Saiba por que o aumento no combustível não provoca inflação
Reajuste no preço dos combustíveis é sempre um tema difícil de tratar, pois seu impacto se espalha por vários setores da sociedade e atinge principalmente o consumidor. Antes do aumento de 6,6% na gasolina e de 5,4% no diesel, para encher o tanque de um carro com 50 litros, a preço de R$2,449 o litro, gastava-se R$ 122,45. Agora, para encher o mesmo tanque, o consumidor irá gastar R$ 130,53, ou R$ 8,08 a mais.
Esse reajuste irá elevar o custo final das operações nos setores de transporte rodoviário e agrícola, já que mais da metade de tudo que é produzido no País é levado por caminhões.
O problema é que este custo será repassado ao consumidor, pressionando a inflação.
O governo, porém, alega que há mais de oito anos segurava o reajuste e ele foi necessário para que a Petrobras retome sua capacidade de investimentos, pois a empresa operava com preços defasados.
A equipe econômica alega também que a redução na tarifa de energia elétrica anunciada no início do ano irá baixar em até 0,65 pontos percentuais os próximos índices de inflação.
Como o impacto do reajuste do combustível sobre a inflação deve ser de até 0,19 pontos percentuais a mais, a pressão inflacionária não irá comprometer a economia neste momento de retomada do crescimento do País.