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Postado em: 13/07/2012 - 09h41 | Redação

Pochmann defende comunicação e formação sindical

O presidente licenciado do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), professor Márcio Pochmann, presente no 11º Concut, defendeu a comunicação e a formação sindical como armas da classe trabalhadora na luta pelo desenvolvimento nacional com distribuição de renda e pela valorização do trabalho.

Para o professor a qualificação dos dirigentes é essencial para a luta contra a visão “alienada, individualista e privatista” que contamina boa parte das relações sociais, principalmente entre a chamada “nova classe média”. Ele explica que a ascensão dessa classe é resultado de um processo de alargamento da classe trabalhadora e sua súbita incorporação ao mercado de consumo se deu via políticas públicas, mas sem a intervenção direta das representações de interesse – como os Sindicatos, organizações de moradores e estudantis. “As percepções desse grupo são ainda muito despolitizadas e estão em disputa”, alerta.  

Do ponto de vista dos trabalhadores isso se confirma nas taxas de sindicalização: o país saiu de um patamar de 32% de sindicalizados, em 1989, reduzido pelo neoliberalismo a 16,5% em 1999, e chegando, atualmente, apesar da política de valorização do salário mínimo e dos inegáveis avanços no governo Lula, à taxa de 18%.

Pochmann lembrou ainda que  o sindicalismo dispõe de uma enorme quantidade de jornais, revistas, boletins e panfletos, tendo mais jornalistas e profissionais de comunicação que a própria Rede Globo, mas sem um norte comum. “É preciso investir na disputa de ideias, para que a opinião pública não seja reduzida à opinião publicada”, destacou o professor. Para ele a democratização da comunicação é fundamental para assegurar a verdadeira liberdade de expressão.