Químicos aprovam renovação da Convenção Coletiva
Em assembleia realizada na última sexta (19), os trabalhadores do setor químico aprovaram a renovação do acordo coletivo da categoria por mais dois anos, mantendo todas as cláusulas sociais e garantindo a reposição da inflação do último período.
A única rodada de negociação realiza com a bancada patronal ocorreu em 9 de outubro e a conversa foi bem difícil. “A luta de todos os sindicatos envolvidos nesta negociação foi para garantir os direitos já adquiridos dos trabalhadores e proteger a categoria da nova legislação trabalhista, em vigor desde o ano passado”, explicou o coordenador geral do Sindicato, Osvaldo Bezerra.
O dirigente também salientou a dificuldade do momento atual, véspera de uma eleição, com um candidato da extrema-direita disputando o pleito. “Estamos num período pré-eleitoral bastante conturbado e não sabemos o que virá pela frente. Garantir nossos direitos, neste momento, é uma grande vitória. Se Bolsonaro vencer as eleições a situação dos trabalhadores deve piorar ainda mais”, avaliou Bezerra.
Confira os avanços
Reajuste salarial
INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) integral até o teto. O INPC deve ser divulgado no início de novembro, mas a previsão é de que que feche em aproximadamente 3,96%.
Salário normativo (piso salarial) será corrigido pelo INPC
PLR mínima
– Até 49 trabalhadores: R$ 1.000
– Acima 50 trabalhadores: atual R$1.110
Teto para reajuste
O teto do reajuste (atualmente R$ 8.200) também será corrigido pelo INPC
Cláusula Gestantes e Lactantes
Nova redação garante ambiente e condições de trabalho adequadas ao período gestacional
Manutenção da atual Convenção Coletiva por dois anos (24 meses)
Manutenção do Grupo Bipartite de trabalho para discutir pontos polêmicos