Mulheres nas ruas por igualdade, democracia e pelo fim da violência
Uma delegação de dirigentes químicas participou do ato na avenida Paulista, realizado no dia 8 de março, Dia Internacional das Mulher.
A tradicional marcha de São Paulo foi convocada por uma frente ampla de organizações de mulheres, dentre elas a CUT, federações, sindicatos, partidos políticos e movimentos sociais.
As mulheres aproveitaram a data para levantar pautas centrais como a defesa da democracia, a igualdade de gênero, o direito reprodutivo, o fim da violência contra a mulher e o fim da misoginia.
O presidente do Sindicato, Hélio Rodrigues, acompanhou o grupo das trabalhadoras químicas na manifestação e pontuou: “É preciso reconstruir o país e retomar as políticas públicas que o governo anterior interrompeu. Não existe igualdade de gênero sem creche, saúde e trabalho decente”.
Sobre a nova lei da igualdade salarial, sancionada em 2023, Rodrigues disse que a implementação da lei e os resultados dependem de fiscalização. “Os sindicatos são muito importantes nesse processo. As denúncias e a fiscalização farão a lei ser cumprida”, concluiu Rodrigues.
Como surgiu o 8 de março
A jornalista e feminista Clara Zetkin propôs, em 1910, durante a II Conferência Internacional da Mulher Socialista, em Copenhague, um dia internacional dedicado a causa das mulheres. Nos anos que se seguiram a data foi comemorada em dias diferentes, no mês de março, já que não havia ainda uma definição.
No dia 8 de março de 1917 cerca de 90 mil operárias russas percorreram as ruas para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim da Primeira Guerra Mundial.
A manifestação das tecelãs de São Petersburgo, também conhecida como “Pão da Paz”, consagrou o 8 de março como o Dia Internacional das Mulheres.