Circular Convenção Coletiva Químicos

Vimos através da presente, informar que a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria profissional por nós representada, assinada para o período de2012/2014, foi firmada com os Sindicatos Patronais no dia 14 de novembro de 2012. Assim, passamos a informar o resumo das principais cláusulas onde houve modificação em relação a norma coletiva vigente até 31/10/2012:

 

AUMENTO SALARIAL (Cláusula 04): Sobre os salários de 01/11/11, será aplicado, em 01/11/12, o aumento salarial da seguinte forma: a) Para os salários nominais até R$7.375,25 (sete mil, trezentos e setenta e cinco reais e vinte e cinco centavos), o percentual único e negociado de 7,8% (sete vírgula oito por cento), correspondente ao período de 01/11/11, inclusive, a 31/10/12, inclusive; b) Para os salários nominais superiores a R$ R$7.375,25 (sete mil, trezentos e setenta e cinco reais e vinte e cinco centavos), o valor fixo de R$575,27 (quinhentos e setenta e cinco reais e vinte e sete centavos).

 

 

SALÁRIO NORMATIVO –  PISO (Cláusula 03): O salário normativo será de R$1.056,44 (um mil e cinquenta e seis reais e quarenta e quatro centavos), por mês, para empresa com até 50 (cinquenta) empregados e de R$ 1.073,60 (um mil e setenta e três reais e sessenta centavos) por mês, para empresas com mais de 50 (cinquenta) empregados, sendo, neste último caso, considerado o número de empregados existentes nas empresas a partir de 01/10/2012. Ficam excluídas desta cláusula os menores aprendizes, face ao disposto em cláusula específica contida na presente Convenção.

 

 

DEMONSTRATIVOS DE PAGAMENTO (Cláusula 12):

 

As empresas deverão fornecer os demonstrativos de pagamento até o dia do pagamento e deverão garantir a impressão dos mesmos até 6 meses contados a partir do mês da competência e o histórico por 5 anos.

 

 

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS – PLR (Cláusula 15) VIGÊNCIA DA CLÁUSULA: 01/11/2012 A 31/10/2013. Considerando o crescimento do índice de produtividade e qualidade do setor, comparados os mesmos períodos 2011 e 2012, fica estipulado relativamente ao ano de 2012 quanto a participação dos empregados nos lucros ou resultados das empresas (PLR), nos termos do art. 7º, XI, primeira parte, e do art. 8º, VI, da Constituição Federal, e da Lei 10.101, de 19/12/2000, que dispõem sobre este assunto, que:

a) não será devida pelas empresas que já a tenham implantado, estejam implantando ou venham a fazê-lo, nos termos da Lei 10.101, de 19/12/2000, até 31/12/2012, devendo fazer, nestes dois últimos casos, a respectiva comunicação prévia à entidade sindical representativa dos seus empregados, ficando convalidadas, portanto, estas implantações por empresas;

b) corresponderá ao valor de R$ 787,00 (setecentos e oitenta e sete reais), para empresas com até 50 (cinquenta) empregados, e R$ 830,00 (oitocentos e trinta reais) para empresas com mais de 50 (cinquenta) empregados, sendo, neste último caso, considerado o número de empregados existentes nas empresas a partir de 01/10/2012, a ser pago em 02 parcelas iguais à metade deste valor cada uma, sendo a primeira até 31/01/2013 e a segunda 06 meses após ou, alternativamente, a critério das empresas, numa única parcela até 30/03/2013;

c) deverá ser paga aos empregados com contratos vigentes entre 01/01/2012 a 31/12/2012;

d) para os empregados afastados será paga proporcionalmente aos meses efetivamente trabalhados durante o período, à razão de 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 15 dias, excluídos desta proporcionalidade os afastados por acidente de trabalho.

e) no tocante aos empregados admitidos e demitidos durante o período de 01/01/2012 a 31/12/2012, será aplicada proporcionalmente, à  razão de 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 15 dias.

 

 

AUXÍLIO POR FILHO EXCEPCIONAL (Cláusula 21):

 

As empresas reembolsarão o auxílio por filho excepcional, de forma retroativa, em até 6 meses da obtenção do direito, desde que solicitado, limita a data de admissão do empregado.

