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Postado em: 09/09/2010 - 11h49 | Agência Brasil

Queda menor nos preços dos alimentos contribui para aumento da inflação oficial

Os preços dos alimentos e das bebidas tiveram uma queda de 0,24% em agosto deste ano. A redução foi menor do que a registrada no mês anterior (0,76%). A queda menor dos preços dos alimentos foi uma das principais responsáveis pela alta de 0,04% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contra o 0,01% registrado em julho.

Segundo o IBGE, os alimentos vêm sendo os principais responsáveis pelo resultado do IPCA neste ano. Nos cinco primeiros meses do ano, altas nos preços desse grupo puxaram a inflação para cima. Em junho, a queda de 0,90% contribuiu para o resultado do IPCA, que não apresentou variação.
 
Desde então, as reduções de preços foram menores. Em julho, a queda dos alimentos foi de 0,76% e o IPCA subiu para 0,01%. Em agosto, a queda diminuiu para 0,24% e o IPCA aumentou para 0,04%.
 
De acordo com o IBGE, as chuvas do início do ano prejudicaram as safras e aumentaram os preços dos alimentos até maio. Com o fim das chuvas, os preços caíram. Em agosto, segundo o IBGE, os alimentos no Brasil foram influenciados pela seca e pela alta nos preços de produtos como o trigo e a soja no mercado internacional.
 
“O que se evidencia neste último mês é que alguns alimentos mostraram alta em função da seca, que pode já estar prejudicando algumas lavouras, embora isso não esteja sendo medido. Temos também a seca na Rússia, que está prejudicando a lavoura lá e fazendo com que a demanda de produtos alimentícios do Brasil seja reforçada”, disse a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
 
Em agosto, houve altas nos preços do alho (9,77%), óleo de soja (2,67%), pão de forma (2,31%), de carnes (2,11%), do pão francês (1,08%), das frutas (1,07%), do pescado (0,98%), frango (0,82%), da cerveja (0,76%) e refeição fora (0,55%).
 
Entre os grupos de despesas, a maior alta de agosto ficou com educação (0,44%), seguida por saúde e cuidados pessoais (0,26%), habitação (0,23%), despesas pessoais (0,20%) e vestuário (0,17%). As quedas ficaram por conta dos artigos de residência (-0,31%), transporte (-0,09%) e comunicação (-0,03%), além de alimentos e bebidas.
 
Analisando-se o IPCA acumulado dos últimos 12 meses, é a primeira vez neste ano em que a inflação fica abaixo do centro meta de inflação de 4,5%, com a taxa de 4,49% registrada de setembro de 2009 a agosto de 2010.