Temer recorre a empresários para aprovar reforma da Previdência
O governo Michel Temer está desesperado para votar a reforma da Previdência mas como ainda não tem o quórum necessário, resolveu recorrer aos empresários.
Utilizando uma técnica tradicional do movimento sindical, passou uma lista com o nome dos 90 deputados indecisos para serem pressionados por empresários.
O novo texto do projeto de reforma da Previdência está previsto para entrar na pauta de votação da Câmara dos Deputados a partir do dia 19 de fevereiro. A estratégia de Temer foi revelada pela agência Reuters e demonstra claramente para quem esse governo trabalha. “Temer representa os empresários e o mercado financeiro. Seu objetivo é acabar com a Previdência pública e privatizar as aposentadorias” denuncia o presidente da CUT, Vagner Freitas.
O governo ainda não tem os votos suficientes e isso, segundo Vagner, é resultado do trabalho intenso e exitoso feito pelos sindicatos nas bases eleitorais dos deputados; e ao sucesso da greve geral de 28 de abril, a maior da história. “Nossa ação sindical barrou até agora a aprovação dessa medida, que não é uma reforma, é o fim da aposentadoria .E os deputados sabem que quem aprovar não volta para Brasília”.
O cálculo no Planalto hoje é de que 270 deputados estariam dispostos a votar pela reforma. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o governo ainda precisa convencer ao menos 38 parlamentares para alcançar a exigência mínima de 308 votos do total de 513 deputados. Se considerar a margem de segurança do governo – entre 320 e 330 deputados a favor da reforma -, a meta está ainda mais distante.
*Com informações da CUT.