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Postado em: 09/09/2010 - 16h04 | MST

Os planos da Monsanto sem o seu Viagra

“Você conhece a piada do logotipo?”, pergunta um funcionário da Monsanto ao colega em Saint Louis, no Estado americano de Missouri. Diante da placa na entrada do centro de pesquisas, de onde saíram produtos que revolucionaram a agricultura em todo o mundo, eles observam um galho de uva cercado por um retângulo.

A imagem, ao lado do nome Monsanto, simboliza a vida e traduz o negócio principal da companhia: a tecnologia ao cultivo de alimentos. Mas o bom humor do funcionário não perdoa: “É o mato no caixão”.
 
O funeral das ervas daninhas rendeu bilhões de dólares aos inventores do herbicida Round Up e da soja transgênica resistente ao produto, a Round Up Ready, produtos campeões de vendas no Brasil e em vários países. Agora, a morte ronda novamente o seu ganha-pão.
 
A patente da semente de soja irá expirar em 2014, 20 anos depois de sua criação. Como aconteceu com a Pfizer, a Monsanto perderá a exclusividade na produção de seu próprio Viagra. A soja Round Up Ready, uma de suas vacas leiteiras, está com seus dias contados.
 
O que isso significa? Os concorrentes poderão avançar no seu quintal, como aconteceu há dez anos quando o glifosato, base do herbicida Round Up, passou a ser de domínio público. Para quem faturou US$ 1,4 bilhão com royalties e sementes de soja somente em 2009, a notícia tem cheiro de velório.
 
Mais informações acesse: http://www.mst.org.br/node/10539