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Postado em: 19/10/2020 - 14h25 | Redação

Seminário organizado pelo PT discute reconstrução do país

O seminário Reconstruir e Transformar o Brasil, realizado ontem pela Fundação Perseu Abramo (FPA) e pelo PT discutiu propostas  e um plano de reconstrução para tirar o país da crise econômica em que se encontra, garantindo mais emprego, renda e justiça social.

Políticas públicas para a agricultura familiar e segurança alimentar, aquisição de alimentos, formação de estoques, crédito e investimento em infraestrutura foram algumas das medidas apresentadas durante o encontro e  consideradas fundamentais para recolocar o país no caminho do desenvolvimento.

“A falta de controle de estoque de alimentos regulado pelo Estado, a existência de um Plano Safra exclusivo para o agronegócio, bem como os vetos às medidas de apoio e fortalecimento da Agricultura Familiar e Camponesa, que é responsável em produzir comida de verdade, é o que tem piorado a situação de fome no Brasil”, diz manifesto divulgado na semana passada por várias entidades. Entre elas, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), cujo presidente, Aristides Veras dos Santos, participou do debate.

O presidente da Contag apontou fatores como a alta demanda por alimentos, associada ao apoio insuficiente à agricultura familiar, além da falta de planejamento nos estoques, como fatores que encarecem os produtos.

O sociólogo Clemente Ganz Lúcio, que é  coordenador do Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas de Trabalho (Napp-Trabalho) da FPA, observou que é o auxílio emergencial que vem evitando “uma queda mais acentuada da atividade econômica”.

De acordo com ele, a crise sanitária ampliou a crise no mercado de trabalho que já vinha se caracterizando por aumento da informalidade e da precarização.

O momento exige investimento público, defendeu Clemente, como forma de “recolocar o país numa trajetória de crescimento”. Além disso, apoio a micro e pequenas empresas, “responsáveis por mais de dois terços das ocupações”. É preciso repensar o papel do Estado, com uma “dinâmica suficiente para enfrentar uma economia que está travada”. Isto é, medidas macroeconômicas, orçamentárias e de apoio ao desenvolvimento.

*Com informações da Rede Brasil Atual