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Postado em: 19/11/2010 - 13h56 | Pesquisador: Antônio Alves de Albuquerque

O RIO SOB A MIRA DE CANHÕES

Os 900 mil habitantes do Rio de Janeiro ficaram apavorados quando o encoroçado Minas Gerais e outros três navios de guerra, ancorados na Bahia de Guanabara, apontaram os seus canhões para a cidade. Esse acontecimento foi em 23 de novembro de 1910.

No dia anterior um marinheiro havia sido castigado com 25 chibatadas, segundo seus superiores por um ato de indisciplina. Esse ato selvagem foi à gota d’água para a Revolta dos Marinheiros liderados por João Cândido, conhecido como Almirante Negro. Revoltaram-se, tomaram os quatro navios e mandaram um ultimato ao presidente Hermes da Fonseca, exigindo o fim dos castigos corporais na marinha, além de melhor salário, alimentação e anistia. Se as exigências não fossem atendidas, bombardeariam a cidade. E o governo concordou.

Dias depois uma rebelião na Ilha das Cobras desencadeou uma violenta repressão contra os marinheiros anistiados, foram fuzilados e presos. Dos 69 revoltosos apenas 10 escaparam entre eles João Candido, o Almirante Negro. Anos depois foi julgado e absolvido.
 
Estamos no caminho de uma nova sociedade, capaz de matar não os povos, mas sim a fome dos povos, sem chibatas, sem jugo opressor.
 
*Pesquisador: Antônio Alves de Albuquerque