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Postado em: 02/10/2008 - 15h41 |

Negociações positivas para o trabalhador, no primeiro semestre deste ano

No primeiro semestre de 2008, 86% das negociações salariais acompanhadas pelo DIEESE, asseguraram, ao menos, a recomposição da variação da inflação segundo o INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado é inferior ao apurado nas negociações pesquisadas pelo DIEESE nos primeiros semestres de 2006 e 2007, mas, ainda assim é mais favorável do que o verificado no período compreendido entre 1996 e 2004, período em que os reajustes iguais ou acima da inflação não superaram a casa dos 80%.

A pesquisa do DIEESE, realizada por meio do SAS (Sistema de Acompanhamento de Salários), analisou os reajustes salariais de 309 unidades de negociação com data-base situada no primeiro semestre de 2008. Os dados do primeiro semestre deste ano indicam ainda que 74% das negociações salariais estudadas foram capazes de agregar ganhos reais aos salários dos trabalhadores, ou seja, que ficaram acima da inflação do período.

Para o Coordenador de Relações Sindicais do DIEESE, José Silvestre Prado de Oliveira, os bons resultados obtidos neste primeiro semestre devem-se a um cenário econômico extremamente favorável aliado à ação sindical, cujo poder de barganha se refletiu nos reajustes alcançados pelos trabalhadores. No entanto, observa o Coordenador, ainda há espaço para que as negociações no segundo semestre sejam melhores.

“Os indicadores econômicos do primeiro semestre foram bastante favoráveis e, mesmo na hipótese de uma ligeira retração no segundo semestre, há margem, não só para a preservação do poder de compra dos salários, mas também para a conquista de aumentos reais”, disse Oliveira.

Do conjunto de 309 negociações pesquisadas pelo DIEESE no primeiro semestre de 2008, 44% foram do setor de serviços; 41% da indústria e 15% do comércio. Quanto à distribuição por região, 34% das negociações aconteceram no Sudeste; 25% no Nordeste; 23% no Sul; 10% no Norte; 8% no Centro-Oeste. Destas, as regiões Sul e Centro-Oeste foram as que obtiveram os melhores resultados: aproximadamente 85% das unidades de negociação dessas regiões resultaram em reajustes superiores à inflação.