 

 

GESTANTE (Cláusula 36):

 

As empregadas que engravidarem durante o contrato por prazo determinado terão direito a garantia prevista na presente cláusula.

 

 

UNIÃO ESTÁVEL DE PESSOAS DO MESMO SEXO (Cláusula 40):

 

Os benefícios previstos na presente convenção, concedidos aos dependentes legais do(as) empregado(as), serão extensivos ao(à) parceiro(a) em se tratando de união estável de pessoas do mesmo sexo, devendo a mesma ser comprovada mediante apresentação da escritura de declaração de união estável, salvo impossibilidade comprovada, tendo em vista a s atuais condições negociadas com os fornecedores.

A comprovação da união estável de pessoas do mesmo sexo e dependência será feita na forma estabelecida pelo respectivo fornecedor.

 

 

FALTAS E HORAS ABONADAS (Cláusula 54)

 

O (a) empregado (a) poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário nos seguintes casos:

a)     até 03 (três) dias consecutivos, não incluído o dia do evento, em caso do falecimento de cônjuge, companheiro (a), irmãos (as), ascendente, entendendo os pais e avós, descendentes, entendendo filhos (as) e netos (as).

EXAMES MÉDICOS (Cláusula 64):

O empregado será informado do resultado dos exames, por escrito, e quando solicitado, receberá cópia dos mesmos, observados os preceitos da ética médica.

 

FONTE DE CUSTEIO DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA (Cláusula 76):

Vigência da Cláusula: 01.11.12 a 31.10.13

As empresas recolherão às suas expensas o valor correspondente ao custeio da negociação coletiva referente a cada empregado, nos seguintes percentuais:

a)     3% dos salários já reajustados, até o limite salarial de R$ 7.375,25, ou seja, até o teto de R 221,26, recolhidos até 25.12.12;

b)     3% dos salários já reajustados, até o limite salarial de R$ 7375,25, ou seja, até o teto de R$ 221,26, recolhidos até 25.01.13;

c)     3% dos salários já reajustados, até o limite salarial de R$ 7375,25, ou seja, até o teto de R$ 221,26, recolhidos até 25.02.13.

 

Sendo o que tínhamos a informar,

Atenciosamente,

 

Osvaldo Bezerra – Coordenador Geral

 

João Carlos de Rosis – Secretário de Administração e Finanças

 

Exposição de fotos na sede do Sindicato

A exposição de fotos 30 Anos da Retomada resgata importantes momentos da luta sindical e pode ser vista até o dia 20 de dezembro na sede do Sindicato. No mês de janeiro a exposição segue para a colônia de férias de Solemar e posteriormente para as subsedes. Acompanhe no site e no Sindiluta a programação.   

Encontro de ex-dirigentes

Para comemorar os 30 anos da Retomada o Sindicato organizou ontem, dia 22, um encontro de ex-dirigentes e ex-colaboradores na sede do Sindicato. “Foi bom matar a saudade e relembrar momentos históricos”, diz Osvaldo da Silva Bezerra, o Pipoka, coordenador geral da entidade.

Durante o encontro foi apresentado em primeira mão o vídeo documentário 30 anos da Retomada, que já pode ser conferido no site. É só clicar no banner 30 anos da Retomada para ter acesso ao vídeo, a  revista Alquimia e a uma seleção de fotos históricas.    

Fim do fator previdenciário será votado na próxima quarta (28)

Durante audiência na tarde desta quarta-feira (21) com a CUT, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), afirmou que o fim do fator previdenciário deve ir à votação na Casa na próxima quarta-feira (28).

Resultado dos trabalhos de um grupo de negociação formado por trabalhadores e empresários, a emenda aglutinativa ao substitutivo do deputado Pepe Vargas (PT-RS) sobre o Projeto de Lei (PL) 3.299/08, mantém o fator 85/95 criado pelo petista, que soma o tempo de contribuição e a idade. Caso o resultado seja 95, para os homens, e 85, para as mulheres, a aposentadoria será integral e não dependerá mais do fator.

A emenda estabelece ainda um redutor de 2% para cada ano que faltar até atingir a formula e um acréscimo também de 2% para cada ano que o trabalhador permanecer na ativa após cumprir os requisitos.

