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Postado em: 15/03/2009 - 14h42 |

Trabalho escravo: enfim alguns condenados

Trabalho escravo ainda é uma realidade no Brasil. Um ato desumano a homens e mulheres que, sem ter como se defender, trabalham de sol a sol e não recebem nada e mal tem como se sustentar.

 

Um pouco dessa realidade começou a mudar. Em ato exemplar, esperado da Justiça brasileira por muitos anos, o Juiz Federal de Marabá, Carlos Henrique Borlido Haddad, despachou, em cinco de março, 32 sentenças em ações penais movidas por prática de trabalho escravo. Em 26 sentenças condenatórias, 27 pessoas receberam penas que variam entre três anos e quatro meses e 10 anos e seis meses de prisão, com média de cinco anos e quatro meses: são quase todos os proprietários do sul e sudeste do Pará, além de alguns gerentes e agenciadores de mão-de-obra. Outras oito pessoas, em seis ações, foram absolvidas.

 

As condenações só foram possíveis graças a fiscalizações do Ministério do Trabalho e Emprego, que entre 1999 e 2008, libertou cerca de 500 escravos (sendo 431 nas terras dos réus, condenados), em diversas atividades entre elas, desmatamento e carvoaria, em propriedades localizadas principalmente no Pará. Metade das denúncias feitas por trabalhadores fugitivos em busca de socorro.

 

“Essas condenações constituem uma verdadeira revolução no panorama de impunidade e provam que o trabalho escravo no Brasil ainda é grande, mas a justiça começa a ser feita”, reconhece o juiz de Marabá.

 O governo por sua vez, promete maior fiscalização em todos os Estados, principalmente na região Norte, que segundo pesquisa é a que mais sofre com trabalho escravo.