Produção industrial cai 18,8% em abril
A produção industrial brasileira registrou queda de 18,8% no mês abril na comparação com março. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), essa é a queda mais intensa da indústria desde o início da série histórica, em 2002, e o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando uma perda de 26,1% no período. O número reflete os impactos do isolamento social iniciado em meados de março.
A maior queda foi na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, que despencou 88,5%. No mês anterior, a atividade de veículos já tinha recuado 28,0%. Em dois meses de perdas, a atividade de veículos encolheu 91,7%.
Outras contribuições negativas sobre o total da indústria foram de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-18,4%), metalurgia (-28,8%), máquinas e equipamentos (-30,8%), bebidas (-37,6%), produtos de borracha e de material plástico (-25,8%), produtos de minerais não-metálicos (-26,4%), produtos de metal (-26,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-33,8%), outros equipamentos de transporte (-76,3%), couro, artigos para viagem e calçados (-48,8%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-37,5%), produtos têxteis (-38,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-26,0%), outros produtos químicos (-7,3%), produtos diversos (-30,6%) e móveis (-36,7%).
Na direção oposta, o setor de perfumaria, sabões e produtos de limpeza avançou 1,3%, o setor de alimentos cresceu 3,3% e os produtos farmacêuticos avançaram 6,6%.