Vannuchi: veto à fórmula 85/95 pode levar governo Dilma a ‘desastre’
Para Paulo Vannuchi, analista político daRádio Brasil Atual, ao apreciar hoje (17) se sanciona a nova fórmula chamada 85/95 para as aposentadorias, em substituição ao fator previdenciário – que foi incluída pela Câmara na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 664 –, a presidenta Dilma vai optar entre as planilhas e cálculos econômicos do ministério da Fazenda, ou pelas propostas que chegam a ela por meio da CUT, um dos apoios fundamentais que garantiu sua vitória na eleição passada.
“Vetar (a fórmula) será a reafirmação de uma ruptura e de descumprimento da famosa frase ‘nem que a vaca tussa os direitos dos trabalhadores serão agredidos'”, frisa o analista. Além da posição da CUT e dos movimentos sociais, segundo Vannuchi, “amigos e companheiros” de Dilma também a aconselham pela aprovação da nova fórmula , como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Insistiram várias vezes junto a ela, de que a melhor saída não é vetar”, relata.
Vannuchi afirma que as medidas que compõem o ajuste fiscal não sinalizam para a tomada do crescimento e diz temer os crescentes desemprego e recessão, caso se confirmem as previsões dos analistas.
Em caso de veto da presidenta, Vannuchi avalia a perspectiva de o Congresso derrubar o veto como um “desastre”. Para ele, Dilma se veria “no pior dos mundos”, certamente tendo sua imagem associada a alguém que coloca a questão das contas públicas em primeiro lugar, em detrimento dos direitos sociais.
“Com mais lucidez e sensibilidade democrática, a posição de Dilma teria que ser de sancionar e, com o apoio da CUT e de outras centrais sindicais, mandar imediatamente um projeto de mudança constitucional, dialogando com o movimento sindical como um todo, para que o problema alegado do equilíbrio das contas na Previdência não comprometa as gerações futuras”, sugere o analista.
Confira o comentário completo para a Rádio Brasil Atual.