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Postado em: 01/08/2011 - 00h00 | Diretoria Colegiada

Qualquer meta de trabalho tem que levar em conta a saúde do trabalhador

 

O jornal Folha de S. Paulo publicou em 25/7 matéria que apresenta a “pressão por metas” como a principal causa de acidente ocorrido na Braskem, unidade de Maceió (AL). Conforme a matéria, o Ministério Público do Trabalho apontou que a empresa funcionava em situação de risco, ignorando a segurança com objetivo de obter mais resultados. As metas citadas são necessárias para o recebimento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

A notícia confirma a política de saúde defendida há muito tempo pelo Sindicato dos Químicos de São Paulo. Qualquer meta que inclua a  possibilidade de o trabalhador adoecer ou correr qualquer risco não é aceitável. O Sindicato entende que incentivos podem ser criados, mas todos devem ter como critério indispensável a segurança dos trabalhadores.

Nossa Convenção Coletiva estabelece um valor mínimo para pagamento de PLR. Organizamos os trabalhadores para conquistar valores maiores e que sejam proporcionais aos ganhos das empresas. Com isso, pretendemos uma melhor distribuição dos lucros, afinal, são os trabalhadores os atores principais da produção de riquezas no país.

Defendemos melhores salários. A aplicação de metas que comprometem a segurança do trabalhador é, antes de tudo, a forma mais questionável de exploração. A PLR existe para dividir o lucro e não para ser utilizada como mais uma ferramenta de exploração. A PLR não pode ser uma arma capitalista contra os trabalhadores!

O fato ocorrido é exemplar e reforça a necessidade de trabalhadores e do movimento sindical se prepararem contra possíveis armadilhas. Disfarçada de prêmio, a PLR deve ser discutida de forma diferente. É apenas o pagamento de lucros que a empresa obteve e que deve ser redistribuído. A sutileza com que é utilizada consegue maquiar uma realidade de exploração que devemos combater.