Patrões não querem negociar reivindicações dos trabalhadores
Há uma sensação de que os patrões não querem negociar! O esforço feito pelos sindicatos e trabalhadores não foi suficiente na primeira rodada de negociação com os representantes patronais, realizada em 19 de outubro na Sede do Sindicato dos Químicos de São Paulo. Infelizmente, a resposta para a pauta de reivindicações foi uma só: NÃO! Os patrões não aceitaram nenhuma cláusula social e jogaram para o dia 31 de outubro a negociação do reajuste salarial (6% + inflação), PLR (R$ 1.200,00) e Piso Salarial (R$ 1.200,00).
O argumento utilizado para negar a negociação foi o de que nossos pedidos teriam impactos econômicos. Algo que não concordamos. Portanto, se recusam a discutir: a Redução da Jornada de Trabalho para 40 horas; a licença-maternidade de 180 dias; período para amamentação de 180 dias; horas extras de 80% e 130%; fim da terceirização; fim das demissões imotivadas; direito à Organização no Local de Trabalho.
A discordância é tamanha, que o impasse sugere ações mais contundentes. Os trabalhadores organizarão atividades nas portas de fábricas nos próximos dias e, conforme for a proposta nas negociações do dia 31, a possibilidade de GREVE não está descartada como uma forma de luta.
Durante as negociações, os dirigentes indicaram o dia 26 para a segunda rodada de negociações. No entanto, a data também não entrou em discussão. A postura dos patrões tem impossibilitado um diálogo, os trabalhadores reivindicam uma pauta possível e maioria das cláusulas não tem sequer impacto econômico. Da forma como estão as negociações, o problema dos patrões não é discutir dinheiro apenas, também é discutir qualidade de vida dos trabalhadores, e isso é inegociável.