Setor farmacêutico cresce mesmo em tempos de crise
A venda nominal total do setor farmacêutico teve um crescimento de 12,6% em 2016, passando de R$ 44,7 bilhões para R$ 50,3 bilhões no período. Os dados são do próprio Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo), que atribui o bom desempenho ao envelhecimento da população, ao maior número de usuários de planos de saúde, maior acesso a tratamentos médicos e ao ritmo acelerado de lançamentos de novos medicamentos.
O setor também gerou empregos. No acumulado do ano – de janeiro a dezembro de 2016 –, os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) revelam que nos municípios que compõem a base do Sindicato houve saldo positivo de 178 vínculos de trabalho.
Os funcionários do setor farmacêutico, com data-base em 1º de abril, começam a organizar a Campanha Salarial 2017, que este ano negocia as cláusulas sociais e econômicas. “As discussões ainda estão em fase inicial, mas estamos preparados para o discurso dos patrões, que deve, sem dúvida, se apropriar da falácia de crise para tentar jogar a campanha para baixo”, avalia Adir Gomes Teixeira, secretário de Organização do Sindicato.
A estimativa de inflação acumulada em 1º de abril de 2017, referente aos doze meses anteriores, é de 5,02%, de acordo com o INPC/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A Campanha Salarial do setor farmacêutico é coordenada pela Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico) e abrange sete sindicatos – São Paulo, ABC, Campinas, Osasco, Vinhedo, Jundiaí e região e São José dos Campos e região. Em breve os sindicatos devem se reunir para discutir uma proposta de pauta unificada.