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Postado em: 01/08/2012 - 00h00 | Diretoria Colegiada

Pela democracia no Paraguai

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e os movimentos sociais estão mobilizados contra o golpe parlamentar e em defesa da democracia no Paraguai. Há mais de um mês o presidente Ferrnando Lugo, sofreu um impeachment, que infringiu todas as regras de um processo democrático.

O golpe foi liderado por partidos políticos de oposição e pelos grandes latifundiários que atuam no país, numa tentativa de anular as conquistas do governo Lugo à população menos favorecida. Dentre as importantes conquistas de seu governo estão os investimentos na construção de novas estradas, melhoria dos portos, programa de habitação popular, programa Teko Porã, voto dos paraguaios no exterior e a renegociação de Itaipu com o Brasil, entre outras.

Toda a comunidade internacional repudiou o golpe, e o Mercosul suspendeu a participação política do Paraguai; além disso, outros órgãos de cooperação da América Latina estão caminhando nesse sentido. No Paraguai, o povo vem protestando e resistindo, mas a imprensa local (ABC, Ultima Hora e Canal) não mostra as mobilizações do povo.   

Para entender um pouco melhor o caso: no Paraguai, 85% das terras encontram-se nas mãos de 2% da população, e são esses privilegiados que também controlam a mídia local, as grandes empresas e o sistema financeiro.

De acordo com o jornalista e pesquisador paraguaio Idilio Méndez Grimaldi, o governo   não liberou a semente de algodão transgênico  Bollgard BT, da Monsanto, cuja sequência genética está mesclada ao gene do Bacillus thurigensis (bactéria tóxica que mata algumas pragas de algodão) e isso deixou o grupo dominante descontente.

Com o surrado argumento de “corrupção”, os grandes latifundiários começaram a articular a queda de Lugo.  

É preciso separar o joio do trigo e apurar devidamente os fatos. Isso vale para o Paraguai e para qualquer outro país democrático. Denúncias de corrupção devem sim ser apuradas. O que não podemos permitir é que mentiras sejam plantadas por uma oposição que quer atacar a democracia e a soberania do Paraguai.

Desde a ascensão de Frederico Franco à presidência crescem as denúncias de violações de direitos humanos. Organizações e movimentos sociais denunciam que em um mês foram inúmeros os casos de prisões arbitrárias de supostos militantes e de demissões de funcionários públicos críticos ao governo. 

 

Diretoria Colegiada