Mulheres da CUT debatem ameaças trabalhistas e sociais
O Coletivo Nacional de Mulheres da CUT iniciou ontem (15) o primeiro dia de debates sobre as medidas sociais e trabalhistas propostas pelo presidente interino Michel Temer. As mudanças representam grandes retrocessos para o País.
Marilane Teixeira, assessora econômica do Sindicato, esteve presente no evento, onde apresentou dados sobre as perspectivas de futuro do País. Até 2060, estima-se um aumento de 22 milhões para 73 milhões de pessoas com 60 anos.
Ela diz que é preciso contextualizar a previdência social à realidade de cada país. No Brasil, aumentar a idade para aposentadoria, desconsiderando a pressão para entrar no mercado de trabalho cada vez mais cedo é algo cruel aos trabalhadores e em especial para as mulheres.
“As mulheres ingressam no mercado de trabalho de forma muito precoce. Tem muitas interrupções de toda a sua carreira profissional, elas se afastam do trabalho pela maternidade, se afastam por motivos de doenças de familiares. Então as mulheres não conseguem compor, por exemplo, o que seria o mínimo da idade com o mínimo de contribuição”, disse Marilane.