SINDICATO NO WHATSAPP

Notícias

Voltar
Postado em: 20/03/2013 - 13h15 | Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Trabalhador fica menos tempo na fila do emprego

Em 2003, o brasileiro ficava, em média, 17,8 semanas desocupado. O número de semanas em busca de uma nova colocação caiu para 12,4 em 2012, com declínio constante, mostram dados do IBGE obtidos pela Folha.



O gerente da Pesquisa Mensal de Emprego, Cimar Azeredo Pereira, diz que a procura mais breve está relacionada à maior rotatividade, num período em que a oferta de vagas e a renda cresceram.



Trabalhadores insatisfeitos têm mais confiança para buscar novas oportunidades. Foi o que aconteceu com Banzai. Após 12 anos na mesma empresa, decidiu sair. “Meu ciclo tinha terminado e eles souberam entender.”



O supervisor comercial conta que não teve medo de ficar desempregado. “Sempre me relacionei muito bem com clientes e concorrentes. Eles me falavam que, se um dia eu saísse de onde estava, tinha que procurá-los.”



O apoio da mulher, que trabalha, e o fato de não ter filhos ajudaram na decisão. Hoje, ele atua em uma importadora de acessórios para instrumentos musicais.



Menor Contingente

A redução da espera pelo emprego reflete também a queda do próprio contingente de desempregados.

“Há mais gente ocupada, menos pessoas disponíveis para ocupar novas vagas. Desse modo, quem procura emprego o encontra mais rapidamente”, afirma o especialista do IBGE.



A assistente financeira Amanda cadastrou o currículo em um site de seleção no início do ano. “Pesquisei as vagas e vi que tinha bastante opção, mas achava que ia demorar para me empregar. Fiquei surpresa com a rapidez. Achei que poderia ter problemas por ter filho pequeno, mas isso não aconteceu.”



Para ela, a experiência em multinacionais facilitou a recolocação, mas a remuneração foi um ponto negativo. “Há muitas vagas, mas a maioria tem salários baixos.”



Roberto Picino, diretor-executivo da empresa de recrutamento Page Personnel, diz que há mais oportunidades para profissionais de nível júnior que para cargos de chefia. Segundo o especialista, há atualmente áreas com forte carência de trabalhadores, como tecnologia, contabilidade com conhecimento em inglês, engenharia civil e planejamento financeiro.