Segurança domina debate em SP
O tema mais discutido no debate da Rede Record foi a Segurança Pública. Na noite de segunda-feira (20), o candidato do PT, Aloizio Mercadante responsabilizou a gestão do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin (2001-2006) pela “maior rebelião da história dos presídios em São Paulo e o maior ataque que uma facção já fez”.
Alckmin respondeu às críticas com dados e informações relativas ao tema, afirmou que 40% dos presos trabalham e 20% estudam. “Se o Brasil reduziu um pouco a criminalidade, deve a São Paulo”. Mercadante ironizou “Ele falou que os presos trabalham. Trabalham no PCC, que é quem comanda a segurança em SP. Foi na sua gestão que houve as rebeliões.”
O debate foi morno e sem muitos confrontos diretos, os melhores colocados nas pesquisas, Mercadante e Alckmin, repetiram as “dobradinhas” informais de debates anteriores. Alckmin fazia perguntas a Fabio Feldmann (PV) para “levantar sua bola”, enquanto o petista repetiu a estratégia de atacar a gestão do PSDB com o concorrente Celso Russomanno (PP).
Outro tema bastante comentado pelos candidatos foi a educação em São Paulo. Paulo Búfalo (Psol) criticou o arrocho salarial dos professores do estado. Mercadante, Russomanno (PP) e Skaf (PSB) afirmaram que vão eliminar a progressão continuada e defendem que na realidade ela funciona como uma aprovação automática. Já Alckmin afirmou que o governo atual investe 30% em educação.
Mercadante reclamou novamente (como já havia feito em debates anteriores) que Alckmin não lhe faz perguntas e só o ataca no horário eleitoral. “Nós vamos ter um debate no segundo turno. Temos pouco espaço na imprensa para mostrar nossas propostas. O eleitor está votando em dois projetos que polarizam o País. A campanha do meu adversário me ataca todos os dias. Nós (do governo Lula) colocamos R$ 9 bi no metrô e na CPTM. Eles é que são lentos”, afirmou. O candidato do PSDB replicou dizendo que não faz nenhum ataque e sim “fala a verdade”.
Os candidatos Paulo Búfalo e Paulo Skaf disputaram para definir quem era o” verdadeiro socialista”. Búfalo chamou Skaf de “camarada”, arrancando risos da plateia, e o questionou sobre a incoerência de um empresário se dizer socialista. Skaf respondeu que defende o “socialismo do século 21”, que busca dar oportunidade às pessoas e que é por isso que acredita na educação. “Nada é mais socialista que uma empresa moderna”, cravou o candidato do PSB.
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