Produtividade cresce mais que rendimentos, aponta OIT.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os salários, mundialmente, mantiveram a tendência de crescimento em 2013, porém, em um ritmo menor na comparação com o período pré-crise – ano passado, o aumento foi de 2%; antes da crise, o índice atingia 3%. Outro ponto destacado pela entidade é que a produtividade está se elevando acima dos rendimentos dos trabalhadores. “O crescente desajuste entre salários e produtividade se traduz em uma proporção cada vez menor do Produto Interno Bruto (PIB) destinada ao trabalho, enquanto uma proporção cada vez maior vai para o capital”, enfatiza a organização.
Citando o Brasil, o relatório da OIT ainda destaca a redução da desigualdade na América Latina, pontuando, contudo, que o estancamento dos salários ameaça o processo de distribuição de renda. “Como a desigualdade em geral é sobretudo uma consequência da desigualdade de salários, é necessário adotar políticas de mercado do trabalho para enfrentá-la”, afirma a diretora geral adjunta para Políticas da organização, Sandra Polaski, sugerindo que os governos adotem ações como “políticas sobre o salário mínimo, fortalecimento da negociação coletiva e eliminação da discriminação”.