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Postado em: 19/11/2015 - 15h23 | Redação

Químicos apoiam alunos e professores na luta por educação

A disputa entre alunos da rede pública e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ganhou os noticiários. Pais, alunos e professores se opuseram desde o início à medida de reorganização escolar proposta pelo governador, que previa o fechamento de, pelo menos, 94 escolas. “ Fechar escolas e não esclarecer à sociedade os porquês seria por si só um crime contra a juventude”, critica Hélio Rodrigues, diretor do Sindicato.

 
Na luta pela educação, alunos começaram a ocupar suas escolas. O governador Alckmin teve como primeira resposta às ocupações das unidades de ensino a presença da polícia militar, que, de forma usual, reprimiu alunos e professores, com casos de uso de gás de pimenta e prisões. “O resultado são sessenta escolas ocupadas e um clima de guerra criado pela falta de diálogo peculiar do governo do PSDB. Alckmin vai na contramão do que a sociedade precisa e quer reduzir o investimento na educação”, analisa Hélio Rodrigues.
 
O diretor repudia a medida de fechamento das escolas, por entender que ela prejudica os alunos. Muitos estão com medo de serem realocados em unidades longe de suas casas e que não têm como se deslocarem até lá. “As consequências já sabemos e sentimos na pele, pobre é obrigado a ficar mais pobre e criminalizado por conta da falta de oportunidades”, critica.
 
Recentemente, a Justiça suspendeu a ordem de reintegração de posse para duas escolas. Em contrapartida, Alckmin entrou com uma liminar para suspender imediatamente a medida.  Com o avanço de conquistas dos alunos, o governador se vê cada vez mais pressionado. Mesmo assim, o número de escolas ocupadas aumenta cada dia mais.  
 
“Todo apoio aos estudantes, professores e pais que utilizam a educação pública. Proponho que seja criado, em caráter emergencial, um comitê de apoio aos estudantes que até o momento já ocuparam sessenta escolas”, declara Hélio.