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Postado em: 30/08/2016 - 13h07 | Redação

Temer não tem aprovação popular

Nas últimas semanas, grandes atos populares foram realizados de norte a sul do País e em todos o grito “Fora Temer” ecoou. Os trabalhadores perceberam que o golpe tramado pelo vice-presidente Michel Temer não é só contra a presidenta Dilma Rousseff, que sofre um processo de impeachment. O golpe articulado entre Temer e por uma maioria de congressistas conservadores é contra os direitos adquiridos dos trabalhadores. 

Ontem, dia  29 de agosto, enquanto a presidenta Dilma Rousseff apresentava sua defesa no Senado, do lado de fora, em Brasília, milhares de pessoas gritavam “Fora Temer!”. Durante o dia as manifestações se intensificaram em todo o País.   
 
O presidente interino Temer não tem aprovação popular. As medidas que adotou até o momento deixam claro que seu governo visa ao desmonte do Estado: privatizações de estatais, redução de investimento em saúde e educação, retirada de direitos dos trabalhadores, desemprego e arrocho salarial. Os trabalhadores já perceberam que esse governo não prioriza os trabalhadores. 
 
A CUT também se posicionou e divulgou um plano de lutas para o segundo semestre, onde diz: “Não assistiremos calados à redução do papel do Estado como indutor do desenvolvimento, não aceitaremos o corte de recursos destinados às políticas públicas e rejeitamos a privatização que está sendo feita de serviços essenciais, como saúde e educação. Também lutaremos contra a entrega do Pré-Sal à rapina de petrolíferas internacionais”. O documento lembra ainda que a CUT nasceu lutando contra a ditadura e continuará nas ruas para resistir ao golpe. 
Na semana anterior, outras manifestações ocorreram em São Paulo.  No dia 16 de agosto, os trabalhadores se reuniram na avenida Paulista, em frente à Fiesp. Categorias com data-base no segundo semestre como químicos, petroleiros, bancários e metalúrgicos engrossaram a manifestação. 
 
Na noite de 23 de agosto, em Ato contra o Golpe, em Defesa da Democracia e dos Direitos Sociais, realizado em São Paulo, na Casa de Portugal, a presidenta Dilma Rousseff conclamou: “Vamos todos juntos resistir”. Em discurso de cerca de meia hora, ela disse: “É importante chamar os fatos e as ações pelo verdadeiro nome. Isto é um golpe. Porque acredito na democracia, que teremos que evitar que esse impeachment sem crime de responsabilidade seja um mal maior.”
 
Segundo a presidenta, “resistir e lutar” são as palavras que devem nortear as ações da sociedade civil comprometida com a defesa da democracia. “Nós viemos de 20 anos de ditadura, ganhamos e achamos que estávamos bem. Mas temos que lutar todos os dias”, concluiu. De acordo com a presidenta, os movimentos sociais e os partidos progressistas foram capazes de se organizar e fazer uma grande resistência pela democracia, e isso é muito positivo.