Patrões adiam negociação do setor farmacêutico
Os patrões enrolaram para marcar a negociação, com o claro objetivo de desmobilizar os trabalhadores e, na última hora, adiaram a data. A primeira rodada de negociação com os patrões foi remarcada para o dia 3 de abril.
Mas o Sindicato está de olho e já agendou uma assembleia com a categoria para definir os rumos desta campanha salarial. A assembleia será dia 7 (sábado), às 10h, no Sindicato (Rua Tamandaré, 348- Liberdade).
Os farmacêuticos estão lutando por um reajuste de 5%, que garante um ganho real de aproximadamente 3%, levando-se em conta a estimativa da inflação calculada pelo INPC/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 1,81% para a data-base de 1º de abril.
Além do reajuste salarial e da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), esta campanha está muito focada na garantia dos direitos e no fortalecimento das negociações sindicais.
Este ano o setor negocia apenas as cláusulas econômicas. As sociais foram renovadas no ano passado por dois anos, garantindo a ultratividade do acordo. “Diante do momento em que vivemos hoje no País, com investidas patronais e governamentais contra os nossos direitos, ter uma Convenção Coletiva garantida é, sem dúvida, um grande ganho”, avalia Edson Passoni, secretário Jurídico do Sindicato.
A nova legislação trabalhista, em vigor desde novembro, altera mais de 100 itens da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) para pior e retira inúmeros direitos dos trabalhadores. “O setor está protegido pela Convenção, que é uma das melhores do País e está acima dessa lei, mas é preciso fiscalizar e denunciar patrões espertinhos que tentam burlar a lei”, diz Passoni.
O sindicalista aconselha aos trabalhadores que em caso de dúvidas ou irregularidades busquem orientação no Sindicato.
Fique por dentro da Pauta
Reajuste de 5%
Piso de 1.711
PLR mínima de R$ 3.422 (dois pisos)
Cesta básica de R$ 360