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Postado em: 21/10/2014 - 12h47 | Redação

Sindicatos realizam ato em defesa dos bancos públicos

Um ato em defesa dos bancos públicos brasileiros foi realizado na tarde de ontem (20), em São Paulo, organizado por lideranças sindicais e políticas. A manifestação ocorreu como resposta a Armínio Fraga, aliado do candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) – e provável ministro da Fazenda em caso de vitória deste –, que declarou que os bancos públicos atrapalham o desenvolvimento do país. Para Vagner Freitas, presidente da CUT, essa visão objetiva apenas beneficiar os grandes empresários e as instituições financeiras privadas.

“Na crise de 2008, se não fosse os bancos públicos para manter a oferta de crédito, o país teria entrado em recessão. E aí todo mundo sofreria com desemprego, inflação, falta de crédito”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários e de São Paulo, Osasco e Região. Concordando com essa linha de pensamento, o ex-presidente Lula, em entrevista à Revista do Brasil, afirmou que o “Banco do Brasil, a Caixa, o BNDES não deixaram este país entrar na bancarrota. Eles querem acabar com eles. Na nossa visão de Estado, os bancos públicos têm um papel extraordinário de equilíbrio no mercado financeiro”.

Outro ponto lembrado no evento foi a possibilidade de privatização dos três bancos públicos, pois, embora Aécio diga que irá “profissionalizar” as instituições, os manifestantes recordaram que, ao assumir o governo de São Paulo, Mario Covas (também do PSDB) enviou uma carta aos funcionários do Banespa usando o mesmo termo para garantir que o banco seguiria sob gestão do estado – porém, após eleito, realizou a privatização.