Reinauguração do Clube de Campo homenageia Virgílio
Dias após o Ministério Público ter encontrado a vala onde podem estar os restos mortais de Virgílio Gomes da Silva, o Sindicato promoveu uma homenagem ao companheiro reinaugurando o Clube de Campo com o nome desse grande lutador.
A reinauguração aconteceu no domingo, dia 12 de dezembro e contou com a presença de familiares do Virgílio, a viúva Dona Ilda Martins da Silva e a filha mais nova do casal, Isabel. Compareceram também: Marcelo Zelic, vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, Ivan Seixas, presidente do Condepe (Conselho Nacional de Direitos da Pessoa Humana) e Adriano Diogo, deputado estadual, além de mais de 300 trabalhadores da categoria e seus dirigentes.
Osvaldo Bezerra, o Pipoka, coordenador da Secretaria de Administração e Finanças do Sindicato acredita que atividades como essa é essencial para a categoria. “É muito importante que os trabalhadores, principalmente os jovens, conheçam e se inspirem com a história de vida de Virgílio”. E Pipoka adianta: “Essa atividade, além de homenagear Virgílio, marca o início do Núcleo de Direitos Humanos do Sindicato dos Químicos”.
Devido a grande emoção, Dona Ilda preferiu não se pronunciar, e em seu lugar, a filha Isabel deu um depoimento muito emocionado. “Eu quero dizer a vocês que o meu pai não está mais desaparecido e eu fico muito feliz em poder dizer isso depois de 40 anos. Tenho certeza que sem a ajuda do Sindicato nada disso estaria acontecendo.”
Na ocasião o dirigente do Sindicato e vereador, Francisco Chagas, entregou à Dona Ilda o documento que concede a Virgílio o título de Cidadão Paulistano “In Memorian”, em mais uma homenagem ao companheiro. Para encerrar a cerimônia de homenagens, todos foram convidados a ir ao lado de fora do salão e puxar o véu que escondia um totem com o rosto do Virgílio e que continha também algumas palavras referentes à memória do companheiro.