“Hoje (21), fizemos uma passeata pelos corredores do Congresso para pressionar os lideres parlamentares a votarem a favor da emenda e acabar com o fator criado pelo governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (FHC) para tirar o poder de compra dos trabalhadores aposentados. Quem votar contra, estará traindo a classe trabalhadora”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Freitas lembrou que em 2008 havia um acordo com o governo Lula para acabar com o redutor, mas a discussão não avançou. Durante as eleições presidenciais, a presidenta Dilma Rousseff assumiu o compromisso de dar prosseguimento a esse debate.

A proposta do grupo determina ainda que seja considerada a média das contribuições previdenciárias dos últimos 36 meses. Além disso, as empresas que demitirem um trabalhador 12 meses antes da aposentadoria serão obrigadas a recolher esse período de contribuição para o empregado.

“Os parlamentares podem nos aguardar aqui na próxima quarta porque vamos ocupar o Congresso e denunciar quem quiser manter essa medida nefasta”, garantiu Vagner Freitas.

Porque fator previdenciário prejudica o trabalhador –Atualmente, para se aposentar, um trabalhador precisa ter 35 anos de contribuição e 63 anos e quatro meses para ter direito a 100% do benefício. Já as mulheres devem ter 33 anos de contribuição e 61 de idade.

Por obra de FHC, que chamava os aposentados de vagabundos, o fator previdenciário passou a valer em 1998 e estabeleceu que o cálculo das aposentadorias só exclui 20% dos piores salários recebidos. Como a rotatividade da mão de obra no Brasil é grande, os trabalhadores perdem o emprego e, muitas vezes, conseguem outro ganhando menos, o que acaba rebaixando seus vencimentos.

Além disso, o tempo de contribuição aumenta a cada ano e o valor dos vencimentos diminuem em função da média de expectativa de vida divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com a nova regra, bastaria ao trabalhador atingir o fator 85/95 para ter direito à aposentadoria integral

Com a aprovação do povo

O resultado das eleições municipais no Estado de São Paulo mostrou o que todos nós já sabíamos, mas que a grande imprensa não divulga: a população está satisfeita com os rumos do país.

O PT, partido do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma, elegeu 68 prefeituras, 55 vices e 675 vereadores. Foi o partido com a maior votação para cargo proporcional no Estado, com mais de 3,1 milhões de votos, e com isso conquistou um aumento de 175 cadeiras nas Câmaras Municipais em 382 cidades de São Paulo.

A partir de 2013, esses governos petistas serão responsáveis por gerir mais de 18 milhões de habitantes, o equivalente a cerca de 45% da população paulista. Um número bastante significativo.

São Paulo é um dos maiores e mais ricos Estados do país e essa vitória por aqui, sem dúvida, é muito importante para a continuidade do projeto de governo petista que prioriza as classes menos favorecidas. Mas é importante lembrar que o partido cresceu em todo o país.

Essa consagração nas urnas não se deu de uma hora para outra. Como todos sabem, a luta para eleger Lula foi árdua, mas, eleito, o representante legítimo dos trabalhadores não decepcionou. O projeto de governo implementado por ele, que continua com o atual governo Dilma, tirou 30 milhões de brasileiros da miséria e permitiu que outros 40 milhões ascendessem socialmente.

Nos últimos anos conquistamos estabilidade para a economia, com crescimento e distribuição de renda e geração de empregos. Enquanto nos governos anteriores a política neoliberal aumentou o desemprego, cortou direitos e arrochou salários.

Mais que isso, nosso país passou a ter voz mundialmente e a fazer parte de uma agenda de nações que lutam por uma nova ordem, combatendo as discrepâncias econômicas e sociais entre os continentes e regiões, e tratando a sustentabilidade como um assunto estratégico.

O povo, democraticamente, nas urnas, deu ao PT o apoio que o partido precisava para dar continuidade à construção de um Brasil que seja forte economicamente e, acima de tudo, mais justo.

Diretoria Colegiada

CUT organiza atividades para o Dia da Consciência Negra

A Central Única dos Trabalhadores está organizando atividades em todo o  Brasil para celebrar o Dia da Consciência Negra. O objetivo é levantar questões pertinentes à data, como o combate ao preconceito e à violência.

