Patrões não querem discutir reajuste e ameaçam cortar direitos
A primeira reunião com a bancada patronal, realizada no dia 20 de outubro, na sede da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico) foi considerada uma provocação aos trabalhadores do setor químico.
Os patrões não acenaram com nenhum índice de reajuste, sinalizaram que será muito difícil repor as perdas da inflação e também falaram em retirar a PLR (Participação nos Lucros e Resultados). “O discurso dos patrões é o mesmo que temos assistido em outras campanhas salariais do segundo semestre. Os empresários estão organizados contra os trabalhadores e precisamos reagir”, avalia Osvaldo Bezerra, coordenador geral do Sindicato.
De acordo com o dirigente do Sindicato os trabalhadores estão preparados para parar a qualquer momento. “Não vamos pagar o pato. Estamos fazendo uma campanha de resistência para garantir os nossos direitos. Reposição da inflação é obrigação, não se discute. Queremos negociar o índice de aumento real”, avalia Bezerra.
A pauta aprovada pelos químicos em assembleia reivindica 14% de reajuste, piso salarial de R$ 2.000,00 e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) mínima de dois pisos reajustados – R$ 4.000,00.
A negociação deste ano envolve só as cláusulas econômicas, uma vez que as sociais foram renovadas em 2015 por dois anos. Ela contempla 180 mil trabalhadores dos cinco sindicatos que negociam conjuntamente – São Paulo, ABC, Campinas, Osasco, Vinhedo, Jundiaí e região e São José dos Campos e região, sob coordenação da Fetquim.