Redução do auxílio emergencial joga milhões na linha de pobreza
Desde setembro, quando Bolsonaro reduziu pela metade o valor do auxílio emergencial -de R$ 600 para R$ 300-, aumentou o número de brasileiros na linha da pobreza e em situação de miséria.
O número de pessoas vivendo em situação de pobreza aumentou em mais de 8,6 milhões entre agosto e setembro e mais de quatro milhões de pessoas caíram para linha da miséria no mesmo período, revelam cálculos sobre o peso da redução do auxílio emergencial no bolso dos brasileiros feitos pelo economista Daniel Duque, pesquisador da área de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), segundo reportagem publicada no Estadão.
O economista, que analisou dados de outubro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), divulgados na terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disse ao jornal que “o pior momento vai ser em janeiro (de 2021)”, se referindo ao fim do pagamento do benefício, que vai até 31 de dezembro deste ano.
De acordo com a reportagem, pelos números pesquisados por Duque, a população vivendo na extrema pobreza saltou de 5,171 milhões, em agosto, para 9,251 milhões em setembro – um aumento de cerca de 4,080 milhões. Já o total de brasileiros vivendo na pobreza subiu 38,766 milhões para 47,395 milhões – um aumento de 8,6 milhões