Programação do Mês da Consciência Negra

Dia 20 de novembro:

–       Catedral da Sé, 10 horas: missa dedicada à juventude;

–       Marcha da Consciência Negra: concentração às 10 horas, na Paulista;

–       Lançamento do Programa Federal de Ações Afirmativas, no Museu Afro (Ibirapuera).

Dia 23 de novembro:

–       Cortejo de artistas, com saída do Sindicato dos Bancários (rua São Bento, 365), às 11 horas.

Dia 28 de novembro:

–       Seminário Negro Plural no Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Assédio no trabalho é maior entre mulheres, diz OIT

A mulher está mais sujeita ao assédio sexual em todas as carreiras. Dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho) indicam que 52% das mulheres economicamente ativas já sofreram assédio sexual.



O principal efeito que o assédio sexual produz no contrato de trabalho é a sua dissolução, através do pedido de demissão, abandono de emprego e rescisão indireta – quando a despedida ocorre motivada por ato danoso praticado pelo empregador, afirma a vice-presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministra Maria Cristina Peduzzi.



Os primeiros estudos realizados sobre o assédio no ambiente de trabalho tiveram início na década de 1980, quando o psiquiatra alemão Heinz Leymann publicou um pequeno ensaio científico, com base em longa pesquisa que pretendia demonstrar as consequências do assédio. Foram analisadas pessoas expostas a situações humilhantes no trabalho, provocadas tanto pela chefia, quanto pelos colegas.

O fenômeno do assédio foi identificado por Leymann com a expressão mobbing, que deriva do verbo inglês to mob e em português, significa maltratar, atacar, perseguir, sitiar. Foi também ele quem descreveu e analisou diferentes comportamentos hostis nas relações de trabalho, especificamente os que vitimavam os empregados.



“As características que hoje são utilizadas na configuração do assédio moral remontam aos estudos de Leymann, que identifica mais de 45 comportamentos” relata a ministra Peduzzi, em artigo publicado na Revista do TST (Tribunal Superior do Trabalho). Segundo o pesquisador, para caracterizar o assédio deve haver frequência nos atos praticados contra o empregado, ao menos uma vez por semana, durante pelo menos seis meses.



O assédio moral expõe os trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, levando a vítima a se desestabilizar emocionalmente. “Identifica-se a ocorrência de comportamentos comissivos ou omissivos que humilham, constrangem e desestabilizam o trabalhador, afetam a autoestima e a própria segurança psicológica, causando estresse ou outras enfermidades”, afirma a ministra Peduzzi, observando, ainda, que a maioria das ações que correm na Justiça do Trabalho por assédio moral são ajuizadas por mulheres.



Já o assédio sexual, na definição da OIT, são atos, insinuações, contatos físicos forçados, convites inconvenientes, que apresentem as seguintes características: condição clara para manter o emprego, influência em promoções na carreira, prejuízo no rendimento profissional, humilhação, insulto ou intimidação da vítima.



O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) o define como sendo a abordagem, não desejada pelo outro, com intenção sexual ou insistência inoportuna de alguém em posição privilegiada que usa dessa vantagem para obter favores sexuais de subordinados. O assediador oferece uma vantagem na empresa, ou ameaça demitir a vítima, por exemplo. Entretanto, o assédio sexual é difícil de ser comprovado pelo fato de envolver apenas duas pessoas: o assediador e o assediado. Sem contar que muitas vítimas, por receio, preferem o silêncio, com medo de perder o emprego, principalmente se dependem dele para seu sustento e o da família, e aí são inevitáveis consequências psicológicas, como a depressão.



Profissões de risco

De acordo com a advogada Sônia Mascaro Nascimento, existem profissões em que a mulher está mais sujeita ao assédio sexual por propiciarem a ação do assediador e serem exercidas em espaços privados, com pouca ou nenhuma profissionalização e com reduzido número de empregados, como acontece com as domésticas.



Outra profissão, segundo Mascaro, é o secretariado. “A facilidade do abuso decorre do fato de muitas vezes o trabalho da secretária ser solitário, o que a isola de outros setores da empresa, o que também gera sensação de isolamento e medo da denúncia”, afirma a advogada.





