Terceirização gera vagas de baixa qualidade, diz procuradora
A procuradora Carolina Mercante, do Ministério Público de Trabalho de São Paulo (MPT-SP), refutou a legitimidade das alegações de que regulamentar a terceirização contribuiria para gerar empregos no Brasil. Carolina, que também integra o Fórum Permanente em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização, defende que esse pensamento não considera a qualidade do emprego que será criado – citando, como exemplo, as propostas da candidata Marina Silva (PSB).
“O que o empresariado não diz é que esses empregos vindos da terceirização são precários. São menores os salários, é maior a jornada e é maior o número de acidentes. E o conteúdo do programa da candidata Marina Silva, em sintonia com o discurso do empresariado, de que a terceirização é modernizadora, aumentaria o desenvolvimento produtivo do país”, declarou a procuradora, indo ao encontro de estimativas do Dieese, segundo as quais trabalhadores terceirizados recebem 27,5% menos do que os empregados contratados diretamente.