Químicos decidem antecipar Campanha Salarial
Durante o seminário promovido pela Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico de São Paulo), no dia 13 de agosto, em Cajamar, os dirigentes dos cinco sindicatos que negociam conjuntamente discutiram a conjuntura política e econômica e avaliaram a importância de antecipar as negociações com a bancada patronal para o mês de setembro.
Com data-base em 1º de novembro, há alguns anos, os químicos vêm tentando puxar as negociações para o mês de setembro, com o objetivo de negociar juntamente com outras categorias fortes, como bancários e metalúrgicos. “A princípio só estamos antecipando as negociações. Mas o objetivo da categoria é, a partir do próximo ano, tentar antecipar data-base para o mês de setembro, fortalecendo a luta por melhores salários e garantindo a reposição das perdas dois meses antes”, afirma Osvaldo Bezerra, o Pipoka, coordenador-geral do Sindicato.
As negociações deste ano envolvem as cláusulas econômicas e as sociais. Para definir as bandeiras de luta e o índice de aumento real a ser reivindicado, o Sindicato está chamando os trabalhadores para uma assembleia no dia 29 de agosto, sexta-feira, às 19h, na sede da entidade (Rua Tamandaré, 348 – Liberdade).
Durante o seminário de avaliação da Fetquim, o Dieese apresentou uma estimativa de inflação para novembro em torno de 7% e lembrou que nos últimos dez anos a categoria conquistou mais de 20% de aumento real. “Queremos continuar garantindo um bom índice de aumento real. Além disso, vamos retomar negociações importantes, como a licença-maternidade de 180 dias, a redução da jornada e a luta contra as terceirizações, dentre outras importantes bandeiras”, diz Pipoka.
Químicos, petroleiros, metalúrgicos e bancários são algumas das principais categorias com data-base no segundo semestre. No total, são mais de 900 mil trabalhadores. Na categoria química, sete sindicatos negociam conjuntamente – São Paulo; ABC; Campinas, Osasco e Vinhedo; Jundiaí e região; e São José dos Campos e região – e, juntos, somam 180 mil trabalhadores.