Mascaro destaca a complexidade de se fazer prova do assédio sexual, já que a vítima depende de testemunhos sobre condutas de mesma conotação cometidas contra outras trabalhadoras ou relatos sobre o nervosismo da vítima após reuniões, conversas ou o simples contato com o agressor. A advogada observa que e-mails, bilhetes e outros tipos de mensagem com “cantadas” ou convites para sair também servem como prova do assédio.



“A dificuldade de provar o assédio sexual e de punir o agressor também decorre da tolerância de nossa sociedade em face da agressão contra a mulher, vista muitas vezes como natural”, ressalta. Por conta disso, a maioria das mulheres tem medo de denunciar seus assediadores, ou por vergonha do ocorrido, ou por medo de que a culpa recaia sobre elas mesmas.



Um julgado recente do TST chamou a atenção da advogada, no qual um salão de beleza foi condenado a indenizar uma manicure, que sofreu assédio sexual do proprietário. Comprovou-se o assédio pelo depoimento dos colegas de trabalho que relataram os constrangimentos sofridos pela manicure, entre eles, os constantes elogios e comentários insinuantes do proprietário quando tocava as partes do corpo dela.



Crime

Somente na década de 1990, mais precisamente, é que as discussões sobre o assédio sexual começaram, mas foi em 2001 que a prática passou a ser considerada crime, pela Lei 10.224/2001, que acrescentou o item A no artigo 216 do Código Penal: constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função e determinou a pena, que é a detenção de 1 a 2 anos. Entretanto, só é válida se o agressor tiver posição hierárquica superior à da vítima, não se aplicando no caso de pessoas que exercem a mesma função.



Magistrados, doutrinadores e advogados são unânimes quanto ao fato de que comprovar o assédio sexual não é tarefa fácil e isso dificulta a propositura da ação, mas dizem que as provas obtidas por meio de gravações telefônicas, e-mails e testemunhas são válidas.



Política de combate ao assédio sexual

Atentas ao problema, grandes empresas têm adotado políticas antiassédio sexual ostensivas, esclarecendo seus empregados sobre a conduta delituosa e suas consequências por meio da assinatura de termos de compromisso e palestra sobre o tema. A preocupação se justifica ante as decisões judiciais que condenaram empresas a pagar indenizações por danos morais, por julgarem-nas corresponsáveis pelas atitudes de seus empregados.



Também preocupado com o problema, o MTE lançou em 2010 a cartilha “Assédio Moral e Sexual no Trabalho” com o intuito de conscientizar vítima e agressor sobre esses assédios, meios de identificá-lo, mas, acima de tudo como evitá-los.

Vagner encerra Encontro Nacional do Macrossetor Indústria da CUT destacando papel da organização no local de trabalho

O Encontro Nacional do Macrossetor Indústria da Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi encerrado no início da noite de sexta-feira (9) com uma conclamação do presidente Vagner Freitas para que o sindicalismo cutista priorize na sua ação a estruturação e fortalecimento das organizações no local de trabalho (OLT). “Base forte e organizada é essencial para defender a indústria nacional, o salário, o emprego e os direitos”, destacou.

“Estou chegando agora de Rondônia, onde participei de um momento extremamente marcante na construção da história do nosso país: a implantação da Comissão de Negociação Permanente na obra de Jirau com a posse aos companheiros eleitos. Daqui a 30 dias é a vez dos trabalhadores da Usina de Santo Antônio. É desta forma que vamos influenciar os rumos do desenvolvimento, acompanhando pari passu tudo o que está acontecendo, o que é essencial para garantir a melhoria das condições de vida e trabalho”, ressaltou Vagner.

O líder cutista lembrou que tais avanços não seriam possíveis sem que tivessem ocorrido grandes mobilizações, greves e enfrentamentos nos canteiros de obra das duas usinas, o que pressionou as empresas e o próprio governo federal para que efetivasse esta conquista. “No mesmo dia em que estávamos dando posse à Comissão, uma das terceirizadas não cumpriu o acordo e meteu uma greve na cacunda da empresa na margem esquerda do rio. Ou seja, mesmo com o acordo, senão temos uma peãozada forte e organizada, acumulando energia e protagonismo, as coisas não acontecem. Quem manda na CUT é a base”, ressaltou Vagner.

