42,8 milhões de reais.

É possível ir além

Todos os indicadores econômicos e sociais apontam que 2004 foi razoável. O Brasil deu um passo, que não dava há mais de uma década, rumo ao crescimento e geração de empregos. Mas ainda falta muito. E nem poderia ser diferente num país com mais de 500 anos de brutal exploração e vergonhosa concentração de renda.

Em particular na nossa categoria, apesar da pendência no setor farmacêutico em conseqüência da má vontade e intransigência dos patrões da indústria de medicamentos, tivemos avanços importantes nos demais setores produtivos. A Convenção Coletiva para os trabalhadores das indústrias dos setores plásticos, químicos, de cosméticos, abrasivos e fertilizantes representa uma conquista.

Aliás, os meios de comunicação revelam que o setor farmacêutico vem registrando crescentes faturamentos e constante aumento de produção; logo, não há motivo para não garantir aos trabalhadores as mesmas conquistas dos demais setores.

Sobre o setor farmacêutico, nossa luta continua para garantir o aumento real nos salários. Este desafio soma-se, agora, às nossas atividades deste início de 2005 ao lado do conjunto da categoria. Garantir o cumprimento da convenção coletiva, atenção e participação efetiva nos debates sobre reformas sindical e trabalhista. Estes são os nossos desafios e você está convocado a participar conosco. Só assim é possível ir além em nossas conquistas!

A diretoria colegiada

Manifestações e debates marcam o Dia Internacional da Mulher

Intensas atividades, promovidas pela comissão de mulheres do Sindicato, marcam a primeira semana de março, e termina no dia 12, com debate na sede central do Sindicato.

Dia 06 (domingo) – das 9h às 17h no Sesc Interlagos
A CUT Estadual promove atividade cultural em exposição de material e documentos sobre a história das organizações e lutas das mulheres

Dia 08 (terça-feira) – 14h no Vão livre do MASP
Caminhada até a Praça da República.

Dia 12 (sábado) – 15h na sede central do Sindicato (R. Tamandaré, 348, Liberdade)

A atividade promovida pelo Sindicato e coordenada pela comissão de mulheres tratará dos temas: assédio moral, a mulher na política e questões de gênero.
Assessoria da médica do trabalho Margarida Barreto Marilaine Teixeira e Lucineide Dantas Varjão (Lú).
Após o debate haverá apresentação da peça de teatro Viuva de Marido Vivo, grupo Intenerarte.

Condução nas subsedes. Saída às 14h

Não fique só! Fique sócio!

Neste momento histórico em que o sindicato patronal não assinou a Convenção Coletiva, o Sindicato teve importante atuação na defesa dos direitios de todos os trabalhadores e trabalhadoras do setor farmacêutico. Graças à união, organização e perseverança da categoria. No entanto, ainda há muitos companheiros e companheiras que não são sócios. Você auqe ainda não é sócio do Sindicato não fique ai parado, veha fazer parte do nosso time, vamos juntos fortalecer nossa entidade classe a fim de que junots possamos ampliar ainda mais nossas conquistas.

Não perca mais tempo! Venha fazer parte da luta você também!

Nova agenda

Costuma-se dizer que, no Brasil, o ano só começa depois do carnaval. Folclores à parte, o fato é que estamos na ativa desde primeiro dia de janeiro, emendando com 2004 na pendência sobre a convenção coletiva do setor farmacêutico da categoria. Estamos atentos, também, para questões como a lei de falências recém aprovada, os debates sobre impostos, o andamento das reformas sindical e trabalhista…

Enfim, zelar pelos direitos da categoria e atuar para garantir seus direitos exige atuação constante da diretoria do Sindicato. Agora, é claro que depois do carnaval é possível programar uma agenda mais ampla para o decorrer do ano e, principalmente, chamando à participação toda a categoria. Sempre foi assim e será: somente lado a lado, trabalhadores e diretoria do Sindicato, nas lutas e mobilizações necessárias para permitir avanços nas conquistas, por exemplo em relação a salários e geração de mais empregos.

Já descansou? Já pulou? Já se divertiu? Então venha somar com seu Sindicato de classe agora, em sua legítima defesa

A diretoria colegiada

Conselho de Representantes: Serra agora foge da raia

Projeto que implanta os Conselhos de Representantes nas subprefeituras foi aprovado, no final de 2004, por unanimidade na Câmara Municipal de São Paulo. Previsto também no programa de governo do prefeito José Serra, os tucanos, agora, se escondem atrás de uma absurda medida do Ministério Público para não cumprir a lei.

Em entrevista a um grande jornal, o Secretário das Subprefeituras, Valter Feldman, classificou os Conselhos de Representantes como franquenstein político. A frase revela o desprezo dos tucanos pelo poder legislativo, já que todos os vereadores, inclusive os do PSDB, aprovaram a proposta e, mais ainda, deixa evidente a falta de respeito senão o medo da participação e fiscalização popular sobre a administração tucana.

Projeto encaminhado pela então prefeita Marta Suplicy, parte dos integrantes dos Conselhos de Representantes seriam formados por lideranças nos bairros, eleitos pelo voto direto dos moradores, em cada uma das sub-prefeituras. O papel deste Conselho é acompanhar, encaminhar demandas e fiscalizar os atos dos subprefeitos. E os tucanos amarelaram, correram da participação popular em seu governo.

Beira o cinismo a afirmação de Feldman de que cabe aos vereadores derrubar a decisão do Ministério Público, que suspende a implantação dos Conselhos. Está no Programa de governo do prefeito eleito, fez parte de amplo acordo envolvendo todos os partidos com assento na Câmara. Fica evidente, portanto, que os tucanos não cumprem a palavra e têm medo da fiscalização pública sobre seu governo. 

Movimento em defesa

Contra a absurda determinação do Ministério Público e a omissão do prefeito José Serra, os movimentos sociais da cidade de São Paulo criaram o Fórum Permanente em Defesa do Conselho de Representantes. Em carta aberta à população o Fórum resgata o histórico que levou à conquista deste Conselho e aponta iniciativas populares para garantir que seja implantado este importante mecanismo de participação popular na administração pública e de fiscalização dos atos dos subprefeitos nas regiões.