SINDICATO NO WHATSAPP

Notícias

Voltar
Postado em: 10/06/2006 - 10h52 | Redação

Sindicalistas de todo o país participam em São Paulo do 9º Concut

No palácio das convenções do Anhembi, de seis a nove de junho, mais de 2600 sindicalistas de todo o Brasil se reúnem no 9º Concut (Congresso nacional da CUT), representando 22 milhões de trabalhadores dos setores privado e público e trabalhadores rurais. O estado de São Paulo tem uma das maiores delegações: são 530 delegados.

Para o presidente da CUT estadual e diretor deste Sindicato, Edílson de Paula, “Entramos na onda verde amarela da copa do mundo; depois entraremos no clima eleitoral, no qual teremos papel importante na escolha de candidatos comprometidos com a classe trabalhadora”.

Edílson destaca que uma das tarefas do 9º CONCUT é a discussão e elaboração de um projeto para os trabalhadores e afirmou que o presidente Lula tem desenvolvido um governo com essa preocupação. “A valorização do poder de compra do salário mínimo, o investimento em programas sociais que ajudaram a reduzir a pobreza e a abertura de um canal de negociação com os movimentos sociais são algumas das características que mostram que o presidente Lula tem compromisso com os trabalhadores”.

CUT e movimentos sociais podem derrotar neoliberalismo
A primeira conferência do 9º Concut foi feita por dois dos maiores teóricos da esquerda na atualidade. Antônio Negri, filósofo italiano, professor da Universidade de Pádua (Itália) e Emir Sader, sociólogo brasileiro, coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Rio de Janeiro.

Negri, um dos fundados do partido comunista na Itália, destacou que o movimento operário na França conseguiu fazer a sua revolução, em 1789, por meio da unificação das lutas dos sindicatos e dos movimentos sociais. “No Brasil, o movimento operário vem desenvolvendo um processo de ruptura contra o neoliberalismo enraizado na América Latina”, conta.

América Latina
Para o sociólogo Emir Sader a América Latina em três anos não será mais a mesma. “Esse é o continente que mais tem resistido aos ataques do neoliberalismo. Um caso recente é o da Bolívia que conquistou a sua independência, ao anunciar direito de nacionalizar seu próprio gás”.

A CUT tem um papel fundamental e deve se articular com as entidades sindicais da América Latina, por exemplo, da Argentina e México, para trocas de experiências e para estudar maneiras de combater o neoliberalismo, observa Emir Sader. “Outros desafios são resgatar o enorme contingente de jovens brasileiros que hoje estão sem trabalho e perspectivas de futuro, bem como continuar o combate a todas as formas de precarização nas relações de trabalho”, finaliza.