STF CONTRA A JUSTIÇA

Na avaliação do dirigente cutista, o Brasil vive um momento muito perigoso devido ao comportamento da “Suprema Corte, que joga fora todo o arcabouço legal” com a sua interpretação do “domínio do fato” no julgamento do chamado “Mensalão”. Na prática, destacou, querem criminalizar o PT e os movimentos sociais, à revelia dos fatos, “mas a legislação nos garante que enquanto não há prova contrária, você é inocente”. “Há um entendimento casuístico, pois a elite brasileira não suporta ver o país crescendo. Perceberam que respeitando as regras do jogo eles não ganham mais, então tentam mudar a regra. Na verdade, está havendo uma judicialização da política com regras de exceção”, condenou.

REUNINDO E UNINDO OS MACROSSETORES

O secretário geral da CUT e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, reiterou o significado do evento para um maior protagonismo dos trabalhadores do setor industrial, “estratégico para o desenvolvimento nacional”. Citando a representatividade do encontro, que reuniu as principais lideranças dos trabalhadores metalúrgicos, químicos, urbanitários, da construção, do vestuário e da alimentação, Sérgio reafirmou o compromisso da Central de fortalecer a articulação com as Confederações cutistas, a fim de aprimorar e potencializar a ação na base.

Durante o evento as lideranças cutistas debateram as medidas que vêm sendo adotadas pelo governo federal no âmbito do Plano Brasil Maior sobre política industrial e apontaram a necessidade da defesa das empresas nacionais, propondo medidas que garantam contrapartidas sociais e considerem a sustentabilidade ambiental, a geração de postos de trabalho decente e o apoio às micro e pequenas empresas. As propostas estão sendo sistematizadas e serão entregues oportunamente ao governo.

Na próxima segunda-feira, na capital paulista, terá início o Encontro Nacional do Macrossetor do Serviço Público. Para março estão previstos os encontros do Macrossetor Comércio, Serviço e Logística e do Macrossetor Rural.

Mulheres debatem prioridades para o próximo ano

As companheiras químicas se reuniram nos dias 10 e 11 de novembro no Encontro das Trabalhadoras Químicas que discutiu questões de gênero e definiu as bases do planejamento de atividades do próximo ano da Secretaria da Mulher Trabalhadora do Sindicato.

O encontro contou com a participação de representantes da CUT, Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico) e CNQ (Confederação Nacional do Ramo Químico) e palestras sobre Violência Doméstica e Saúde da Mulher , além de dinâmicas de grupo e debates sobre os temas.

As companheiras que participaram dessa atividade fizeram parte das atividades regionais que aconteceram ao longo do ano e tiveram a oportunidade de se preparar para a discussão final.

Segundo a coordenadora da Secretaria da Mulher,  Jaqueline Souza Silva, este encontro é importante para integrar a categoria. “Precisamos conhecer os problemas que as mulheres enfrentam nas empresas que trabalham para que possamos direcionar melhor a nossa luta e apontar soluções.”

Assembleia aprova pauta

Com a presença de mais de 500 trabalhadores, a assembleia decisiva da Campanha Salarial dos Químicos aprovou a pauta negociada pelo Sindicato.  O reajuste conquistado pela categoria foi de 7,8%, com 1,7% de aumento real.  Além das cláusulas econômicas, este ano foram discutidas da sociais, que foram renovadas por mais dois anos.

Confira os índices

Reajuste: 7,8% para salários até R$ 7.375,25  (1,7% de aumento real)

Salários acima de R$ 7.375,25 reajuste fixo de R$ 575,27

 

Piso: R$ 1.056,44 para empresas com até 50 trabalhadores – 7,8% de reajuste (1,7% de aumento real)

R$ 1.073,60 para empresas acima de 50 trabalhadores – 9,55% de reajuste (3,4% de aumento real)

 

PLR: R$ 787,00 para empresas com até 50 trabalhadores – 7,8% de reajuste (1,7% de aumento real)

R$ 830,00 para empresas acima de 50 trabalhadores – 13,7% de reajuste (7,3% de aumento real)