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Postado em: 09/11/2011 - 11h53 | Redação

Sindicato participa de ato por transparência na política

Na última quinta-feira, dia 27 de outubro, aconteceu uma manifestação na Assembleia Legislativa de São Paulo pela transparência no governo de São Paulo, que tem denúncias não apuradas de pagamento de propina para a aprovação de emendas. O ato foi organizado pela CUT São Paulo e pela CMP (Central de Movimentos Populares) e contou com a participação de sindicatos filiados à central, além de movimentos sociais e populares.  O Sindicato dos Químicos de São Paulo também  estava presente, reforçando as reivindicações de transparência dentro do governo de São Paulo.

O objetivo da manifestação, que lotou a Assembleia Legislativa com mais de 700 companheiros, era pressionar os deputados estaduais a assinarem o requerimento para a abertura da CPI para apurar as denúncias de propinas recebidas pelos políticos ao aprovarem determinadas emendas.

Apesar da forte pressão exercida pela manifestação, o pedido de CPI ainda não pode ser entregue à Assembleia, pois deputados se recusaram a assinar o requerimento (são necessários pelo menos 32 assinaturas de deputados). Apesar da tentativa da alta cúpula do governo estadual de encobrir essas denúncias, os movimentos sociais e sindicatos continuarão na luta por transparência e que os culpados sejam punidos.

Entenda o caso

Há mais de um mês, o deputado Roque Barbieri (PTB) divulgou graves denúncias sobre vendas de emendas dentro da Assembleia Legislativa, além de desvios de recursos, prática (segundo suas afirmações) que atinge de 25 a 30% dos parlamentares. Porém, o deputado não apresentou nenhuma evidência ou apontou nomes.

Dias depois, o deputado licenciado do PSDB, e atual secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, deu uma entrevista que aumentou as suspeitas de que a prática realmente acontece e é mais comum do que se imaginava. Ele relatou que quando ainda ocupava o cargo de deputado estadual, um prefeito ofereceu a ele R$5 mil depois que uma emenda orçamentária foi aprovada.

O político, ao invés de denunciar a prática ao Ministério Público ao à Polícia, ele orientou o prefeito a doar esse dinheiro a entidades beneficentes. Após grande polêmico com essa declaração, Bruno Covas falou que se tratava de uma situação hipotética, de como reagiria se o dinheiro fosse oferecido a ele.

 

Não houve qualquer tipo de reação dentro da Assembleia Legislativa para apurar essas denúncias e pedir que Bruno Covas (PSDB) esclarecesse o caso. Continuaremos na luta para que o Conselho de Ética investigue e acabe com práticas como essas.