Setembro Amarelo este ano também é contra demissões, pressão e assédio
O mês de setembro é marcado pela campanha de conscientização “Setembro Amarelo” que acontece desde 2015 no Brasil e visa conscientizar as pessoas sobre a prevenção ao suicídio.
A campanha é da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro de Valorização da Vida (CVV), mas também faz parte da agenda de ações da CUT que atua para garantir a saúde do trabalhador sensibilizando a todos quanto a promoção da saúde mental.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio em algum lugar do planeta. No total, são cerca de 800 mil mortes por ano. Cerca de 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais como depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias.
A secretária nacional de Saúde do Trabalhador da CUT, Madalena Margarida da Silva, diz que muitos casos de depressão e suicídio estão ligados ao trabalho e que neste momento, devido a pandemia, o desemprego e a crise economica, o trabalhador fica ainda mais suscetível ao adoecimento.
Segundo dados divulgados em 2016 pela OMS, cerca de 80% dos óbitos provocados por suicídio registrados são identificados em nações de renda média ou baixa e a maioria dos casos acontece em zonas rurais e agrícolas.
O trabalho é necessário e um direito de todos, mas o atual cenário político-social não tem garantido condições dignas para os trabalhadores, complementa a secretária nacional de Saúde da CUT.
Para Madalena, a precarização das relações de trabalho devem ser pautas urgentes nos sindicatos, já que estão intimamente ligadas com questões relacionadas à saúde dos profissionais.
*Com informações da CUT